Fui ao fórum de Santa Cruz. Levei 4 exemplares do livro "Meia Pata". Trata-se do primeiro romance escrito por um santa cruzense, o biólogo Ricardo Dantas.
Fui mostrá-lo ao também escritor e ávido leitor Naílson Costa.
Enquanto aguardava o instante oportuno, observei que um policial estava como que me encarando e olhando demoradamente para os exemplares. Queria fazer uma pergunta e fez:
- É gramática?
Aparentemente, tinha visto o título ao longe, rapidamente, e tinha se confundido. Deve ter me confundido com um desses vendedores de material para concurso.
Expliquei-lhe: "É um romance. Chama-se Meia Pata."
E ele disse meio desanimado:
- Ah, tá. Desculpa aí. Pensei que fossem gramáticas.
Imediatamente lembrei-me que vivemos num país repleto de pessoas que têm sérios problemas com o uso do próprio idioma. A escola tem priorizado o estudo da gramática e o resultado é conhecido de todos.
Aquele policial, como tantos outros, não sabia que através da leitura de um bom romance fica mais fácil se familiarizar com a língua escrita. Ir no encalço da onça que nos espreita no capítulo inicial de Meia Pata é bem mais divertido e proveitoso que contemplar a classificação de onça-macho e onça-fêmea na jaula dos epicenos.
Voltando a Naílson, visível foi seu encanto diante do livro. Muito bem acabado, volumoso e de aspecto atraente. Não se trata de algo feito numa gráfica qualquer. Foi um livro que teve a aceitação da Editora Kazuá. Editoras sérias, como esta, não costumam apostar em obras irrelevantes, sem potencial.
Naílson, como eu, percebeu a importância dessa obra para a história de nossa literatura.
Comecei a lê-lo e percebo que a trama é envolvente. O escritor é "dos Dantas", família que se notabilizou em nossa região pelo grau de inteligência dos que a compõem. Teixeirinha Alves se lembra de ter estudado com o autor e disse-me que nesse tempo o Ricardo já se destacava. A julgar pelo que lí, trata-se de uma obra bem escrita, digna de receber destaque na literatura potiguar.
O autor me remeteu dez exemplares e pediu-me o obséquio de vendê-los entre seus conterrâneos. Quem quiser adquiri-lo, procure-me no gcarsantos@gmail.com ou pelo (84) 99017248
Vou começar a devorá-lo, saboreá-lo seria melhor palavra, sábado próximo, 17, no plantão judiciário, que se dá das 8h às 18h, lá no Fórum. Espero que não apareçam autos de prisão em flagrante, para que eu possa me prender nesse mundo literário do escritor e meu amigo Ricardo!
ResponderExcluirMuito orgulhoso por estar contribuindo para a arte do Rio Grande do Norte, e principalmente Santa Cruz, minha amada terra!
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