sábado, 30 de novembro de 2013

CANÇÃO DE AMOR POR SANTA CRUZ: SEGUNDO LUGAR NO CONCURSO DO HINO MUNICIPAL


Com 14,5 pontos de diferença, obtive com esta música o segundo lugar no concurso de hinos de Santa Cruz, ocorrido em novembro de 2013 no Teatro Candinha Bezerra, Santa Cruz-RN. Foi, para mim, uma agradável surpresa. Estava concorrendo com 3 músicos de peso.
 

Meus agradecimentos especiais a todos que me incentivaram e me impulsionaram a persistir até o final. À torcida não organizada  que nos aplaudiu depois que o hino foi cantado e aos que nos buscaram em particular para dar os parabéns.

A todos os que lamentaram por minha derrota nesse pleito, diria, com as palavras de Raul: "Não diga que a canção está perdida". Afinal, as expressões de amor por uma cidade não devem se limitar ao hino municipal.

 A gravação foi feita por Nilson Rocha, da WebTV Sem Fronteiras, a quem agradeço por todo incentivo e elogios feitos à música.
 

PARABÉNS SANTA CRUZ E UM POUCO DE HISTÓRIA - Marcos Cavalcanti



Há 99 anos o município de Santa Cruz recebia das mãos do governador Joaquim Ferreira Chaves, o TÍTULO DE CIDADE, conferido através da Lei Provincial nº 372. Era 30 de Novembro de 1914 e o município viveu uma semana de intensa comemoração, afinal de contas, receber o "título honorífico de cidade" tinha um significado especial, significado relacionado ao "status" de desenvolvimento do município, com as presenças de órgãos e estruturas instaladas que realçavam o seu progresso. 

Tal título, entretanto, em nada alterava a condição político-administrativa do município, que teve a sua EMANCIPAÇÃO POLÍTICA, em 11 de Dezembro de 1976, desmembrado que foi de São José do Mipibu, através da lei nº 777, proposta pelo deputado Ivo Abdias Furtado e sancionada pelo Presidente da província do RN, o Dr. Antônio Passos de Miranda. O então povoado de Santa Rita da Cachoeira, uma vez emancipado, recebeu o nome de Vila do Trairi e em 1882 instalou a sua primeira Câmara Municipal. Os vereadores eleitos cumulavam as funções político-administrativas de Legislativo e Executivo. Também nesse período é criado o Juiz de Paz. A emancipação foi o resultado da luta política dos habitantes desta terra, capitaneados pelo Pe. Antônio Rafael, o deputado Ivo de Abdias e por de vários outros moradores que fizeram um abaixo-assinado exigindo que a Assembléia Legislativa aprovasse a emancipação.

Caros conterrâneos, não há a menor sombra de dúvidas quanto à natureza das duas datas, ambas importantes para o município, e tanto é assim que constam na flâmula de nossa bandeira. O executivo optou por estabelecer o feriado na data da elevação do município à categoria de cidade, o que é aceitável, mas por amor a nossa terra, aos fatos e a verdade histórica, não confundamos o sentido de uma data com a outra. Comemoremos hoje o aniversário da Cidade porque a nossa quase centenária Santa Cruz, bem merece, e no dia 11 de Dezembro comemoremos, ainda que não seja feriado, a nossa mais importante data, ou seja, a EMANCIPAÇÃO POLÍTICA DE NOSSA QUERIDA SANTA CRUZ. 

Por fim, um dado interessante, em 1976, por ocasião dos 100 anos da Emancipação Política do nosso município, o maestro Felinto Lúcio Dantas, a pedido do prefeito José Rocha, ofertou-nos o dobrado 11 DE DEZEMBRO para marcar com grandiosidade, o Centenário de nossa Emancipação. Hoje à noite, será apresentado publicamente, na praça da matriz, o hino do Maestro Camilo Dantas, recém eleito em concurso público, o hino oficial da cidade de Santa Cruz, no seu 99º aniversário. Parabéns Santa Cruz! Terra de um povo aguerrido, Terra de um povo acolhedor!

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

POR QUE O HINO DE MARCOS CAVALCANTI NÃO CONCORREU ATÉ À FINAL?


Este hino não  concorreu ao concurso, pois foi considerado pela Comissão Selecionadora como “SEM CONDIÇÕES DE CONCORRER” e mesmo tendo sido considerado apto a concorrer pela Comissão Organizadora, por princípio e ética comigo mesmo e com os que ficaram de fora do concurso por semelhantes razões, decidi não concorrer, mas apenas apresentá-lo. Sou grato à Comissão Organizadora pela permissão de apresentá-lo. Todavia, quanto ao “Sem Condições de Concorrer”, confio este julgamento aos meus conterrâneos, não aos três selecionadores que o desclassificaram.
  

