SENHOR DO MAR
O mar não sou eu, meu senhor! o mar é o cais e suas embarcações. O mar não sou eu, meu senhor! o mar é o balanço das ondas, redes lançadas já em outras pescarias. O mar não sou eu, meu senhor! é a tábua dos ventos um berro que aflora na noite escura. O mar não sou eu, meu senhor! o mar é o sol aprisionado no suor do rosto dos marinheiros. O mar não sou eu, meu senhor! o mar ainda é silêncio e o refúgio dos náufragos. O mar não sou eu, meu senhor! o mar é o lustre da ferrugem nos mastros, sonhos e desejos distantes. O mar não sou eu, meu senhor! o mar é a solidão dos séculos futuros na lanterna de seus afogados. O mar não sou eu, meu senhor! o mar ainda é um oceano de paixões...
28.12.18.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comentários com termos vulgares e palavrões, ofensas, serão excluídos. Não se preocupem com erros de português. Patativa do Assaré disse: "É melhor escrever errado a coisa certa, do que escrever certo a coisa errada”