No último sábado (13/08), tive a alegria de assistir ao espetáculo lítero-musical “Apoesc Recitando o Sertão” no Teatro Municipal Candinha Bezerra.
Os poetas/cantores Hélio Crisanto e Gilberto Cardoso encantaram todos os presentes por meio de uma afinada alternância entre versos, músicas, contos e “causos”. Outros notáveis das artes santacruzenses complementaram o brilhante show, também recitando e cantando, a exemplo de Adriano Bezerra, Roberto Rosa, João Ferreira, Chagas Rodrigues, Débora Raquiel e Josildo.
Em nossa cidade, faltava uma apresentação de arte tão luminosa, voltada para aquilo que nosso Sertão tem de melhor: a produção cultural de seus filhos; os quais extraem enorme beleza do mundo ao redor, independentemente do escaldante sol e da terra rachada pelas secas.
Como acontece com tudo o que é bom, ficou aquele “gosto de quero mais”. Por isso, aguardo aqui, ansioso, o “Apoesc RE-Recitando o Sertão”, para que minha alma novamente flutue e meu orgulho de ter nascido neste chão aumente ainda mais.
Parabéns a todos os envolvidos no evento!
Teixeirinha
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http://apoesc.blogspot.com/2011/08/comentario-e-imagens-sobre-o-apoesc.htmlCom este blog, a Associação santacruzense de Poetas e Escritores, aqui capitaneada pelo professor/poeta Gilberto Cardoso, tem engendrado uma rica polifonia de vozes, que repercute idéias brilhantes através da prosa e do verso.
Sinto-me privilegiado em, vez ou outra, participar desse coro de pensadores de tão alta estirpe, com meus simples e breves textos.
Os que aqui figuram vêm de diversos lugares (alguns de muito longe, como a francesa Joelle), o que dinamiza e diversifica as palavras expostas, na tessitura de uma “colcha” multicolorida de valores e reflexões sobre a vida, a ciência, a cultura, a arte, (...) Mesmo sendo uma associação de poetas e escritores de Santa Cruz, santacruzenses natos são poucos, como Marcos Cavalcanti e eu, deixando clara a abertura do blog (e da associação) para o mundo, dando à nossa pequena cidade uma dimensão universal.
Pouquíssimos veículos de comunicação digitais, como este, abrem espaço de modo tão democrático para todo aquele que deseja contribuir reflexivamente/poeticamente.
Que permaneçam os que estão! E que outros se somem no futuro!
No clima de festa junina, digo: Viva o blog da Apoesc! Viva a associação!
Teixeirinha
RAUL: OURO DE TODOS - Teixeirinha Alves
RAUL: OURO DE TODOS
Se estivesse entre nós, o genial Raul Seixas completaria 66 anos de idade no próximo dia 28 de junho. Que falta sua mente brilhante faz ao insosso cenário musical brasileiro da atualidade!
Raul foi meu professor virtual durante a adolescência. Por meio de suas canções, refleti sobre o mundo, a existência,... as coisas e os seres. Ainda aprendo muito com ele, que vive chamando minha atenção para as tolices cotidianas ao meu redor, às quais, muitas vezes, dou “bola”.
Casou-se cinco vezes, teve três filhas, compôs/interpretou centenas e centenas de canções, viajou pelo planeta e conheceu outros gênios como ele.
Mesmo tendo falecido aos 44 anos, Raulzito, com seu incomparável estilo de vida, usufruiu 10.000 anos de existência nesta terra.
Ainda me soam aos ouvidos: “Eu que não me sento/No trono de um apartamento/Com a boca escancarada/Cheia de dentes/Esperando a morte chegar...”
TATTOO - Teixeirinha Alves
TATTOO
Surgidas no Egito há 4.000 anos, as tatuagens se espalharam pelo planeta, marcando peles de homens e mulheres. Existem pessoas que já tatuaram quase cem por cento do corpo, e outras que visam a esta meta.
Desde cedo, achei tatuagem algo desagradável aos olhos. Quando criança, via os tatuados como malandros ou meretrizes (claro que me enganei redondamente em muitas ocasiões). Hoje minha visão mudou. Tenho amigos(as) que marcaram permanentemente o corpo com essa queimadura colorida e são honrados(as) cidadãos(ãs). Mas ainda me “assusto” com certas tatuagens; achando que elas são, nas mulheres, quando muito grandes e em certas partes, desestimulantes da libido masculina, para não dizer brochantes.