                                                          O autor

MINHA PARTICIPAÇÃO NO CONCURSO DO HINO MUNICIPAL - Washington Silva



Participar do Concurso do Hino Municipal de Santa Cruz/RN foi muito gratificante pra mim, de poder está ao lado de grandes artistas como o Maestro Camilo, Crisanto, Gilberto, Marcos e de todo o júri que são pessoas maravilhosas e profissionais excelentes que fizeram uma ótima escolha na minha opinião e grato também de poder junto à todos compartilhar aquilo que sei. Foi uma experiência nova compor um Hino e dentre essa experiência pude conhecer mais sobre minha terra natal quando estava lendo sobre a história de Santa Cruz para criar a letra e aprender mais sobre poesia e música, Então foi um Evento que só veio pra somar com tudo que sei e sou. Quero Parabenizar o Maestro Camilo pela vitória mais que merecida, a todos que participaram com seu hino, a comissão organizadora e a prefeitura de Santa Cruz. Parabéns!!

"Terra pujante e Gloriosa.
Salve! Salve! Santa Cruz"

RANGER DE DENTES - Rogério Almeida



Que faço, mulher, das noites quietas
Imersas em vinho
Velando o silêncio
De quem já não sabe
Se há algo além
De tanto chorar
De tanto carinho?

Que faço também
Dos dias em trevas
Mais graves que os ventos
De toda poesia
Que açoitam valentes
As velas infladas
De tanta agonia?

Que faço, ainda, de todo este mofo
Que faço
Suplico
Do fátuo fogo
Que exausto declina
O ardente convite
À vida que brinda?



Que faço, mulher, que faço afinal
De todo este frio
Que nunca esvaece
Que é lâmina e fende
A carne tão frouxa
De quem já não move
A face indolente
Em seu desvario?

Que faço, me diga, que faço de todos
Que incautos caminham
Ao léu e sem fim
Às costas o berço
À frente o cerzir
Do féretro estreito
Em que se há de tornar
Ao eterno porvir?

Que faço, mulher, e que faço de mim
Aquele que espera
Da alma despido
Sem dor e sem medo
Que não o de ser
Sem ti condenado
Ao eterno degredo?

terça-feira, 26 de novembro de 2013

EDGAR SANTOS IRÁ REPRESENTAR SANTA CRUZ E O RN NA 3ª CONFERÊNCIA NACIONAL DE CULTURA EM BRASÍLA-DF


O Professor, Historiador e Gestor de Cultura de Santa Cruz, Edgar Santos, estará representando  o Município de Santa Cruz e o Rio Grande do Norte na 3ª Conferencia Nacional de Cultura que ocorrerá de  27 de novembro a 01 de dezembro em Brasília. O Rio Grande do Norte enviará uma delegação com 20 representantes de vários municípios do Estado. Em Brasília os delegados visitarão também o Ministério da Cultura-MINC, visando a busca de conhecimento sobre  abertura de novos editais para Projetos Culturais. O Secretário de Comunicação Social de Tangará, Wallace Maxsuel também estará na 3ª Conferência Nacional de Cultura representando o  município de Tangará.
A III Conferência Nacional de Cultura terá como eixos Temáticos  Implementação do Sistema Nacional de Cultura, Produção Simbólica e Diversidade Cultural, Cidadania e Direitos Culturais e Cultura e Desenvolvimento Sustentável. A abertura da Conferência será com a Ministra Marta Suplicy.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

CINZAS DO TEMPO - José da Luz




Eu era menino
quando o tempo era ontem.
Na casa de alpendre
via minha avó, de avental de chita
e abano na mão,
atenta a atiçar as chispas do fogão.
No fogo de lenha
a panela de barro cozinhava lentamente.
Meu avô madrugava nas veredas
tangendo um burrico
com cangalha e cambitos,
carregando água de cacimba
em barris de zinco.
Na hora do almoço
a família reunida em volta
da grande mesa,
sentada em bancos de madeira;
todos, sorridentes, suados e serenos,
serviam-se em pratos de porcelana.
Na cozinha tisnada,
minha avó fazia café forte e quente.
Café torrado e misturado com rapadura do brejo,
batido no pilão de madeira
e passado em coador de pano.
À boca da noite,
na sala grande da velha casa,
antigas histórias eram enredadas
na polifonia de personagens.
Parentes e amigos vizinhos, se revezando
sob o lume da lamparina a gás,
avolumavam as sombras de heróis e vilões
que continuam vagando
em minhas noites de insônia.
Atualmente,
já mergulhado nos ismos e logos das ciências,
quando tomo um Nescafé de refil

fecho os olhos
e vejo pela janela do tempo
meu avô cortando lenha no terreiro
e na cozinha tisnada
a minha avó soprando as brasas do fogão,
fazendo um café forte
que ainda hoje aquece as cinzas
de minha memória.

sábado, 23 de novembro de 2013

PERIGO DO BUJÃO - José Antônio da Silva (O grande Zé Pequeno)



Oh meu Deus de piedade
Ía se dando um grande horror
Na fazenda Bom Jesus
Quando o bujão incendiou
Foi um milagre de Deus
Porque o povo escapou

