*Professor Ivanilson
Costa
Ser pai é, sem dúvida, o
desejo de todo homem. Ao saber que esse desejo irá se realizar, ele
começa a reviver sua infância, suas fantasias, descobertas e o
relacionamento dele com o seu pai; a partir dessa retrospectiva,
começa a imaginar que tratamento e que educação dará ao seu
filho.
Já é sabido que as duas
figuras genitoras, tanto pai quanto mãe, são essenciais na vida da
criança, pois contribuem para uma maior adaptação e flexibilidade
mental dos pequenos. Entretanto, o que se vê na sociedade atual é a
valorização centrada muito mais na figura materna, deixando de lado
o papel que a educação paterna também desenvolve na complementação
da educação filial.
A presença de uma figura
paterna na tenra fase infantil do indivíduo é fundamental para a
sua estruturação psíquica, pois promove uma identificação
alternativa, ou seja, a criança não terá somente a referência
materna como norte para sua vida. A relação não saudável ou a
ausência do pai podem ser extremamente prejudiciais à criança,
provocando desde dificuldades de adaptação às regras sociais e nas
relações interpessoais, a conflitos de identidade sexual; esta
última pode gerar traumas muito fortes no sujeito, sendo muitas
vezes irreversíveis.
A participação dos pais nas
atividades dos filhos é muito válida, pois contribuem para o
desenvolvimento da afetividade entre estes, e promove uma cultura de
aceitação. Corroborando com o texto, a psicóloga Melina Blanco
Amarins, enfoca na literatura médica que a participação efetiva do
pai na vida de um filho de forma saudável é capaz de promover
segurança, autoestima, independência e estabilidade emocional.
Em dias em que os pais
parecem mais apressados, cansados e estressados é muito importante
que dediquem momentos aos seus filhos, seja para brincar, conversar,
trocar carinhos ou simplesmente olhá-los nos olhos. Uma relação
saudável entre pai e filho nunca será esquecida e a criança, na
sua trajetória como adulto, a reproduzirá com seus filhos.
A tarefa de educar,
transmitindo valores éticos e humanos, não é fácil. O exemplo de
vida é a maior forma de ensinar aos seus filhos. Um pai relapso na
educação infantil é um péssimo exemplo para os pequenos. O tempo,
por menor que seja com os filhos, é muito saudável e salutar na
tarefa de educar.
Em 12 de agosto
comemorar-se-á o Dia dos Pais. Nesta data, convido todos os pais a
refletirem sobre seu papel, sua posição familiar. Será que você
está sendo um pai presente nas atividades do seu filho? Você senta
no chão, conversa, brinca, abraça seu filho? Reflitamos.
Ivanilson Costa é pedagogo e
mestrando em Ciências da Educação, escreve a convite do Instituto
de Desenvolvimento da Educação (IDE), que colabora às
sextas-feiras no Diário de Natal.
Texto bem pertinente, Ivanilson.
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