Eu não sou um homem, sou um campo de batalha. (Friedrich Nietzsche)
Como Nietzsche, Fernando não foi apenas um homem, foi um campo de batalha. Lá, naquele coração que irresignadamente teimou em bater por 37 anos, muitas lutas foram travadas. Ele
enfrentou o preconceito, a dura condição social, a dor da perda do pai e da mãe e, principalmente, a terrível “doença de Crohn”.
Fernando venceu muitas batalhas, porém, mesmo lutando com forças impossíveis, perdeu a batalha final. Foi um duelo desumano e desproporcional – por isso ele perdeu -, pois não lutou “apenas” contra essa doença gigante, mas contra um sistema de saúde pública ineficiente e despreparado...
Descansa em paz, amigo, e perdoa esta natureza incompreensível que juntou um amontoado de débeis átomos para formar teu frágil corpo, dotando-o de um grande cérebro, capaz de provar o fútil sabor de uma breve vida.
Disse tudo, Marcelo. Que duelo desproporcional.
ResponderExcluirRogério