Manuezim preste atenção
Trabalhe com mais cuidado
Pois um serviço mal feito
Nunca dá bom resultado
Repare o que lhe fartou
Pra você morrer incendiado

Hélio quando viu o fogo
Fez carreira dentro do mato
Retalhou-se nos arames
Quase caía o fato
Enquanto existir fogo
Eu viro bicho do mato

O senhor José Reinaldo
Correu lá pro barracão
Subiu-se na garrancheira
Fez vez de um camaleão
Enquanto existir fogo
Eu nunca mais piso no chão

Burrega também correu
Pra casa de Cinivete
Chegou lá caiu cansada
E pediu uma compresse
José subiu para o garrancho
E não sei quando ele desce

Pedro mais o cachorro
Correram lá pros macaco
Na curva de uma barreira
Deram fé dum buraco
Aqui nós escapa a vida
Oh pai bom só é o mato

Heliso mora mais longe
Mas escutou a zuada
As mulher tudo correndo
Gritando pelas malhada
Vala-me Nossa Senhora
Pra nós num morrer queimada

Até comadre Dondom
Pegadinha nas parede
Eu posso morrer incendiada
Porém vou pra minha rede
Conduzam um copo com água
Pra eu num morrer com sede

Uma muleca de João
Alevantou-se pelada
Subiu-se na laranjeira
Ficou lá amuquecada
Uma moça passou e disse:
Essa muleca é adoidada

As moças se levantaram
Correram até de cueca
Vamos lá pro pés de manga
Porque a gente se trepa
E quando cessar o fogo
A gente volta mais quieta

Antonhi Gino e Mané Pedro
Zé Viera e João Reinado
Ficaram no meio do pátio
Todos quatro horrorizado
E tive lá no seu Técio
Porque ele dormiu no roçado

Lair também fez carreira
Com aquele ar espantado
Escanchou-se num jumento
Porque ele tava deitado
Embaraçou-se no vestido
Foi cair lá no roçado

Josefa só escapou
Porque saltou pela janela
Caiu debaixo do terreiro
Relou até as canela
Laí eu lá sei que morreu
E nunca mais vejo ela

Desculpe caros leitor
Se num acharam de agrado
O verso é um pouco curto
Porém foi bem arrimado
Pra se lutar com o bujão
 Precisa muito cuidado.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

UM CONVITE ESPECIALÍSSIMO Gilberto Cardoso dos Santos

Gilberto Cardoso Dos Santos
Hoje à noite, no Teatro Candinha Bezerra, a partir das 19 horas, é o momento para a população santa cruzense prestigiar a escolha do hino do município.

Trata-se de um acontecimento singular que entrará para a história.

As melhores vozes da cidade foram reunidas em um coral que protagonizará o espetáculo.

Se gosta das disputas musicais do The Voice Brasil  e do Programa do Raul Gil, não deixe de comparecer a este grandioso show.

Que meus amigos da net e leitores deste blog compareçam ao evento não para aplaudirem o meu hino, uma das composições concorrentes, mas para vibrarem com entusiasmo por aquele que lhes parecer mais digno de representar nossa cidade.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

O VALOR DE UM ANIMAL - Gilberto Cardoso dos Santos

  No final da manhã desta terça-feira (19), foi executado JOSÉ MARIA DA SILVA, 36 ANOS conhecido como BAIANO, residente no bairro Paraíso. Segundo informações colhidas no local, José Maria era carroceiro e não tinha passagem pela polícia. [...]
Segundo familiares, a única pista seria uma discussão com uma pessoa devido a um animal, inclusive animal esse que também foi atingido com os disparos, mas que somente as investigações é que irão esclarecer os fatos. - http://pmcurraisnovos.blogspot.com.br/


Quanto vale um animal,
Um burro? – Vale pouquinho
Mas por motivo mesquinho
Tem valor especial

O humano racional
Às vezes sai do caminho
E solta o bicho daninho
do campo emocional

Todos querem ter razão
Duma simples discussão
Nasce uma calamidade

Lamentar é o que nos resta
quando a humanidade atesta
sua irracionalidade.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Escolha do Hino Oficial de Santa Cruz acontecerá nesta quinta (21)

A Prefeitura de Santa Cruz realizará na próxima quinta-feira (21) a "Apresentação Pública" das composições finalistas do concurso que irá escolher o Hino Oficial do município.
O evento, última fase do certame, acontecerá no Teatro Municipal Candinha Bezerra, a partir das 19 horas, com entrada franca.
Cinco composições estarão sendo apresentadas e uma delas será escolhida como o Hino Oficial de Santa Cruz. O ganhador receberá um prêmio no valor de R$ 3.000,00 (três mil reais), oferecido pela Prefeitura de Santa Cruz.
A previsão é que o hino escolhido seja lançado oficialmente no próximo dia 30 de novembro.
convite hinomunicipal

domingo, 17 de novembro de 2013

JOSÉ CAMELO DE MELO RESENDE E O ROMANCE DO PAVÃO MISTERIOSO - Irani Medeiros


José Camelo de Melo Resende nasceu no dia 20 de abril de 1885, em Pilõezinhos, na
época distrito de Guarabira, Estado da Paraíba. Faleceu em 28 de outubro de 1964, 
na cidade de Rio Tinto, no mesmo Estado. Estudou por pouco tempo. Não podendo 
continuar com os estudos, tornou-se carpinteiro e marceneiro.

