NEM TUDO QUE RELUZ É OURO
Nós que adoramos literatura muitas vezes lemos algumas
obras por serem clássicas, famosas ou sugeridas por críticos renomados - ou por
amigos. Baseado na notabilidade, leio muitos livros cujos autores também são
historicamente destacados. Geralmente acho que as obras fazem jus à fama que
adquiriram ao longo do tempo. Como exemplos, cito “Guerra e Paz” (que tratei em
texto anterior), “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, “Grande Sertão: Veredas”,
“Crime e Castigo” e “Os Maias”, cuja qualidade, para mim, supera as
recomendações feitas, ou seja, vai além da expectativa.
No entanto, há obras que, apesar da fama e da
“propaganda”, decepcionam. É o caso, para mim, de “O Velho e o Mar”, de Ernest
Hemingway (1899 -1961), livro amplamente recomendada por críticos, blogueiros e
youtubers literários (os vídeos e textos elogiando o livro são inúmeros na
web!). Tive boa expectativa ao iniciar aquela leitura porque já conhecia (e
adorei!) o livro “Por Quem os Sinos Dobram”, do mesmo autor. Imaginei que “O
Velho e o Mar” me conquistaria da mesma forma. Mas não foi bem assim!
A estória de um pescador “em final de carreira”, morando
em uma pequena vila entre seus iguais e buscando realizar sua última grande
pescaria, me levou a incontáveis bocejos de tédio. Durante dois terços do
texto, o protagonista arrasta, em alto-mar, um enorme peixe amarrado ao seu
barco; de um lado para outro, “de cima para baixo”. Uma chateação!
Os admiradores da obra dirão que o velho pescador faz
muitas reflexões enquanto arrasta o peixe “mar adentro”, e que o livro está
repleto de alegorias filosóficas e coisa e tal... Mas nada disso me tocou.
Pode até ser que eu não compreendi “a alma” do texto ou
que ele está acima de minhas capacidades cognitivas e intelectuais. Mas não deu
“liga” mesmo; não consegui “navegar” prazerosamente em suas páginas nem me
motivei a relê-lo futuramente.
Mais uma vez, agradeço a atenção dos leitores e aguardo
os comentários dos que gostam e dos que não gostam (como eu) desse famoso
clássico da Literatura Universal.
Abraço em todos!
Até breve!
Novamente agradeço ao amigo Gilberto Cardoso pela publicação de um texto meu. Minha Gratidão!
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