domingo, 11 de setembro de 2011

POBREZA (Graça Luna)

Na rua deserta

A poesia inconstante,

Vermelha de tudo,

Entra em casa sem ser convidada

Uma mulher de voz rouca,

Geme uma canção de ninar

Inebriada, uma criança num vai-e-vém

Embala o sonho de poder crescer...

Eu vejo o sol no horizonte:

Sol da rua, da mulher, da criança,

Sol do dia seguinte

Sol que seca poeira, mente, coração...

A canção cessa, a criança dorme

A poeira não cessa...

A pobreza não cessa...

E a criança, (num vai-e-vem),

Embala o sonho de poder crescer

Um comentário:

  1. É com muita alegria amiga graça que recebemos seus versos neste espaço. um abraço e sempre a espreita de novos trabalhos.

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