A poesia passou a ser uma saída para sua inteligência e imaginação fértil. Começou a 
escrever folhetos (estórias rimadas) no início dos anos 20, versejando numa linguagem 
perfeita, com precisão na métrica e rima que o distinguia da maioria dos poetas 
populares (cordelistas) do seu tempo.

Depois de algum tempo como poeta de bancada, fez-se cantador, compensando seu 
pouco talento na arte de improvisar ao som da viola com uma certa esperteza: decora 
romances que ele mesmo escreve, criando tramas ou adaptando-as das histórias que 
corriam de boca em boca pelas cidades brejeiras. 

José Camelo escreveu várias histórias (ou estórias) romanceadas ou rimadas como se 
chama. Porém, a que mais lhe rendeu fama e ganhos financeiros foi com 
"O Romance do Pavão Misterioso", que até hoje é considerado o maior clássico da 
literatura de cordel, o mais vendido em todos os tempos, foi escrito por José Camelo no final 
dos anos 20, e não por João Melquíades Ferreira da Silva, que roubou a história e 
a publicou como se fosse de sua autoria, isto posto pelo fato de José Camelo ter se 
envolvido em uma certa confusão e ter que fugir para o vizinho Estado do Rio Grande 
do Norte, não havendo tempo para publicar seu romance.

O “Romance” trata-se de uma narrativa feita nos moldes tradicionais: tem 32 páginas, 
em versos de sete sílabas ou redondilhas maiores, e sua temática diz respeito a uma 
história (aventura) de amor e heroísmo.

O enredo do Romance do Pavão Misterioso é a aventura de um rapaz, chamado 
Evangelista, que ao contemplar a beleza de Creuza, donzela que era mantida 
prisioneira pelo conde seu pai, sente-se tomado por forte desejo: tirar a moça do 
sobrado do conde tomá-la com sua mulher. Evangelista foge com Creuza, ajudado por 
um pássaro gigante que ele manda construir, na verdade era o Pavão Misterioso.

A beleza proibida da donzela desperta em Evangelista a vontade de possuí-la; a moça 
passa a ser objeto de desejo do rapaz, cujas ações visam á satisfação da carência 
gerada pelo desejo. O sucesso da demanda pelo apaixonado restabelece o equilíbrio 
quebrado pela vontade de posse do objeto.

Como em muitas narrativas populares rimadas, no folheto Romance do Pavão 
Misterioso, o herói vem de um país estrangeiro e sua história passa-se também numa 
região distante daquela do leitor. O Evangelista do folheto vem da Turquia e sua 
aventura tem a Grécia como palco.

Alguns heróis populares pertencem a camadas sociais elevadas ou adquirem riqueza 
e poder no decorrer da narrativa; diferenciando-se do cotidiano do homem comum 
que lhes presta admiração. Evangelista do romance é um rico herdeiro de um “viúvo 
capitalista”.

"Residia na Turquia/um viúvo capitalista,/pai de dois filhos solteiros/o mais velho João Batista,/então o filho mais moço/se chama Evangelista."

A história do Pavão Misterioso já inspirou peças de teatro, canções, novela televisiva 
e filmes de animação. E ficou conhecida na música imortalizada pelo cantor e 
compositor cearense Ednardo, belíssima canção.

José Camelo de Melo Resende escreveu várias histórias ou romances não menos 
famosos que o Pavão Misterioso, narrando grandes aventuras, por exemplo: Armando 
e Rosa conhecidos como Coco Verde e Melancia; Entre o Amor e a Espada; história de 
Joãozinho e Mariquinha; o Monstro do Rio Negro e Pedrinho e Juliana entre outras.

Dessa forma podemos afirmar que José Camelo de Melo Resende foi um grande narrador 
de histórias populares do Nordeste brasileiro. Vale a pena ler suas histórias, de forma 
que o leitor possa ter mais conhecimentos sobre a nossa rica e tão desvalorizada 
cultura popular, sabendo-se que a região Nordeste foi e continua sendo o maior 
celeiro de poesia rimada, cantada ao som da viola, a nossa cantoria de violeiros como 
chamamos.

Irani Medeiros - Poeta/escritor e pesquisador da cultura popular.

