terça-feira, 13 de setembro de 2011

DUDÉ VIANA - Epitácio Andrade Filho

DUDÉ VIANA – Um Outdoor de Cultura Popular

José Viana Ramalho, “Dudé Viana”, nasceu no dia 05 de julho de 1950, no Sítio Poço Redondo, na zona rural de Caraúbas, no médio-oeste potiguar, onde continua morando seu pai José Daniel Carneiro, atualmente, com 89 anos. Na infância, acompanhava seu avô João Francisco Viana, um apologista de cantorias, nas apresentações de violeiros, e mais tarde veio a ser seu grande inspirador e principal responsável pelo seu ingresso no universo da cultura popular.

O registro de sua produção cultural foi iniciado há mais de três décadas. Em 1980, na “era do vinil”, lançou no Rio de Janeiro, o compacto-duplo (Quatro músicas) “Seca no Sertão”, e em 1987, lançou o LP (Long Play) “Embaixo das Estrelas”, em parceria com a cantora carioca Maria Zenaide.

No ano de 1987, durante a Jornada Universitária de Patu, Dudé Viana fez o lançamento do Livro “Dudé ou Dedé”, do jornalista carioca Wagner Soeiro dos Santos, publicado pela Editora Vozes. Neste livro, que Dudé é o protagonista, resgata-se, com base em depoimento e pesquisa do próprio Dudé, a história da sua prisão devido à injusta acusação de participação no episódio que ficou conhecido como: “O assalto dos 94 milhões”. Dudé Viana, na época da Jornada de 1987, realizada pela Associação Cultural Universitária Patuense, presidida pelo estudante de medicina Epitácio Filho, compareceu ao evento acompanhado pelo Pesquisador Aucides Sales, que veio lançar a revista “Jesuíno Brilhante em História de Quadrinhos”, que recebeu apoio da Associação Cultural Universitária Patuense (ACUP) e da Prefeitura Municipal de Patu, na gestão 1983-88.


Legenda 1: Capa do Livro “Dudé ou Dedé”

As produções culturais do ano de 1987 permitiram a Dudé Viana trazer sua família do interior para morar em Natal, e desencadear um movimento comunitário no populoso Bairro de Felipe Camarão, que culminou com a nomeação da rua onde mora com sua mãe Antônia Aires Carneiro de 85 anos, como “Pai Celestial”, uma de suas proposições.

Dez anos após, em 1997, Dudé lançou seu primeiro CD “Violas e Cantigas”, e no ano de 2002, saiu seu segundo trabalho da “era digital”, o CD “Acredito em Você”, todos produzidos no Rio de Janeiro.

É em 2006, que Dudé Viana consegue editar seu livro “A Saga Benevides Carneiro”, pelo Jornal “A República”, em Natal, capital do Estado do Rio Grande do Norte.


Legenda 2: Capa do Livro “A Saga Benevides Carneiro”

Saga é uma antiga tradição da era da mitologia Viking do período entre os séculos X ao XII, nos países do norte europeu, utilizada para relatar aventuras, epopéias e conflitos entre clãs, consolidando-se como “estilo literário” que se adaptou bem às descrições das lutas na sociedade sertaneja. O Médico Psiquiatra Epitácio de Andrade Filho, que recentemente, lançou “A Saga dos Limões – Negritude no Enfrentamento ao Cangaço de Jesuíno Brilhante” está estabelecendo parceria com o Escritor Caraubense Dudé Viana, autor de “A Saga Benevides Carneiro”, para intervir com ações culturais no processo de superação da violência humana, particularmente nos conflitos familiares do Sertão Nordestino.

Legenda 3: Epitácio Andrade com Dudé Viana. Foto: Cristina Cláudia

O mais festejado trabalho musical de Dudé Viana saiu em 2009. Foi o CD “Papo Show – Isso só Acontece Comigo”, com áudio captado em shows ao vivo realizados em Brasília/DF, Rio de Janeiro/RJ, Natal/RN, Mossoró/RN e Caraúbas/RN. O “Papo Show” tem a participação especial de Meirinhos do Forró e de Caçula Benevides.

Com o CD “Papo Show”, Dudé foi muito homenageado. Em 07 de outubro de 2009, dia do compositor, a Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro o homenageou, juntamente, com outros artistas como o Sambista Martinho da Vila e a Cantora Wanderléia. No CD “Papo Show”, o poema “Cantofa e Jandi”, do pesquisador indigenista Aucides Sales, foi musicado por Dudé Viana, o que lhe conferiu o título de cidadania apodiense, concedido pela Câmara de Vereadores daquela cidade oestana.

A música que sintetiza o CD é uma composição do próprio Dudé Viana: “Outdoor de Cultura Popular”, uma “viagem” pelo universo cascudiano. O “Outdoor”, na sequência musicográfica do CD está entre “O Pilão Sertanejo”, uma parceria com o folclorista Deífilo Gurgel, e “A Ponte”, da Poetisa Zila Mamede, musicado por Dudé.




Legenda 4: Capa do CD “Papo Show”

Esgotada a primeira edição de “A Saga Benevides Carneiro – A História da Família Mais Diversificada do Rio Grande do Norte”, em 2010, o autor viabilizou a segunda edição do livro com uma tiragem de 2000 exemplares, pelo Centro Espírita Leon Denis do Rio de Janeiro/RN.

“Dudé Viana é popular a partir do nome. Exerce o dia-a-dia de sua atividade musical com talento e sensibilidade. Ele sabe captar ritmos e os expressar com espontaneidade aceita pelo povo”, assim o Advogado, Escritor e Presidente da Academia norte-rio-grandense de Letras Diógenes da Cunha Lima apresenta o autor na “orelha” do livro, na sua segunda edição.



Legenda 5: Contra-capa de “A Saga Benevides Carneiro”

Para marcar sua presença em quatro regiões brasileiras, o Escritor, Cantor e Compositor Dudé Viana gravou o CD “O Andarilho das Canções”, homenageando o Rio de Janeiro, a cidade maravilhosa, na Região Sudeste; Brasília, capital federal do Brasil, no Centro-oeste; Macapá, capital do Amapá, na Região Norte; e Natal, capital potiguar, na Região Nordeste.



Legenda 6: Capa do CD “O Andarilho das Canções”

Aos 61 anos, “O Andarilho das Canções”, apelido que ganhou do fomentador cultural Tarcísio Gurgel, não parece cansado. O artista multimídia Dudé Viana renasce a cada instante com novas criações e frutíferas intervenções culturais. O povo espontaneamente aceita, como disse o poeta. E, gentilmente, agradece.





Clique e confira postagens já publicadas, divididas em colunas:


2 comentários:

  1. Tive, através do Dr Epitácio, a oportunidade de conhecer melhor a obra e a vida de Dudé Viana. Achei bem interessante!

    ResponderExcluir
  2. Quero ter o prazer de também conhecer essa figura

    ResponderExcluir

Comentários com termos vulgares e palavrões, ofensas, serão excluídos. Não se preocupem com erros de português. Patativa do Assaré disse: "É melhor escrever errado a coisa certa, do que escrever certo a coisa errada”