Jamais farei uma tatuagem porque, além do que já disse, acho complicadíssimo gravar algo irreversível no corpo (as técnicas de remoção deixam cicatrizes!), de que posso vir a me arrepender. Sem falar que, embora a “visão social” tenha mudado muito nesse sentido, ainda há uma certa estigmatização sobre aqueles que usam a pele como tela pictórica.
Aconselho muito minha filha a nunca cair nessa furada, literalmente.
Teixeirinha Alves.
PODER OU NÃO PODER (eis a questão!)
PODER OU NÃO PODER (eis a questão!)
Teixeirinha Alves
Na abertura dos JERNs 2011, estive ao lado do locutor oficial, auxiliando-o no repasse dos nomes das escolas que desfilaram. De vez em quando, chegava algum ocupante de cargo público de confiança, pedindo para que mencionássemos a presença dele. E o locutor atendia: “Está presente neste evento Fulano de Tal, Diretor não sem de quê” OU “Está presente neste evento Beltrana de Tal, Secretária não sei das quantas”.
Isso me fez refletir sobre a tola vaidade humana. Sobre a necessidade vazia de aparecer, de se dizer que é algo, por mais que este algo seja transitório, que voe ao sabor das políticas partidárias.
Ter poder, ocupar um cargo de comando, é o sonho de muita gente. Já ocupei um cargo assim por seis meses, e, por decisão somente minha, o descartei, pois não era (não é!) a minha “praia”.
Os cargos públicos, inclusive os de confiança, são fundamentais; os que os ocupam também. Conheço ocupantes de cargo que, sem preocupação com status e sem a vaidade de aparecer, cumprem suas funções da melhor maneira, sendo realmente úteis à sociedade.
Em um próximo evento, vou sugerir ao locutor que diga: “Fulano de Tal, cargo tal, faz questão de dizer que está presente neste evento.” Talvez a “autoridade” se toque de que o importante é o trabalho que ele realiza e não o cargo que busca ostentar.
Encerro com as sábias palavras da escritora americana Lois Frankel: “Discrição faz parte da personalidade dos verdadeiros líderes.”
BOM VIVANT - Teixeirinha
BOM VIVANT
Viveu o homem...
... que tomou banho de chuva até tremer de frio.
... que marcou um golaço num campinho de terra.
... que subiu uma montanha e chegou ao topo banhado em suor.
... que comeu bolo quentinho feito pela mãe.
... que colou na prova de Matemática.
... que namorou no escurinho de uma rua deserta.
... que “penou” num exame de concurso ou vestibular.
... que se embriagou até o vômito.
... que se deitou com muitas mulheres.
... que dirigiu um carro velho do pai.
... que chorou ao ler simples versos.
... que embalou um filho nos braços.
... que perdoou as tolices feitas.
... que se perdoou pelas tolices feitas.
... que trocou o futuro pelo melhor presente.
ENTRE SISTEMAS - Teixeirinha Alves
ENTRE SISTEMAS
Adolescente, eu era socialista. Achava que o Socialismo era o melhor dos mundos. Mas descobri que a igualdade preconizada por este sistema é ilusória, inatingível e absurda (ninguém pode ser forçado a ser como os outros!). Não esquecendo que o Socialismo Real (Cuba, URSS, China,...) foi um fracasso, um atraso para as populações dos países que o adotaram, com “minusculinhas” exceções.
Comecei a ver no Capitalismo o nosso maior acerto histórico. Neste se valoriza a iniciativa, a individualidade, o “homem que se faz por si mesmo”. Embora ocorram padronizações/imposições, especialmente na área do consumo. Entretanto sempre se pode escolher entre uma mercadoria e outra (ou nenhuma).
Todavia “capitalista” não é um rótulo adequado para mim, pois sou daqueles que consomem pouco, não só devido às limitações financeiras, mas porque utilizo os produtos que compro até o fim, até a “última gota”, e não me encanto com o belo mundo das propagandas.
Por tudo isso, entre ser socialista ou capitalista, prefiro ser eu mesmo.
Teixeirinha
p.s.: Conheço muito “socialista” que se “lambuza” nas benesses do Capital, num corriqueiro exercício de hipocrisia.
LIVROS DIGITAIS (?)
LIVROS DIGITAIS (?)