BIOGRAFIAS-PAPARAZZAS - Marcos Cavalcanti (Poeta Desconhecido do RN)


    A reaquecida polêmica das biografias “não autorizadas” tem suscitado uma enxurrada de entrevistas, artigos, crônicas e debates radiofônicos e televisivos na mídia nacional, além de processos, intrigas e inimizades sabidas e por saber. De um lado, biógrafos de todos os naipes e representantes da poderosa indústria editorial brasileira, do outro, a Associação Procure Saber, que congrega ao que parece, principalmente atores e músicos brasileiros, cujos expoentes destacados nas recentes querelas são Roberto Carlos, Caetano Veloso, Djavan, Chico Buarque de Holanda e Gilberto Gil. A queda de braço já se encontra nos tabuleiros do STF e do Congresso Nacional, de onde deverá sair ou um veredicto, confirmando o que já prescreve a Constituição Federal em seu art. 5º, Inciso X:  “são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação”; e o que preconiza o Código Civil Brasileiro em seus artigos 20: “Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à manutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais” e  21: “A vida privada da pessoa natural é inviolável, e o juiz, a requerimento do interessado, adotará as providências necessárias para impedir ou fazer cessar ato contrário a esta norma.”  ou sairá uma jurisprudência, ou ainda uma nova legislação, se o Congresso Nacional modificar o que ele mesmo aprovou em 2002.  
    A demanda não estaria nestas esferas se se tratasse de uma questão simplista de direito. Não o é, e como todos sabem, além de envolver questões de ordem personalíssima, que diz respeito à privacidade e a proteção da honra individual e/ou familiar de todo brasileiro, independentemente se são famosos ou meros anônimos, também é uma questão econômica, e é neste terreno que os argumentos prós e contra costumam ser tangidos para  debaixo do tapete.
    Sossobram argumentos dos dois lados. Os biógrafos afirmam que a autorização prévia do biografado ou da família para publicação de uma biografia viola o sagrado direito à liberdade de expressão, caracterizando uma censura prévia. Os artistas, por sua vez, advogam que têm direito à sua intimidade privada, pois embora sejam pessoas públicas, tal status não lhes veda o direito constitucional já explicitado, afinal de contas, todos são iguais perante a lei.
    Vou dizer sem rodeios: em regra, não é a curiosidade intelectual e histórica que movem a pena dos biógrafos-paparazzos, assim adjetivados porque se comportam de maneira análoga aos bisbilhoteiros das teleobjetivas que de máquina em punho desenham com luz, nas sombras,  a vida íntima dos famosos, tomando às escondidas imagens que vão fazer o sucesso das edições de revistas de fofoca e que alimentam o gosto dos leitores medíocres que se servem deste tipo de banquete imagético e nada literário. Assim também se servem os biógrafos-paparazzos e seus editores que ignorando a formalidade jurídica da autorização, escolhem ao seu bel prazer uma personalidade para faturar em cima de sua notoriedade. Ora, nem as prostitutas se mercantilizam sem que elas próprias deem autorização de uso, pois do contrário, viveriam em regime de escravidão sexual, o que é crime.  
    Cabe então perguntar: porventura há ética no proceder do paparazzo? Há deontologia no proceder do biógrafo não-autorizado?  Os dois não estariam ferindo a ética da liberdade de expressão? Ou a liberdade de expressão não pode conhecer limites de nenhuma ordem? Se é assim, pode um artista plástico pintar a parede do muro (propriedade privada) de alguém sem autorização deste? Qual o maior capital privado de uma pessoa? Não seria sua própria vida, sua honra, sua intimidade? Então, quem pode pichá-las sem autorização? Quem pode vendê-las sem o devido consentimento? 
    Senhores biógrafos, e me refiro sobretudo aos biógrafos com fluxo fácil nos meios de comunicação, se querem lançar luz sobre a vida de quem quer que seja, publiquem nos jornais, nos blogs, nos sites e façam uso da liberdade de expressão que a nossa Constituição garante e digam o que quiserem, o que tenham descoberto sobre os seus alvos e depois arquem com as consequências judiciais se estiverem informando mal ou se estiverem mentindo. Não queiram tomar por mercadoria os que não desejam ser e não venham com o argumento falacioso de que o que querem é simplesmente mostrar o direito e o avesso de alguém sob uma perspectiva histórica. Se os senhores tomam ainda como modelo o país recordista em violação dos direitos e garantias individuais, e não têm a coragem de trazer outras legislações para o debate, recomendo-lhes: consultem a legislação da Espanha, da França e da Itália e logo constatarão que aqui, como nestes países citados não se atenta contra a liberdade de expressão. Ao contrário, se consagra o direito individual que cada um tem, seja famoso ou anônimo, ministro do superior tribunal de justiça ou um simples artesão,  de se preservar o sagrado direito à intimidade, à honra. E digo mais, se as suas convicções mais íntimas lhes disserem que não aceitarão propostas milionárias para “biografias oficiais”, assim procedam e serão muito dignos de tal atitude, mas não queiram fazerem-se por fim da força, biógrafos-paparazzos de ninguém.

