domingo, 12 de agosto de 2012

O BOM PAI - Marcos Cavalcanti


Ao meu querido pai



Se és pai e não o és por acaso
Se quisestes sê-lo e assim se fez
Se rosas de ti em vaso-mãe brotaram
Que ninguém julgue por sua vez
Do amor que tendes e do fino trato
Que para além dos sorrisos no retrato
Tu a elas dedicas dia-a-dia, mês-a-mês.

Não são os presentes que emocionam
A um pai justo e de nobre sensibilidade.
Não são as efemérides do capitalismo
Com os fingimentos de sua publicidade
Que comovem os corações dos bons pais.
Amor paterno não é de cifras, é muito mais
Nasce do simples, ao sabor da espontaneidade.

É no abraço cálido que recebe
É no sorriso terno de suas crianças
No beijo do encontro ou da despedida
Em que deposita as suas esperanças
De um amor que é natural e pleno,
Amor sem artificialismo, sereno
Que se fortalece e jamais se cansa.

4 comentários:

  1. Belo poema, Marcos. Destaco a parte em que se diz rosa.
    Importante análise para o dia dos pais.

    ResponderExcluir
  2. Grande Marcos,

    Parabéns, pelo belo poema pela bela família.

    Um abraço, meu caro.

    Aldenir Dantas

    ResponderExcluir
  3. " Não são os presentes que emocionam/A um pai justo e de nobre sensibilidade." Que categoria!!!!! Hoje mesmo disse aos meus filhos, " ...vocês são os meus presentes, os meus melhores presentes já recebidos!" Grande Mestre Cavacanti!

    ResponderExcluir
  4. Obrigado Gil, Aldenir e a Nailson, essa trindade de pais que têm sobretudo, sensibilidade.

    ResponderExcluir

Comentários com termos vulgares e palavrões, ofensas, serão excluídos. Não se preocupem com erros de português. Patativa do Assaré disse: "É melhor escrever errado a coisa certa, do que escrever certo a coisa errada”