quinta-feira, 17 de novembro de 2022

MISTÉRIO DESVENDADO - Heraldo Lins

 


MISTÉRIO DESVENDADO

Senti-me anestesiado com as homenagens de reconhecimento pelos dois anos “fuçando” aqui no blog. Eu que nunca dei muita atenção a esses tipos de manifestações espontâneas, vi-me paralisado ao saber que ano passado tínhamos em torno de cem acessos e atualmente já passou dos quatrocentos leitores. Achei ótimo esse crescimento e estou empolgado para continuar me esforçando para que em 2023 tenhamos mais e mais gente tomando gosto pelo ato de decifrar o código escrito. 

Ultimamente tenho ido por caminhos diversos levando os dedos para uma digitação diferenciada do tema, inicialmente, proposto, mas isso está presente em vários autores já consagrados. Parece até que ficamos mais soltos quando não nos apegamos às regras. Não quero dizer que devemos apelar, mas aproximar a escrita da fala é o objetivo primordial para fazer leitores correr atrás de leituras.  

Ultimamente tive que adentrar na questão política, tendo em vista que o quadro se apresentava nebuloso quanto ao nosso futuro. Misturar literatura com política é recebido por muitos com antipatia, mas cometer o crime de omissão é mais danoso ainda. A luta se polarizou tanto que tive que escolher uma ação mais efetiva. Meus pensamentos levaram-me para dar alfinetadas no que se apresentava fora do compasso.

A partir daqui este texto desaguava nos pormenores do pleito acontecido no último trinta de outubro, porém antes de enviar, li para alguém e ela disse que eu podia jogar fora. Até a palavra “compasso” dá para aproveitar, o resto rasgue. Foi o que fiz, ou melhor, rasgar não, mas deletei. Acho que ela tinha razão, só que fiquei sem norte. 

Poderia falar da amizade que construí hoje. A psicóloga de Caxias do Sul veio em minha direção querendo saber se a praia continuava com acesso liberado depois da “curva.” Disse que sim, mas ela preferiu voltar comigo conversando durante o percurso de mais de quatro quilômetros. No meio do caminho, uma parada para comprar uma saída de praia. Continuamos o papo sobre religião, política e a profissão que ela exerce há mais de seis anos. Ela segue Freud nas suas terapias, tratando, especialmente, pacientes com problemas ligados ao luto. 

Eu que passei, recentemente, por isso, vejo o quanto é importante esse acompanhamento. Quanto a mim, não, mas quem pensa que a morte é um final, sim. Eu sempre achei a morte como uma coisa boa, um desligamento do sofrimento ligado às dores do corpo. Nunca vi um defunto se lamentar que está sentindo uma dor na perna nem ficar choramingando que alguém o desprezou. Falei que uma amiga tem uma filha de nove anos que vê espíritos, e a mãe me disse que há uma glândula no cérebro humano responsável para detectar esse tipo de energia, no caso da filha, é muito desenvolvida essa antena natural. 

Depois que tive a experiência de ver meu pai ir embora, baixei alguns livros sobre reencarnação e vi que há muita gente praticando diálogo com os mortos. Eu sempre achei isso legal, é tanto que estou lendo um autor que ensina como entrar em contato com eles. Peço licença a quem leu até aqui porque agora preciso me dedicar ao curso faltando apenas praticar um pouco mais. Espere aí, leitor! Estou vendo um espírito ao seu lado querendo dar um golpe. Acho que é Hitler. Tenha cuidado!

  

Heraldo Lins Marinho Dantas

Natal/RN, 17.11.2022 – 13h29min




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