Papai! Palavra doce muitas vezes incompreendida e confundida. Pai é esse senhor jovem ou idoso. Humilde e muitas vezes exaltado devido à complexidade de seu apropriado ser. Homem que chora e tenta esconder as lágrimas em meio a uma dura e hipócrita sociedade. Sociedade de costumes e falsos valores que impede o homem de expor e prantear sua dor. Sociedade essa, machista, que acolhe o gênero masculino, mas que exclui seus sentimentos e emoções, castrando suas honrosas lágrimas.
PAI, és aquele que tem um coração amável e dilacerado. Também se alegra, se embrutece e se entristece. Muitas vezes, se impõe de forma aparentemente certa ou errada. Homem que na labuta se entrega com fervor, na esperança de dias melhores para cuidar dos seus filhos. Senhor que, na subjetividade da vida, é um menino que ainda cresce.
O pai é esse herói que luta em sua jornada cotidiana. Ao mesmo tempo, um ser cobrado pelo que não é, pelo que tem ou pelo que não possui.
Filho, não sei se choras ou se alegras pela vida do teu pai. Se te restas apenas um retrato ou a saudade do abraço. Sei que tua vida foi nascida e nela ele está presente ou distante. Não sei se ele jaz em “outra vida” ou no túmulo morto esquecido. Se ainda
choras pelas flores a ELE não oferecidas e por aquele abraço a ELE negado. É tudo muito abstrato!
Diante de qualquer situação liberemos o perdão, espalhemos o amor e tenhamos uma visão ampla da vida desse senhor. Que possamos enxergar o meio biopsicossocial de sua raiz e procuremos entender sua personalidade não apenas com emoção, mas também com a razão.
Se puderes abraçar teu pai e proferir a ele o que sentes no coração, faça hoje mesmo. Amanhã poderá ser muito tarde.
Mesmo que dele não te lembres de um abraço ou qualquer afago, faça algo, seja diferente. Perdoe a educação rígida que um dia involuntariamente ele recebeu e de forma inconsciente te repassou. Ele apenas te transmitiu com orgulho tudo que aprendeu na convicção do melhor possível para sua vida.
Seu pai é insubstituível e único!
E se teu pai nunca te assumiu selando o sobrenome dele no teu nome, lembre-se e tente esquecer. Mas, não esqueça que esse pai tem seus motivos pessoais e intrapsíquicos, e assim tu serás feliz.
Porém, valorize aquele que te cuidou e te deu carinho. ELE é verdadeiramente o teu pai!
Há inúmeros modelos de pais porque cada um é formado por uma subjetiva estrutura cognitiva. Sejamos felizes em cada situação que nos convém. Esteja seu pai vivo, morto, perto ou distante. Que nossa mente e coração sejam agradecidos pela própria vida exalando o mais perfeito aroma íntimo. Que o perfume do perdão transforme nossas vidas, falhas e vazios nos rotulando apenas de AMOR.
NEM TUDO O QUE RELUZ É OURO - Lindonete Câmara
A poesia existe da própria verdade
Esse algo abstrato pulsante
Cada alma tem sua poesia latente
Ninguém usurpa emoções de outra mente.
Não suplicas! Ninguém quer ser teu reflexo
O próprio espelho em tua alma é inerente
O que pensas e até o que não sentes
Todo acúmulo do teu mérito é aparente.
O poeta em seu singelo ou sofisticado sentimento
É único, exclusivo e diferente
Mesmo irreconhecível ou iletrado
Expressa o que o outro nem pensa
Não queria conhecer de cor
A célebre epopéia de Camões
Juntar palavras líricas e cantar o desamor
Poetizar aos opostos sem próprio ardor.
Lindonete Câmara
LIMITAÇÕES
Construções de muralhas nos limitam
Engenharias de nossas vidas
Limites dos neurônios
Limitações esquisitas.
Horizontes o cérebro deve galgar
Inverter limitações e adentrar
Memórias diversas
Sem limites acionar.
Algo individual há no limite
O processamento do pensar
Ágil ou devagar
Limitação, desejo a superar.
Na rede cerebral interconectada
O sem limites deve estar
Conhecer o funcionamento
Desse órgão engenhoso, se encantar.
Lindonete Câmara
Aos grandes poetas santacruzenses quero começar a saudar
Riquíssimos em prosa e poesia deem licença para eu me apresentar
Não como poetisa, mas com alegria ritmada entoar
Fui convidada a escrever e sem pretensa maestria irei me identificar.
Nesse espaço cultural quero minha marca registrar
Nenhuma semelhança, porém aos grandes poetas desse lugar
Começando por Gilberto, cordelista que sempre soube arrasar
E ao sábio Marcos Cavalcante que o admiro sem cessar.
Também escrevo nesse estilo e de vocês pego carona
Já rabisquei no passado muitas folhas no avesso sem publicar
Numa outra simetria de palavras mal trocadas num desatinar
Deixei meus sentimentos d’alma em água mergulhar.
Voltando aos poetas quero a outros comentar
O grande Hélio Crisanto, vestido ou não de padre, sabe muito se expressar
E também o Teixeirinha, inteligente e atual, quero elogiar
Há outros que devo valorizar, incluindo Marcelo Pinheiro que sou suspeita a falar.
Em meio a tantos homens do escrever e atuantes
Tem o grande Nailson Costa, o Aurélio ambulante
Diante desses poetas de intelecto e aprovação
Que mais posso expressar nessa estreita apresentação.
Engavetados tenho poemas ou letras soltas no chão
De tempos remotos e do atual contexto então
Tenho rascunhos deslizando na tinta e no borrão
Escritas que escorrem e desembocam em minhas mãos.
Se a APOESC desse torrão me permitir
Quem sabe esporadicamente algo irei redigir
Expressar o que não sei e o que posso sentir
Revelar signos e significados ao meu inerente existir.
Na revelação desse falar frases querem se adiantar
A verdade é fotografia dessa anônima a declarar
Emoções nas folhas escritas que não devo negar
Só entende os poetas por terem sentimentos a derivar.
Em versos mal alinhados e sem nenhuma precisão
Revisto minhas palavras na oportuna apresentação
Rascunho sem máscara, com subjetividade e ação
Se quiserem de fato me conhecer, posso outras vezes escrever.
Lindonete G. A. D. Câmara – Assistente Social e Graduanda em Psicologia é natural de Santa Cruz e reside em João Pessoa/PB
Desculpe-me Gilberto! rsrs Encontrei! Assim ficou mais visível...merecida divulgação!
ResponderExcluirSuper inteligente e muito criativa!
João
Excelentíssimas escritas...merece publicá-las.
ResponderExcluirSantos de São Tomé/RN
Olá, Gilberto
ResponderExcluirObrigada pela consideração,não precisava tanto. Mas, de toda forma me senti lisonjeada. [...]
Parabéns pelo seu trabalho e disponibilidade cultural.
lindonente Câmara
Ei, pense, que essa jovem escreve muito bem...deveria mandar ver e por sinal é bonita também.
ResponderExcluirPois é, criatividade é o que não lhe falta, por isso concordo com João quando diz que é merecida a divulgação..PARABÉNS MANA QUERIDA.
ResponderExcluirLuciene Araújo