O homem entrou na loja não muito
bem vestido e ninguém lhe deu atenção. Olharam-no ressabiados e foram atender
clientes mais promissores. Cansado de esperar, ele saiu e fez uma grande compra
na loja vizinha.
Jesus disse há dois mil anos: “Não
julgueis pela aparência” e o tempo tem se encarregado de comprovar a sensatez disto. Ele próprio, enquanto aqui esteve, foi vítima diária disto. Apesar de tal ordem ter procedido de tão respeitáveis lábios, poucos atentam para
isso. Cristãos costumam negligenciar este preceito.
Quem não já ouviu falar de igrejas vítimas de golpes? Lágrimas, palavras
piedosas ditas com fervor, ternos caros e testemunhos mirabolantes foram
suficientes para que alguém fosse visto como enviado de Deus deixando
resultados amargos.
Quem não já viu o tratamento
diferenciado que se concede aos que se vestem bem em quase toda instituição?
Todavia, como nos diz a sabedoria popular, as aparências enganam. Comerciantes
já se decepcionaram com gente bem vestida e afeiçoada, e tiveram gratas
surpresas com pessoas de quem não esperavam muito.
Numa sociedade apressada e
superficial, tão imbuída do espírito capitalista, o ter vale mais que o ser e a
aparência vale mais que a essência. Há até quem afirme que a aparência é tudo.
De fato, caro leitor, numa sociedade que julga tão superficialmente as pessoas,
não devemos nos esquecer de que a primeira impressão é a que fica e ter cuidado
com o visual. Todavia, bem fariam funcionários
de bancos e atendentes de casas
comerciais se atentassem para as palavras daquele que tão injustamente foi
julgado devido suas origens e aparência - Jesus.
Você que me lê deve ter visto a
reportagem sobre a moça velha de visual pouco convidativo (sem “aparência nem
formosura” como diria Isaías) submetida às exigências dos famosos caçadores de
talentos que muito se espantaram com sua voz. Milhões de telespectadores imaginaram-se
diante de grande fiasco, mas ela cantou
e encantou. Daqueles lábios anônimos, saíram sons arrebatadores. Como a
lendária voz das sereias, a todos ela atraiu
e se tornou, de repente, bela.
“Não julgue o livro pela capa”,
dizem os mais afeitos à leitura. Teríamos menos mães solteiras se tal conselho
fosse seguido e haveria menos discriminação e calotes. Não vote pela aparência,
não dê um sim apressado ao pretendente de visual encantador, não se deixe levar por preconceitos infundados. Procedendo
assim, certamente erraremos menos e viveremos em um mundo bem melhor!
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