sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Soneto de Cosme F. Marques apresentado por Nailson


Marques também dá uma demonstração de que é poeta culto, ao escrever, em 1946, o soneto, Poesia, homenagem póstuma ao também poeta, seu amigo, do início do século, o culto Clovis J. de Andrade, de quem, infelizmente, nada foi encontrado:


Rimas, abecedário cheio de harmonia,
Pensamentos de um cérebro portentoso,
Sentir em verso, a própria poesia
De um ser inteligente e ardoroso.

Ser Poeta, é caminhar numa via
De um sonho tão lindo e majestoso,
É lançar ao mundo, um canto de magia
O hino dum rimário glorioso.

Ser Poeta, é sentir a dor, a alegria
É rimar numa suprema agonia,
Uma vida, um mundo, um Universo;

Ser Poeta, é amar, gozar, sofrer,
Ser Poeta, é em sonhos reviver
Vida e alma na estrofe de um verso.


Foi a década de 40 uma extensão da de 30, com a sua poesia de exaltação e desvinculação total com os principais poetas e escritores do país.


Extraído do livro inédito LITERATURA SANTACRUZENSE, da autoria de Nailson Costa.

6 comentários:

  1. LINDONETE CÂMARA disse...

    Soneto lindíssimo e muito bem construido.

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  2. MUITO LINDO ESSE SONETO! AMEI!

    LIDIANE!

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  3. Emocionante poema que fala da poesia e também do ser poeta. Digno de aplausos de pé.

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  4. Bonito poema tão justo !!!Amei demais !!!

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  5. Nailson,

    Parabéns por nos trazer um texto tão belo de nosso passado!
    Poema atualíssimo, forjado talentosamente pelas mão de Cosme Marques.

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  6. Buca, belíssimo soneto, fico agradecida pela homenagem ao meu irmão, ´´e na simplicidade que encontramos o natural!!!

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