Versos declamados no APOESC Recitando o Sertão, 2014, na Festa da Padroeira.
Boa noite povo irmão
Das terras de Santa Rita
Terra de gente bonita
Cheia de educação
É grande a satisfação
Em vir aqui nesse dia
E me banhar na poesia
De Cardosos e Crisantos
Também ver outros encantos
Que há tempos eu não via.
Hoje vivo na cidade
O destino me venceu
A precisão me tangeu
Prá bem dizer a verdade
Mas nessa realidade
Deus também me abençoou
A capital me adotou
com título de cidadão
Mas não esqueço o sertão
Raiz que em mim ficou.
Assim, falar do sertão
É como abrir a cancela,
Depois de Botar a sela
Na minha recordação,
Sair, metido em gibão
Em um galope sem jeito
Levando tudo de eito
Na manga duma cidade
Prá derrubar a saudade
Que pasta dentro do peito
E eu, na recordação...
Passa noite enluarada,
Passa forró na latada
Em festa de São João
Passa adivinhação,
Namoro, mulher faceira
A reza da benzedeira
passa um filme produzido
num chão de barro batido
assistido na esteira.
Recitar o meu sertão
É como colher as flores
Em cada uma: valores
Soterrados neste chão
É fazer justa menção
A um povo lutador
É entoar um louvor
A quem não teme miséria
Aos filhos de mulher séria
E homem trabalhador.
Obrigado, amigo Gilberto Cardoso! Sua amizade e gentileza muito me honram. Grande abraço. Que Deus te ilumine.
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