Há pouco tempo, neste espaço, teci loas ao mundo digital que nos cerca. Continuo a pensar da mesma forma. Porém em um ponto específico “dou a mão à palmatória”: a leitura de livros. Inovação informática nenhuma substitui o prazer de folhear uma obra impressa, com sua textura, aspecto visual e cheiro. Parece que até mesmo o nível de compreensão melhora quando se lê um livro “analógico” (em comparação com um feito de bits).
Já li duas obras digitais. No entanto, quanto tempo passei! quanto cansaço! quanto desconforto visual, “postural” e mental! Há seis/sete meses, arrisquei-me a ler uma terceira (de 329 págs.), mas, pasmem!, ainda não cheguei à metade. Concomitantemente li, na íntegra, alguns livros impressos. São dois “universos” bem distintos.
Essa também é a opinião de muitos amigos; o que me leva a crer na inviabilidade mercadológica do propalado e-book (o livro digital).
Por tudo isso, apesar de não gostar de juntar coisas, sempre tenho espaço em casa para esse maravilhoso objeto com capa e contracapa. Afinal toda regra tem exceção.
Teixeirinha Alves
AGUARDE, CARREGANDO...
AGUARDE, CARREGANDO...
Sou fascinado por este mundo digital que, a cada dia, toma mais “corpo”. Internet, PCs, celulares, mensagens instantâneas,... tudo ao alcance de um “click”, de um mero “download”. Sonho com o dia em que baixaremos digitalmente, em nossas casas, aquilo de que precisarmos. Quer uma cozinha pronta para o jantar? digite “COZINHA PARA O JANTAR”, que o programa carrega a mesa, as cadeiras e os utensílios. Após o uso, basta deletar e teclar outros termos, como “VARANDA COM VISTA PARA A CIDADE” ou “SALA DE ESTAR”.
Isso é coisa de quem assiste a muito filme de ficção, eu sei. Mas eu tenho o direito de sonhar! Posso crer que a tecnologia, no futuro, me ajudará a suprimir o maior número possível de objetos físicos (detesto objetos!), a ponto de apenas precisar acessar alguns links e ter um lar quase vazio em que eu possa viver livremente com minha esposa, minha e filha e nossos sentimentos.
Claro, não me iludo, o meio físico sempre será a base para que o meio digital subsista. No entanto, com a expansão tecnológica, poderemos descartar muita coisa que só atulha nosso lar, nosso dia a dia, nossa vida.
Teixeirinha
DIAGNÓSTICO DO PROBLEMA: CARRODEPENDẼNCIA
DIAGNÓSTICO DO PROBLEMA: CARRODEPENDẼNCIA
Criado no final do Século XIX e popularizado no Século XX, o automóvel virou o sonho de consumo de quase todo mundo.
As distâncias foram reduzidas, e o tempo se elasteceu, graças a esse construto de ferro, plástico e borracha, com rodas e tração a motor. O lazer, as viagens, os encontros, a saúde (quanta gente foi salva pela agilidade de uma ambulância!), (...) foram facilitados/beneficiados por esse genial invento.
Sem deixar de destacar que dirigir é muito prazeroso, provocando uma sensação de poder e satisfação pessoal.
Tudo isso é ótimo, mas nem tanto. O sonho de possuir um carro tornou-se danoso para a sociedade. As ruas estão “sufocantemente” congestionadas, em especial nas grandes cidades (mas também naquelas de menos porte, como Santa Cruz). Morre mais gente no trânsito do que no somatório de muitas guerras do passado. A natureza ainda paga caro pelos gases emitidos pelos escapamentos, embora os motores estejam poluindo menos, e já presenciamos o advento do motor elétrico (não poluente).
A solução será a expansão dos transportes coletivos (ônibus, micro-ônibus, vans) e dos carros de aluguel (algo já disseminado na Europa). Só assim para descongestionarmos as ruas, e fluirmos com liberdade nas cidades e rodovias.
O homem/mulher do futuro, pelo bem da sociedade e da natureza, abolirá o sonho de ter um carro só dele(a). Eu, que não tenho nem pretendo ter, já sou um exemplar desse homem.
TEIXEIRINHA ALVES
SOBRE BLOGS
Sou um assíduo leitor e “comentador” de blog. Acho esta ferramenta essencial nos dias de hoje devido à expansão da internet, que traz em seu bojo a democratização da informação e da possibilidade de informar.
