Quando
morre um “marginal”
Se alegra
a sociedade
Como se o
golpe fatal
Trouxesse
tranquilidade
Mas a
criminalidade
Não se
acaba desse jeito
Não é
matando “o sujeito”
Que
mudaremos o mundo
O
problema é mais profundo
Algo
precisa ser feito.
De fato
muitos parecem
Piores do
que insetos
E muito
jovens perecem
Nas mãos
desses incorretos
Eles são
jovens também
Vivem
como não convém
Gerados
na injustiça
Em um
planeta excludente
Que é
insuficiente
Para os
que sentem cobiça
Jovens
sem perspectiva
Crescem
nas periferias
E de
maneira nociva
Vegetam
vidas vazias
São como
cegos sem guias
Que se
tornam infratores
Políticos
exploradores
Dizem que
vão resolver
Mas o que
deve ocorrer
É mudança de valores
Barata
foi sua vida
De fato,
de graça a deu
É uma
triste partida
Para quem
o concebeu
São
sonhos despedaçados
Planos de
vida frustrados
Verdadeiros
pesadelos
Pra toda
a sociedade
Que não
tem capacidade
De no bom
rumo mantê-los
Com
qualquer um cidadão
Isso pode
acontecer
Podia ser
meu irmão
Um filho
que vi nascer
A pobre
mãe, a sofrer
Vê seu
projeto frustrado
Vê um
filho assassinado
Que no
ventre carregou
Alguém
por quem se doou
Não um
inseto esmagado.
Tem
crescido a violência
Por falta
de educação
Não se
toma providência
Contra a
corrupção
Não é um
reles ladrão
Assaltante
ou maconheiro
O
responsável primeiro
Pela
crise social
E tem a
ver, afinal,
Com
desvio de dinheiro.
As
verdadeiras baratas
Não se
acham nos lixões
Mas levam
vidas pacatas
Em
suntuosas mansões
Recebem
das multidões
Aplausos que não deviam
No
dinheiro que desviam
Empobrecem
a nação
Que fica
igual um porão
Onde as
“baratas” se criam.
Mãe de Gabriel, assassinado em 10.03.2015
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