segunda-feira, 6 de julho de 2020

NEM TUDO QUE RELUZ É OURO - Teixeirinha Alves


NEM TUDO QUE RELUZ É OURO


 Nós que adoramos literatura muitas vezes lemos algumas obras por serem clássicas, famosas ou sugeridas por críticos renomados - ou por amigos. Baseado na notabilidade, leio muitos livros cujos autores também são historicamente destacados. Geralmente acho que as obras fazem jus à fama que adquiriram ao longo do tempo. Como exemplos, cito “Guerra e Paz” (que tratei em texto anterior), “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, “Grande Sertão: Veredas”, “Crime e Castigo” e “Os Maias”, cuja qualidade, para mim, supera as recomendações feitas, ou seja, vai além da expectativa.

No entanto, há obras que, apesar da fama e da “propaganda”, decepcionam. É o caso, para mim, de “O Velho e o Mar”, de Ernest Hemingway (1899 -1961), livro amplamente recomendada por críticos, blogueiros e youtubers literários (os vídeos e textos elogiando o livro são inúmeros na web!). Tive boa expectativa ao iniciar aquela leitura porque já conhecia (e adorei!) o livro “Por Quem os Sinos Dobram”, do mesmo autor. Imaginei que “O Velho e o Mar” me conquistaria da mesma forma. Mas não foi bem assim!

A estória de um pescador “em final de carreira”, morando em uma pequena vila entre seus iguais e buscando realizar sua última grande pescaria, me levou a incontáveis bocejos de tédio. Durante dois terços do texto, o protagonista arrasta, em alto-mar, um enorme peixe amarrado ao seu barco; de um lado para outro, “de cima para baixo”. Uma chateação!

Os admiradores da obra dirão que o velho pescador faz muitas reflexões enquanto arrasta o peixe “mar adentro”, e que o livro está repleto de alegorias filosóficas e coisa e tal... Mas nada disso me tocou.

Pode até ser que eu não compreendi “a alma” do texto ou que ele está acima de minhas capacidades cognitivas e intelectuais. Mas não deu “liga” mesmo; não consegui “navegar” prazerosamente em suas páginas nem me motivei a relê-lo futuramente.

Mais uma vez, agradeço a atenção dos leitores e aguardo os comentários dos que gostam e dos que não gostam (como eu) desse famoso clássico da Literatura Universal.

 Abraço em todos! Até breve!



Um comentário:

  1. Novamente agradeço ao amigo Gilberto Cardoso pela publicação de um texto meu. Minha Gratidão!

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