                    

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

VIVAS AO BRASIL - Alex Rodrigues



Eu, hoje, como brasileiro que sou, encontro-me em um verdadeiro estado de graça ao ver que, pelo menos em parte, o Poder Judiciário por meio de seu Órgão Máximo, o Supremo Tribunal Federal, deu à esse dia tão simbólico, que é o dia da Proclamação da República Federativa do Brasil, um significado diferente, um significado de justiça... um significado de que no meio de todo o jogo político podemos ter esperanças de que nesse país do carnaval o ano inteiro, ainda há homens que usam suas togas para julgar seja o pobre ou seja o rico... dando a cada um a condenação que lhe é devida... possa não ser a condenação que o povo em sua fúria midiática quisesse,.... contudo, com certeza é a condenação que a Lei determina... e assim tem que ser... pois, felizmente, vivemos em um Estado Constitucional de Direito... isto é, em um Estado sob a égide da Lei...consubstanciada pela Lei Maior, a Constituição Federal.

Portanto, hoje o Brasil tornou-se um pouco mais independente... mais digno... mais democrático... e mais justo... Sabemos que não nos tornamos ainda o país dos sonhos... pois ainda existem muitos outros mensalões petitas... tucanos... de direita ... de esquerda... de centro... à serem denunciados por outros escândalos..... por muitos outros casos de corrupção.... mas pelo menos abriu-se um precedente na história não só do Poder Judiciário, mas como também na história do Brasil..... Sendo assim, orgulho-me de ser brasileiro... de hoje ver que nossa atual democracia tem amadurecido e se mostrado estável frente a tantos percalços!!!

Viva ao Brasil! Viva ao Brasil de Joaquim Barbosa!! Viva ao Brasil de Lewandowski ... Viva ao Brasil de Lula... de Dilma ... de Genuíno... de Dirceu.... Viva ao Brasil MEU... ao Brasil SEU.... Pois, com certeza esse é o meu país!!!!

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

A CHUVA - Goimar Dantas


Em cada gota uma esperança.
Um signo de futuro.
Um alimento líquido de fé.
Depois de meses de seca,
a chuva desaguava generosa,
penetrando nas veias do chão batido,
bombeando energia vital para o solo – que pulsava num orgasmo múltiplo e feérico.
Acima da terra,
casas caiadas desciam um tom na sua pintura frágil,
já desbotada pelo tempo, pela poeira, pelo sol.
Quanto aos moradores...
Ah, esses vivenciavam uma euforia atonal,
indescritível em seu estilo sertanejo de comemorar.
Velas para São José.
Louvores para Nosso Senhor.
Cânticos para Nossa Senhora.
Lá fora, crianças se banhavam na água purificadora
e, como eram crianças, se atiravam na lama depois
(sem nenhuma culpa judaico-cristã).
A noite posterior à chuva trouxe, junto com a brisa,
harmonias de zabumbas, triângulos, pífanos e sanfonas.
O arrasta pé comemorativo cobriu o terreiro ainda úmido,
fértil, pleno de expectativas, promessas.
Na manhã seguinte, entretanto, Zé da lida acordou suado.
Correu pra janela, olhou o horizonte...
Estarrecido, constatou que a chuva tão esperada não passara de um sonho.
Com os nervos há muito abalados pela fome que assistia em casa,
Zé da lida não suportou a tristeza.
Desde então, passa os dias na rua, maltrapilho.
Não é um doido agressivo.
Mas vive de assustar a meninada com sons que imitam, certeiros,
o estrondo dos trovões. 



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Adquira:
 


quarta-feira, 13 de novembro de 2013

ENTREVISTA DO CMPC À WEB TV SEM FRONTEIRAS (VÍDEO) - Nilson Rocha

Reunião do Conselho Municipal de Política Cultural - Café Imprensa

Este vídeo é a primeira parte da reunião do Conselho Municipal de Política Cultural de Santa Cruz que aconteceu neste Sábado dia 9 de Novembro de 2013 na Casa de Cultura popular.
O evento denominado Café Imprensa, teve como objetivo a apresentação do conselho a sociedade. Informar e trazer ao conhecimento de todos, suas atividades, e as novidades dos últimos acontecimentos relacionados a cultura, tanto a nível Municipal como no âmbito Estadual e Federal.
Estiveram presentes de forma participativa nas discussões os representantes da imprensa local.
Wallace Maxsuel, Édipo Natan ( Rádio Santa Cruz ), Erivan Justino, Tiago Lima, Genilson Silva ( Rádio Santa Rita, FM ), Gilberto Cardoso, ( membro do conselho e representante do Blog da APOESC ) e a cobertura total da Webtv Sem Fronteiras.

