sábado, 31 de agosto de 2013

MORTE DO GRANDE ARTISTA DUDA DE PASSIRA - Gilberto Cardoso dos Santos



O nordeste produz arte
Que a todo o Brasil inspira
Porém a morte sem graça
Vem e o melhor nos tira
Chora o Pernambuco inteiro
Morreu Duda, o sanfoneiro,
Grande artista de Passira.

(Gilberto Cardoso dos Santos)


 Duda faleceu na U.T.I do Hospital da Restauração, em Recife, na madrugada de 30.08.2013. 
Ele tinha mais de dois mil trabalhos gravados em estúdio. Era considerado um dos mais importantes sanfoneiros do Nordeste.
Vejam um pouco de sua incrível habilidade:







sexta-feira, 30 de agosto de 2013

CONTEMPLANDO UM FAISÃO - Gilberto Cardoso dos Santos



É penoso depenar
um bicho assim pra comer
é até pecado matar
algo feito pra se ver
quem tal design criou?
que hábil mão o desenhou?
gostaria de saber.

Este petisco da vista
é visual pregação
que faz qualquer ateísta
tremer na explicação
sua estética perfeita
desconserta quem rejeita
a ideia de criação.

Uma vontade ansiosa
nós sentimos de encontrar
esta mão habilidosa
capaz de o originar
uma arte sem artista
em nossa visão simplista
é impossível se achar.

Detalhes maravilhosos
Neste faisão multicor
mas dentes impiedosos
de um faminto predador
veem carne suculenta
para a mãe que amamenta
outro bicho encantador.

Tudo parece ser feito
para deleite do olhar
mas o design perfeito
não foi feito pra durar
finda-se toda magia
dentro da grade sombria
da cadeia alimentar.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

No Outro Lado da Vida - João Manoel da Silva




quem vai daqui para cova
morar no lado de lá
nao aparece falando
se um dia voltará
e nao vem trazer noticias
dos outros de lá pra cá

quem no outro mundo está
pra esse mundo nao vem
pra dizer o que ele viu
ou as riquezas que tem
nem contar o que possui
nesse mundo pra ninguem

quem no outro mundo tem
por fortuna cova e vela
nao manda carta pra gente
pra falar se a morte é bela
nem vem contar se viu Deus
ou ele em quem se revela

quem aqui ja levou vela
e embarcou num caixao
esta debaixo da terra
nao viu a ressurreição
nao vem aqui pra contar
se la esta bem ou nao

quem ja passou pela mao
do implacavel coveiro
nao ligou mais pra parentes
para cobrar seu dinheiro
e nem vem dizer que lá
o ultimo vai ser primeiro

quem morreu ja foi primeiro
que eu que ainda vivo
mais tenho toda certeza
que nao vai ser mais cativo
das maldades deste mundo
ruim sem paz e negativo

quem assinou no arquivo
do mundo dos imortais
nao sente fome nem chora
nao grita nem dá mais aís
nem pede pra ir nem vir
porque no sepulcro jaz

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

VINDA DE MÉDICOS CUBANOS, entrevista com Dr Petrônio


1. Dr. Petrônio, que pensa a respeito da contratação de médicos estrangeiros para trabalharem no Brasil? Sendo médico e filiado ao PT, o senhor não se sente dividido?
  • Dr. Petrônio: O momento atual do governo da presidenta Dilma, é o de maior contribuição para avanço da construção do SUS no país, este sistema não é propriedade do PT, ele representa a reforma sanitária no Brasil e visa cuidar da saúde das pessoas e não simplesmente cuidar de doentes, tenho concordância plena com as ações do governo federal. Sem nenhum vacilo corporativista.
     2. A vinda de médicos cubanos não constituiria uma real ameaça à sua categoria, que vem batalhando por condições de trabalho e salariais mais justas?
    Dr. Petrônio: O Brasil tem um déficit importante de médicos, as ações do “mais médicos” enfrenta este problema que é de todos nós, não existe ameaça a categoria médica, o que não existe ainda é uma política nacional desprecarizante dos vínculos do SUS (para quase todas as categorias), este assunto no entanto é pauta do governo e do ministério da saúde.
     3. Que nos diz respeito do exercício da medicina em Cuba? Temos o que temer?
    Dr. Petrônio: Obvio que não, Cuba é um país pequeno e que sofre um bloqueio cruel há dezenas de ano, e ao mesmo tempo apresenta números extremamente qualificados Na educação e na saúde, inclusive bem superiores ao do nosso Brasil.
    4. Que achou das reações contrárias, manifestadas na forma de vaias e de protestos feitas por profissionais do Ceará?
    Dr. Petrônio: lamento muito a atuação de algumas entidades médicas controladas geralmente por especialistas que não atuam no SUS, principalmente por desinformar os jovens estudantes de medicina e estimula-los ao preconceito irracional.


