As histórias de João-de-barro
Os livros sempre me rodearam.
Isso foi muito bom. Meu amor pela literatura começou quando eu ouvia meu pai
contar historinhas para dormir, na verdade, ele não lia, inventava histórias,
só dormia com suas histórias. Em casa, havia uma estante com muitos livros,
coleções e enciclopédias, não os lia, apenas os infantis, mas todos os
trabalhos da escola eu pesquisava nos livros da estante do meu pai. Ainda
criança, sempre brincava que vendia livros, fazia cartões e etiquetava os
preços. Foi quando descobri ela...ela, que tanto encantou minha vida. Uma
máquina de escrever da minha mãe. Comecei a criar minhas próprias histórias,
ilustrar minhas próprias capas, não sabia desenhar bem, mas tentava do mesmo
jeito. Tinha uns oito anos de idade. Depois me encantei pela leitura com A
moreninha, de Joaquim Manoel de Macedo e não parei mais, muitos livros e
autores influenciaram minha escrita, Guimarães Rosa, Clarice Lispector, José de
Alencar, Machado de Assis, Vitor Hugo, Shakespeare, Camilo Castelo Branco...
mas o principal deles, foi o meu pai. Ele e suas histórias de João-de-barro, um
passarinho que sempre ajudava alguém, sempre solícito e cordial, como meu pai.
Também as suas engraçadíssimas historinhas do Pequeno Polegar, que ele mesmo
inventava, narrava com maestria as confusões que ele criava. Sempre li muito a
Bíblia, os valores cristãos permearam minha vida e consequentemente, minha
escrita. Meu pai deu-me asas com suas histórias, deu-me luz para que pudesse
ser guiada, mesmo sem saber que fazia isso, a Bíblia deu-me um coração humano
além de uma infinidade de coisas que transcendem a imaginação. A leitura é
revolucionária! Mario Quintana já dizia
"Os livros não mudam o mundo, quem muda o mundo são as pessoas, os
livros só mudam as pessoas."
Em um mundo superficial, onde
as pessoas entram e saem da vida das outras deixando estragos em vez de
consertos, a leitura é uma argamassa que entra na vida de todos para causar
muito mais que reflexão, entra na vida das pessoas para trazer a humanidade
desgastada ou perdida. A leitura é um ato de amor próprio. Como diz o poeta
Theo G. Alves "...o poema é sempre uma violência..." em um mundo que
não sente.
Leia para uma criança se a ama.
Dê de presente livros para
pessoas especiais.
Leia junto de pessoas as quais
você quer por perto por toda a existência.
Ler é trazer para si o
infinito.
Muito bom❤Me traz grandes recordações da infância!
ResponderExcluirEssa Foi uma das melhores histórias que já vi!! Aluna:Flavia yuska que escreveu♡
ResponderExcluirÔh, minha linda! Obrigada😍😍😍😍😍
ExcluirParabéns. Realmente "os livros mudam as pessoas que podem mudar o.mundo"
ResponderExcluirObrigada, poeta!✨✨👏👏👏👏
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