ANDARILHO - Hélio Crisanto


Sou andarilho,
Sou o fogo da serpente
Sou verso, rima e repente,
Sou ave solta no ar
Eu sou assim:
Meio bobo, meio esperto
Meio torto, meio certo
Meio sol, meio luar
Sou bandoleiro,
Menino de alma leve
Meio nuvem, meio neve
Que flerta no seu olhar.
Sou passageiro
Como o vento do acalanto,
Meio riso, meio pranto
Meu tino é ciganear
Sou peregrino,
Meio porto, meio vinho
Meu rumo é qualquer caminho,
Meu ninho é qualquer lugar

domingo, 10 de novembro de 2013

LIBERDADE - Harry A















  • LIBERDADE

    • NÃO SE PEDE PRA NASCER NEM SE PEDE (OU SE ESCOLHE) COMO VAI NASCER OU SER. SIMPLESMENTE, NASCE. SIMPLESMENTE, É. AÍ , AMIGO... DEPOIS DISSO NÃO HÁ O QUE FAZER SIMPLESMENTE VIVER COMO SE É COMO NASCEU OU ... SE NEGAR... SOFRER... SE MUTILAR SE ENGANAR... ENGANAR ENGANAR AOS OUTROS. VIVER UMA VIDA QUE NÃO É SUA. FINGIR QUE VIVE. ABSURDO? HÃ? POIS É... É DESSE JEITO... CAMINHOS... ESCOLHAS QUE NÃO FORAM FEITAS OU MAL-FEITAS À ÉPOCA. AGORA O QUE RESTA? CONTINUAR A MENTIR? OU RESOLVER VIVER? MOMENTO DIFÍCIL... MOMENTO DE CERTEZA INTERNA E DE COVARDIA EXTERNA É PRECISO CORAGEM É PRECISO FORÇA É PRECISO FÉ NA VIDA NÃO HÁ MEIO TERMO SÓ HÁ UMA SAÍDA. ABRA A PORTA SAIA... VIVA ENCONTRE-SE CONSIGO MESMO DESCUBRAS QUEM VERDADEIRAMENTE ÉS. SE DÊ ESSE DIREITO SE CAIR ... VAI LEVANTAR NADA É 100% CERTO NESSA VIDA ENTÃO, CORAGEM NÃO DEIXE ESSA ÚNICA CHANCE PASSAR NÃO MORRA NA PRAIA POIS A ONDA TÁ BEM ALÍ SINTO O CHEIRO DA BRISA E DA AREIA MOLHADA VÁ AMIGO... SE JOGUE... SE MOLHE... TOME ESSE BANHO... POIS A PRÓXIMA ONDA JÁ NÃO SERÁ IGUAL A ESSA.

RECADO PARA QUEM AMA - José da Luz Costa


Como é difícil
ser o forte, o sempre forte
sob um olhar cristalino,
um sorriso suave, livre,
que sacode o íntimo, o orgulho
nunca antes vencido, ferido.
Por instantes
as forças se desvanecem.

Foge o tempo.
Nada.
Só o silêncio domina
e consome os desejos,
fazendo-os de segredos
da vida.

A sede e o calor se alastram
no escuro,
com pulsações enérgicas,
gritantes,

que penetram os sentidos,
morrendo o eco nas fronteiras
do corpo.

Um novo pacto se faz
sobre muitos pactos quebrados,
não importando o futuro
nem os olhares que passam,
que comem,
que odeiam o momento presente,
o real que limita o próprio
tempo.

Vencido pelo gosto,
neste labirinto de disfarces,
é que atinjo o prazer final

– ingerir num só gole tua vida!

sábado, 9 de novembro de 2013

O CAFÉ DO CMPC COM A IMPRENSA - Gilberto Cardoso dos Santos

crédito da foto: Erivan Justino


Nós, do Conselho Municipal de Políticas Culturais de Santa Cruz, nos sentimos lisonjeados e honrados com a presença maciça dos representantes da imprensa local no auditório da Casa de Cultura Palácio do Inharé  nesta manhã de sábado, 09.11.2013.

Nilson Rocha, da  WEB-TV Sem Fronteiras, deu total cobertura ao evento;  Wallace Maxsuel, Édipo Natan  (que veio também como representante da Rádio Santa Cruz),  Erivan JustinoTiago Lima e Genilson Silva (representante da Santa Rita FM), permaneceram até o final e manifestaram o devido interesse ao que estava sendo dito. Erivan, Wallace, Édipo e Tiago fizeram perguntas e comentários pertinentes que muito contribuíram para enriquecer o debate.

Apesar de lamentarmos a total ausência dos representantes da esfera municipal, ficamos contentes com o número de participantes do CMPC que estiveram conosco. Além destes, ninguém mais faltou. Marcos Valflan, de presença assídua e atuante em todas as reuniões do conselho, deu sua importante contribuição ao evento.  Hugo Tavares, presidente, apesar do recente e delicado estado pós-operatório, fez questão de comparecer e falou com sensatez e franqueza sobre os avanços e retrocessos que o conselho tem tido.
Crédito da foto: Erivan Justino

Samira Delgado, Ranieri Fernandes, e o brilhante secretário Marcos Silva Antônio, do Grupo ARTEVIVA, contribuíram grandemente para que o encontro fosse produtivo e dinâmico. Agradecemos, ainda, às presenças de Emisandra, Joãozinho e demais membros e suplentes que nos honraram com suas participações e atenção.