Não levo em consideração matizes partidários ou ideológicos, e priorizo os blogueiros de minha cidade (Erivan, Édipo, Wallace, César, Lucicláudio,...), pessoas que defendem suas próprias opiniões e são corajosas para expor os comentários opostos, em um exercício permanente de construção do diálogo democrático.
O Blog da Apoesc, iniciativa da referida associação, administrado pelo amigo, professor, poeta e blogueiro Gilberto Cardoso, tem-me motivado a “traçar” algumas linhas sobre o que vejo de relevante em nossa comunidade (embora às vezes trate de assuntos mais amplos), no nosso rico cotidiano.
Se eu pudesse dar alguns simples conselhos (que, se fossem bons, não se davam, se vendiam!) aos blogueiros de plantão, diria: Não desistam dessa missão: informar/opinar! Sejam autênticos! Sejam destemidos! Respeitem os outros! Reflitam sobre cada texto antes de postá-lo! Inovem! Mantenham a curiosidade e a ânsia de escrever!
Sinto falta de um blog dos amigos Nailson Costa e Marcos Cavalcanti (cada um com o seu, saliente-se). Ambos têm sempre muito a nos dizer e ensinar!
Sucesso a todos!
Teixeirinha Alves
BREVE AO ESCREVER
Em "Menino de Engenho", José Lins do Rêgo diz: "Fala pouco e bem, ter-te-ão por alguém." Nosso inesquecível Pe. Raimundo Barbosa gostava de afirmar: "Sê breve e agradarás." Recorro a essas duas frases para lembrar àqueles que publicam textos na internet a importância de elaborar matérias curtas.
Com a proliferação diária de textos na web, o leitor não se dispõe a ler os mais longos. Mesmo os muito interessantes acabam sendo deixados de lado, se forem prolixos. Isso vale especialmente para os blogs, "instrumentos" que, como já afirmei antes, tornaram-se a principal ferramenta textual da Rede Mundial.
Ao blogueiro cabe, além do esforço de "colher" as informações e fotografar os fatos, buscar resumir o máximo possível aquilo que digita.
Espero ter sido breve!
Teixeirinha Alves da Silva
Quem tem filha adolescente, como eu, acaba assistindo (às vezes a contragosto) a alguns programas voltados a esta faixa etária. Neles a “ditadura” da magreza é exposta de modo ostensivo, “forçando” as gordinhas a fechar a boca e as magrinhas a perder ainda mais peso; tudo em detrimento do bem-estar físico e mental das jovens.
Sem me deter nas questões relativas à saúde (que são essenciais!), quero destacar o que pensam os homens (ao menos os que realmente sentem atração por mulheres) a esse respeito. Não tenho um amigo que se atraia por mulher magra (o rosto pode ser bonito, mas se não possuir “carnes”, o cara logo perde o interesse). Somos fascinados por quadris largos, coxas grossas e, claro, bumbum saliente (este último quesito intensificado pela cultura brasileira). E não damos a mínima para pneuzinhos, estrias ou celulites.
Pesquisas sérias afirmam que o homem gosta de quadris largos e de alguma gordurinha nas mulheres porque,na Pré-História, era em uma fêmea com tais características que o macho confiava para gerar seus filhos. Somos, portanto, “vítimas” desse valor inconsciente herdado de nossos remotos ancestrais.
De qualquer forma, as mulheres devem entender que quanto mais seguirem os ditames da moda, que impõe o tipo esquelético como padrão de beleza, mais prejudicarão sua própria saúde e menos atrativas serão ao sexo oposto.
De Ontem para Hoje
Antes tudo durava bastante.
Em 1985 meu pai tinha uma Brasília 78, que era nova!
Eu usava brinquedos conhecidos na infância de meu avô.
Comprávamos objetos para as próximas décadas.
Fazíamos poupança pro futuro.
Agora:
O rápido, o hoje, o novo, o carro de ontem já velho.
A onda magnética veloz e invisível, criando e apagando imagens na tela.
O toque ansioso na tecla, angústia na espera de 5 segundos.
O gosto que passa já, já, pois o que se tem logo perece.
E onde ficamos, nós do passado, cercados por tudo que acaba num instante?
Teixeirinha Alves
SERÁ QUE FICA MELHOR ASSIM, TEIXEIRINHA? TODOS OS SEUS POSTS NUM SÓ ESPAÇO.
ResponderExcluirDesculpe-me Gilberto! rsrs Encontrei! Assim ficou mais visível...merecida divulgação!
ResponderExcluirSuper inteligente e muito criativo!
João