sexta-feira, 13 de maio de 2016

O QUE TEM NA MINHA SERRA (Cordel sobre Serra de São Bento) - Marciano Medeiros


O QUE TEM NA MINHA SERRA
Marciano Medeiros

Eu moro numa cidade
De comovente beleza,
Lugar onde a natureza
Mostrou amabilidade,
No meio da claridade
Fecundou flores no chão,
Botando na região
Um clima muito gelado,
Sendo o melhor do estado
Declaro a qualquer Nação.

E quem for se aproximando,
Vê rochas embranquecidas,
Muitas pedras parecidas,
Nossa terra ornamentando.
Vai ficar admirando
Toda natureza em festa,
Vendo a Fazenda Floresta
Que tem casas coloridas,
Com muitas plantas floridas,
Não há beleza igual esta.


A torre da Embratel
Faz-me pensar na infância,
Onde aquela exuberância,
Gera saudade cruel.
Tenho lembrança fiel,
A cena ficou gravada,
Em minha mente guardada
Vejo a torre de metal,
Com altura colossal,
Até hoje preservada.


Um visitante chegando
Terá sublime emoção,
Prepare o seu coração,
A esquerda vá olhando.
Quando você for passando
Filme açude na retina,
Veja a água cristalina
Parada e silenciosa,
Dando visão primorosa
Da cidade pequenina.


Uma forte melodia,
Toca nosso sentimento.
À noite a canção do vento,
Gera linda sinfonia,
Embalando a serra fria
De forma maravilhosa.
E a cidade primorosa
Faz cada filho orgulhoso,
A todos dando repouso,
Na madrugada formosa.

Quando o inverno começa
Vemos grande nevoeiro,
Em seguida o aguaceiro,
Cai devagar e sem pressa.
Depois o sol recomeça
Mostrando seu brilho imenso,
Derrama calor intenso
Nutrindo verdes roçados,
Secando os matos molhados,
Em razão do fogo denso.



Noto em Serra de São Bento
Cada espaço sobranceiro,
Tem a Pedra do Cruzeiro,
Apontando o firmamento:
Ela inspira o pensamento
Dos poetas do lugar.
E ainda vou comentar,
Pra que essa informação saia,
D`Cleas, Marwilly e Daya
Fabricam roupas sem par.

E nossa geografia
Dos turistas ganha palmas,
A grande Loca das Almas,
Inspira a mitologia.
Nessa loca antiga e fria
Assassinos se esconderam,
Homens anônimos morreram
Tendo os corpos mutilados,
Viram ossos descarnados,
Mas as provas se perderam.

Descrevo a zona rural,
Meu texto, eu não atrapalho,
Era de Edson Ramalho,
O Tanque do General.
Num setor municipal
Tem a Cacimba Barbosa,
Onde a água preciosa
Abasteceu multidões,
Vindo em barris e galões,
Numa jornada penosa.

A nossa igreja matriz
Tem torre quebrando o vento,
O padroeiro é São Bento,
No passado o povo quis.
O padre Mário feliz
Percebeu que a fé medra,
Fez a capela de pedra
No lindo Sítio Jucá,
Sucesso maior não há,
A fé cresceu igual hedra.
No calendário anual
Tem Festival de Inverno
Evento muito moderno
De grandeza sem igual.
E na parte cultural
Temos Helânio Moreira,
Um cantador de primeira,
Com talento verdadeiro.
Já no verso, eu, Gil Ribeiro,
Lutamos a vida inteira.

Também tem Frank e Nazar
Dois grandes emboladores,
De coco são cantadores,
É preciso divulgar.
E agora em dois vou falar
Cada um com seu valor,
Tem Jailson Aboiador,
Que não é artista só,
Pois Mersinho no forró,
Ganhou fama de cantor.
E quem quiser se hospedar
Neste divino colosso,
A Pousada Mato Grosso,
Tem serviço singular.
Caso queira viajar
Pra nosso recanto ande,
Também tem a Pedra Grande
No palco da natureza,
Lembra a paisagem holandesa,
Onde o turismo se expande.


Tem famoso restaurante
Divulgado em nossa terra,
É o Galinha da Serra,
Um ponto reconfortante.
Da rua um pouco distante
Vale a pena conhecer,
Não irá se arrepender
Deste oásis visitar,
Parando para almoçar
Outras vezes vai querer.

Perto da Pedra da Boca
Lindas pousadas olhei,
Fulô da Pedra avistei,
Toda propaganda é pouca.
Não é aventura louca
Visitar nossa terrinha,
Desta paisagem vizinha;
E digo aqui sem engano,
Visite o Café Serrano,
À noite ou de manhãzinha.


Esta é Serra de São Bento
Cenário de um povo forte
No Rio Grande do Norte
Desperta bom sentimento.
É a capital do vento
Tendo clima de primeira,
A Suíça brasileira,
Fica no chão nordestino,
Terreno que o Pai Divino
Deu proteção altaneira.


VIDEO

Um comentário:

Comentários com termos vulgares e palavrões, ofensas, serão excluídos. Não se preocupem com erros de português. Patativa do Assaré disse: "É melhor escrever errado a coisa certa, do que escrever certo a coisa errada”