Local: Roma antiga
Data: ano 300
Uma família de cristãos se esconde do imperador Nero e das perseguições que jogavam seus pares nas arenas, a tentar acabar com o diferente, divertir a plateia e matar a fome dos felinos.
“Mãe, será que no futuro as pessoas vão perseguir as outras por serem diferentes?
“Não, meu filho. Com certeza as pessoas aprenderão a se respeitar”.
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Entrou na reunião do AA.
Pela primeira vez em meses, não se sentiu um anônimo.
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Viu um vídeo no youtube: uma célula de defesa do organismo humano devorando uma célula invasora.
Concluiu que não somos mesmo mais que um aglomerado de células. Estamos sempre prontinhos para devorar nossos inimigos.
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Desacostumado com o serviço público de saúde, chegou ao hospital.
--Até 11, aproximadamente, o senhor será atendido – disse a atendente.
O homem olhou no relógio: ainda sete da manhã. Poderia tentar resolver algumas pendências nas proximidades até chegar sua hora.
--Então me garante que até 11 horas serei atendido?
-- Até dia 11, senhor.
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Acordou após cinco anos em coma. Mesclada ao alívio do fim da doença, estava também a surpresa pelo tempo que passou alheio ao mundo.
Uma psicóloga passou a acompanhar-lhe com frequência, explicando fatos importantes que aconteceram nesse período: quem era o novo presidente, artistas que morreram e que despontaram para a fama, uma nova guerra...
O paciente observou também os profissionais do hospital e os próprios pacientes e acompanhantes mexendo com frequência em celulares. Era difícil reter a atenção das pessoas por muito tempo. Logo estavam todas lá, entretidas novamente, pareciam rir e interagir com os aparelhinhos.
Na visita seguinte da psicóloga:
— Olá... descobriu mais alguma coisa?
— Sim. Conversar pessoalmente saiu de moda, né?
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Amor Possessivo
Sempre apanhava.
E sempre ganhava flores em seguida.
Relevava.
Foram ramalhetes, arranjos...
E, finalmente, uma coroa.
Sempre apanhava.
E sempre ganhava flores em seguida.
Relevava.
Foram ramalhetes, arranjos...
E, finalmente, uma coroa.
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Dia comum, um dia desses, comprou um presente único para as sobrinhas.
— Um chocolate só para as duas? — questionaram.
— Elas têm que aprender a compartilhar. Não só no Facebook.
— Um chocolate só para as duas? — questionaram.
— Elas têm que aprender a compartilhar. Não só no Facebook.
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Extraídos do livro MOSAICOS
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