Em 1986 estávamos na praia do meio, eu, fulano e sicrano. De repente, sicrano, que não sabia nadar, afogou-se, caiu num buraco ( há muitos na praia do meio). A correnteza estava puxando sicrano para o mar. Sicrano gritava desesperadamente. Eu e fulano tentamos várias vezes resgatá-la, sem sucesso. Fulano, como era fraquinho, saiu logo do perigo, nadando para a praia. Eu fiquei um pouco mais. Mergulhava, puxava-a pra cá, a correnteza pra lá... e minha luta em vão cansara-me, também. E, em atitude covarde, bati em retirada. E, quando sicrano percebeu que a última esperança dela a abandonara, gritou desesperadamente alto, "Valei-me Santa Rita de Cássia!" Veio uma onda enorme e a jogou na praia, chegando, inclusive, antes de mim. Não sou religioso. Não sou daqueles que andam com um tijolo na cabeça na procissão. Não subo nenhum degrau de escada de joelhos por devoção a santos quaisquer. Não acredito que santo faça milagres. Acredito, todavia, que alguns deles têm muito mérito para Deus, e Este, os atende com muito gosto. Por isso, não critico os santos. Respeito-os! Ah, ia me esquecendo de dizer que sicrano hoje não fala comigo, mas vive a falar mal de Santa Rita e mudou de religião.
Esse tal de sicrano deve ser o capeta, ou algo parecido com o diabo!
ResponderExcluirBelíssima crônica!
Parabéns, teacher!
Cornélio
esse nailson escreve de tudo...aí tá certo. até sobre santo e milagres. rsrsrs
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