terça-feira, 28 de julho de 2015

MEMÓRIAS - Carlos Medeiros


Recordas, oh memória a trama do já esquecido,

O presente do que já se tornou há muito ausência,

O retorno da saudosa companhia do pleno infinito,
Guardado na lembrança o desejo do não vivido.


O trajeto costumeiro que fazia existir com simplicidade

Renova o espírito daquilo que nunca se foi de fato.

Descendo a ninar o adeus disperso jamais dado até hoje.

Na espreita... o convívio é  inesperadamente arrancado.


O abandono de respirar o que não é mais completo,
A sintonia desses rabiscos revelam o que já se consumiu
Na rocha a sinapse de recor-dança desse destino. 
Na mente a relação firme mas tão extinta de mim


Mas permanece existente o valor do tão ensinado
O exemplo que muito me faz em cortesia
a pérola da parábola é encontrada e guardada

Com júbilo a memória daqueles raros dias.





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