Nossa gratidão ao IFRN que, através da professora e conselheira  Samira Delgado, nos forneceu o lanche. Aproveito para ressaltar minha admiração pelas participações sempre brilhantes desta educadora em nossas reuniões ordinárias que, devido o nível dos debates, quase sempre se tornam extraordinárias.

Alguns dos temas debatidos durante as  duas horas  deste encontro foram: a legalidade e pertinência do percentual requerido pelo conselho; as tentativas de obstrução do projeto por parte do poder municipal e a importância que o conselho de cultura pode ter no desenvolvimento turístico e educacional do município.

Em linhas gerais, percebemos nesse encontro um consenso quanto ao lado positivo do trabalho que vem sendo desenvolvido pelo  CMPC.


Sem dúvida, como lembrou Hugo Tavares, o CMPC é um dos poucos conselhos do município em pleno desenvolvimento. Podemos constatar que sua composição de fato honra a classe artística e as mentes pensantes de nosso município. A cada reunião isso tem ficado patente. E nesse encontro nos regozijamos por perceber que há esse reconhecimento por parte da imprensa local.
Foto: Wallace Maxsuel

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

O SERTANEJO - João Cabral de Melo Neto


1.
A fala a nível do sertanejo engana:
as palavras dele vêm, como rebuçadas
(palavras confeito, pílula), na glace
de uma entonação lisa, de adocicada.
Enquanto que sob ela, dura e endurece
o caroço de pedra, a amêndoa pétrea,
dessa árvore pedrenta (o sertanejo)
incapaz de não se expressar em pedra.

2.
Daí porque o sertanejo fala pouco:
as palavras de pedra ulceram a boca
e no idioma pedra se fala doloroso;
o natural desse idioma fala à força.
Daí também porque ele fala devagar:
tem de pegar as palavras com cuidado,
confeitá-las na língua, rebuçá-las;
pois toma tempo todo esse trabalho.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

O ETERNO RETORNO - Goimar Dantas


Quando chove é assim, não adormeço,
viro terra molhada de esperança.
Viro o cheiro da mata,
viro dança,
arco-íris que vem pra celebrar.
Viro noiva sorrindo no altar,
me transformo em cantigas e novenas.

Viro Helena de Tróia,
sou Atenas!
Afrodite nascida para amar.
Desabrocho no rio,
Vitória-régia!
Viro a areia beijada pelo mar.
Viro fogo na brasa, crepitando
melodias nas noites de luar.


Quando chove é assim,
eu viro lava
e incandesço nas curvas do caminho.
Um vulcão explodindo,
passarinho,
espalhando seu canto pelo ar.
Quando chove é assim,
eu viro verbo
e um poder de dizer vem me tomar
Viro história encantada,
viro lenda,
Sherazade noturna a nos salvar.


Quando chove eu sou mil e uma noites
estreladas no céu de Bagdá.
Quando chove eu sou mundo
sem fronteiras,
universo, partícula, poeira.
Energia, silêncio, sintonia,
uma crença, um rito, uma oração.


Quando chove eu, de novo, sou menina,
de vestido, brincando no sertão.

domingo, 3 de novembro de 2013

CORPO MALIGNO - Edgar Santos




Os meus olhos estão nus e teus seios estão despidos...
Não sou o que pareço, sou o amor desinibido...
Sou um pássaro atordoado sem rumo e tão ferido...
Neste instante buscarei me aventurar em teus braços,
No cavalgar do destino, silenciarei meu cansaço...

Sou teu pássaro sonhador, tão sóbrio como um beija-flor,
Pousarei em teus abraços, sentirei o teu amor...
Não sou atrevido, não mereço castigo,
Sou teu profeta menino ou teu amor bandido?
Só quero esse corpo, esse teu corpo maligno!

sábado, 2 de novembro de 2013

SOBRE A MORTE


"É mais fácil suportar a morte sem pensar nela do que suportar o pensamento da morte sem morrer." (Blaise Pascal)

"Você possui apenas aquilo que não perderá com a morte; tudo o mais é ilusão." (
Autor desconhecido)

"Existem três tipos de pessoas: as que se preocupam até a morte, as que trabalham até morrer e as que se aborrecem até a morte." (Winston Churchill)

"Nesse mundo, nada é certo além da morte e dos impostos." 
(Benjamin Franklin)

"A morte do homem começa no instante em que ele desiste de aprender." 
(Albino Teixeira)

"O homem fraco teme a morte, o desgraçado a chama; o valente a procura. Só o sensato a espera." (Benjamin Franklin)

"Gostaria de suprimir as pompas fúnebres. Devemos chorar os homens quando nascem, não quando morrem." (Barão de Montesquieu)