segunda-feira, 12 de maio de 2014

Na Razão e na Loucura até que Morte os separe - Epitácio de Andrade Filho



“Pipa, um paraíso”, sussurrava Inácio, à beira-mar, entre baseados. Imaginando envolver-se numa louca investida contra manicômios. Em tempos imemoriais travou-se em Curral Velho, uma polêmica envolvendo os alienistas: Sebastião Corcel, especialista em antropologia criminal, e o Alienista Holandês radicado na Praia da Pipa, Inácio Haddad, fundador do ELPOC (Exército Libertador dos povos da caatinga). A luta foi pelo controle do serviço manicomial, Corcel era proprietário da Casa Amarela, grande manicômio sertanejo. Não foi por essa razão que ganhou notoriedade, mas por sinistros nunca dantes registrados na história manicomial. Entre os aliados de Corcel estava o barbeiro Benício. A realidade se confunde com a ficção machadiana pela semelhança de conflitos. Ambos apresentavam idéia obsessiva de encontrar mulher perfeita. Inácio iniciou namoro com Eva sendo convencido por Corcel a interná-la na Casa Amarela. Amarrada durante dias teve trombose numa perna sendo orientada por Benício a procurar Navalhada, barbeiro-cirurgião que lhe amputou o membro. Inácio resolveu denunciar o manicômio, a Corte interfederativa de direitos que sentenciou seu fechamento. O sacristão Flopes responsável por “correr matraca” e quem recebeu ordem de fechamento, chamando Inácio e Corcel. Para surpresa de Flopes, os alienistas o convidaram para celebrar sua união homoafetiva.
Escritor Epitácio de Andrade filho tem microconto classificado entre os melhores de festival literário


          No dia 21 de março de 2014, foram publicados no Blog do Flipaut 2013 a seleção dos melhores microcontos do primeiro concurso do festival. ‘’ Na razão e na loucura até a morte os separe ’’ é o título do microconto de autoria do escritor e psiquiatra Epitácio Andrade que foi classificado entre os melhores no concurso do festival literário alternativo da praia da Pipa em 2013. A produção literária na integra esta publicada no site do flipaut 2013, editado pelo ativista italiano Jack d’Emilia. O escritor laureado ofereceu a produção as vitimas da violência manicomial e defendeu o respeito às  diferenças.  
Militante Emanuel, Jack d'Emilia e Epitácio Andrade

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