Marques também dá uma demonstração de que é poeta culto, ao escrever, em 1946, o soneto, Poesia, homenagem póstuma ao também poeta, seu amigo, do início do século, o culto Clovis J. de Andrade, de quem, infelizmente, nada foi encontrado:
Rimas, abecedário cheio de harmonia,
Pensamentos de um cérebro portentoso,
Sentir em verso, a própria poesia
De um ser inteligente e ardoroso.
Ser Poeta, é caminhar numa via
De um sonho tão lindo e majestoso,
É lançar ao mundo, um canto de magia
O hino dum rimário glorioso.
Ser Poeta, é sentir a dor, a alegria
É rimar numa suprema agonia,
Uma vida, um mundo, um Universo;
Ser Poeta, é amar, gozar, sofrer,
Ser Poeta, é em sonhos reviver
Vida e alma na estrofe de um verso.
Foi a década de 40 uma extensão da de 30, com a sua poesia de exaltação e desvinculação total com os principais poetas e escritores do país.
Extraído do livro inédito LITERATURA SANTACRUZENSE, da autoria de Nailson Costa.
LINDONETE CÂMARA disse...
ResponderExcluirSoneto lindíssimo e muito bem construido.
MUITO LINDO ESSE SONETO! AMEI!
ResponderExcluirLIDIANE!
Emocionante poema que fala da poesia e também do ser poeta. Digno de aplausos de pé.
ResponderExcluirBonito poema tão justo !!!Amei demais !!!
ResponderExcluirNailson,
ResponderExcluirParabéns por nos trazer um texto tão belo de nosso passado!
Poema atualíssimo, forjado talentosamente pelas mão de Cosme Marques.
Buca, belíssimo soneto, fico agradecida pela homenagem ao meu irmão, ´´e na simplicidade que encontramos o natural!!!
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