quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

O PROTETOR DO GARÇOM NA PADARIA MERCATTO - Marciano Medeiros


O Protetor do Garçom na Padaria Mercatto, novo cordel do poeta Marciano Medeiros

O evento ocorrido no dia 29 de dezembro de 2013 na padaria Mercatto, envolvendo um desembargador, um garçom e outro cliente, foi amplamente divulgado na imprensa escrita e em dezenas de blogs do Rio Grande do Norte. Houve um acirrado debate com Alexandre Azevedo, cliente que presenciou um ato de humilhação, onde o desembargador teria feito ameaças abusivas, falando inclusive em prender o garçom e depois o próprio Alexandre, após sua interferência na discussão. O poeta Marciano Medeiros viu neste episódio um bom tema para redigir este novo folheto de cordel educativo, onde mostra que esta época da “carteirada” passou. No cordel fez uma reportagem poética e procurou levar o leitor a uma reflexão sobre este abuso de autoridade, que ficou conhecido em toda a Natal e alastrou-se pelo Brasil, tendo saído inclusive na Folha de São Paulo. Marciano disse que divulgou em cordel pela existência de vídeos, dezenas de testemunhas e que num possível processo todo este arsenal humano e tecnológico, pode ser amplamente mobilizado. “O povo potiguar repudiou tal conduta e acredita que o desembargador deve ser punido, após a investigação, que o Tribunal de Justiça afirmou que fará”, disse o cordelista. O folheto pode ser adquirido com o escritor ou na Casa do cordel, que fica na Rua Vigário Bartolomeu próximo à prefeitura de Natal. Além dos detalhes ocorridos e que Marciano contou nas estrofes, ele trouxe uma informação nova, o nome do garçom e que pode ser conhecido mediante a leitura do folheto.

ALGUMAS ESTROFES DO CORDEL:

O mundo precisa ter
Justiça sem preconceito,
Onde a força nunca vença
Aquilo que for direito.
Defendamos nossa Pátria,
Pois esta Nação tem jeito.

Precisamos acabar
Os resquícios da maldade,
Desenvolvendo bastante
Amor e fraternidade,
Sem concordar que exista
Abuso de autoridade.

Pois quem é trabalhador
Prossegue no dia a dia,
Desejando conseguir
Alcançar a melhoria
Pra viver com realismo,
Sem uso de fantasia.

Enfrenta longa distância
Vencendo todo atrapalho,
Pegando diversos ônibus
Num trânsito bastante falho,
Tem que chegar com rigor
Para fazer seu trabalho.

Não devemos insultar
Nosso proletariado,
Quem fizer isso precisa
Ser na justiça acusado,
Pelo cidadão que foi
Covardemente humilhado.

Houve ocorrência em Natal,  
Era domingo relembro.
Li tudo em dois mil e treze
No Facebook, me lembro.
Foi na data vinte e nove,
Em pleno mês de dezembro.

Na padaria Mercatto
Às dez horas da manhã,
O cidadão Alexandre
Virou moderno titã,
Ao precisar de bravura
Não teve atitude vã.

Juntamente a sua esposa
Quando tomava café,
Alexandre viu de longe
Um desconhecido em ,
Dizendo ser importante
E evangélico de .

O “seguidor” de Jesus,
Falava com prepotência.
Reclamando do garçom
Mandou chamar a gerência,
Exigindo que o rapaz:
Lhe tratasse de excelência.

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