     5. Os profissionais brasileiros parecem ter um preparo inferior. No último revalida, venezuelanos tiraram em primeiro lugar, cubanos em segundo e brasileiros em sexto lugar. Por que, tendo o Brasil melhores condições e acesso à tecnologia, consegue resultados inferiores?
    Dr. Petrônio: os estudantes formados nas escolas federais tem excelente desempenho, a formação técnica destas escolas é muito boa, falta, no entanto o foco social, e a preparação para a compreensão da atenção primaria com ênfase na prevenção de doenças e na promoção da saúde!! 
     6. Ricardo Palácios, também médico, disse; "[...] a pior ameaça que os cubanos representam é que podem dar certo. Porque os cubanos podem demonstrar que a população não necessita de grandes hospitais de alta tecnologia, mas de médicos acessíveis que estejam ao seu lado." Concorda com isso, Dr. Petrônio?
    Dr. Petrônio: o sistema baseado na medicina básica, que rompe com os interesses das indústrias de medicamente e de equipamentos, é à base do próprio SUS o que coincidem com a formação da medicina cubana.

     7. Que acha das condições a que vêm submetidos os médicos cubanos?
    Dr. Petrônio: O governo brasileiro fez um convenio de cooperação com o governo cubano, com regras claras e tradicionais ( mais de 50 países tem algum tipo de convênio com Cuba), não sei os detalhes, mas vejo os médicos cubanos trabalhando com convicção e satisfeitos com sua profissão.

     8. Os médicos cubanos são famosos pelo trabalho no campo da medicina preventiva. Cada médico, em Cuba, seria responsável por apenas 160 pessoas. Como eles poderão repetir essa mesma façanha no Brasil, uma vez que terão bem mais pacientes?
    Dr. Petrônio: os cubano e os demais estrangeiros não vem fazer milagres , eles vem contribuir na construção do SUS no Brasil, com certeza com muito mais identificação que a média dos profissionais Brasileiros!

terça-feira, 27 de agosto de 2013

SEJAM BEM-VINDOS, CAMARADAS CUBANOS! - Gilberto Cardoso dos Santos


Ao contrário da potiguar Micheline Borges, jornalista que envergonha a categoria e precisa, urgentemente, de uma cirurgia para livrar-se daquilo que mais a prejudica: a língua; ao contrário dos médicos cearenses que recepcionaram com vaias no aeroporto ao médico negro; tenho a melhor das expectativas em relação à vinda de médicos cubanos. Não sei se vêm da forma certa, mas chegam no momento certo. Portanto, sejam bem-vindos.

O índice de mortalidade infantil em Cuba equivale ao de países de primeiro mundo. Nenhum outro país latino americano tem uma medicina preventiva tão desenvolvida e com resultados tão satisfatórios.

Trata-se de profissionais acostumados a driblar adversidades, a improvisar e a fazer o máximo dispondo do mínimo. São pessoas capacitadas, dignas de todo nosso apoio e carinho. É como disse o médico Ricardo Palácios:
 "[...] a pior ameaça que os cubanos representam é que podem dar certo. Porque os cubanos podem demonstrar que a população não necessita de grandes hospitais de alta tecnologia, mas de médicos acessíveis que estejam ao seu lado."  (http://www.pragmatismopolitico.com.br/2013/07/os-medos-dos-medicos-brasileiros.html)

Eles deram certo em outros países.

"No último Revalida, os médicos cubanos e venezuelanos superaram os brasileiros (http://bogdopaulinho.blogspot.com.br/2013/08/medicos-brasileiros-em-sexto-lugar-no.html).

Isso não seria necessário se o tratamento médico no Brasil não fosse tão precário e não tivéssemos centenas de municípios sem médico. Adoecer ou acidentar-se em pequenos municípios brasileiros é muito perigoso, mesmo naqueles que já têm médicos. Se a vinda de médicos estrangeiros é um mal, muito maior é carência que temos destes profissionais em mais de  seiscentos municípios brasileiros. Dos males, o menor.

domingo, 25 de agosto de 2013

EM QUE A SUA RELIGIÃO LHE CONVÉM? - Ricardo Dantas


“Você é um ímpio!” “Um satanista (não confundam com Santista, torcedor do glorioso SANTOS)!” “Herege!” “Ateu!” “Desviado!” “De casta inferior!” “A escória!” Quanto ódio! Quantos julgamentos! Quanta leviandade! O ser humano tende a criticar a ação do próximo embasado em uma falsa moral, em uma promessa que o faz achar ser superior, “a vida eterna”...

“Os macacos querem respostas, os macacos sabem que vão morrer. Então os macacos fazem deuses e os adoram.” Este trecho da poesia DANCE MONKEYS, DANCE de Ernest Cline, define bem a lógica envolta sobre o ego humano (ou seriam macacos?!). Os humanos são egoístas o suficiente para não aceitarem a sua imperfeição. Não admitem que suas vidas sejam falhas, cheios de desvios de moral, de práticas contraditórias e hipócritas.  Entretanto, os seres humanos tendem a buscar a perfeição, através da imagem de “DEUSES”.  Ora, se os “deuses” e seus DOGMAS são criações dos próprios seres humanos, não seriam eles também frutos da imperfeição?

“A minha religião não permite que eu transe antes de casar!” “A minha religião permite que eu tenha dúzias de mulheres!” “A minha religião acredita em vários ‘deuses’!” “Meu ‘deus’ é o autor do bem e do mal!” “O meu ‘deus’ só atende ao meu povo!” “A minha religião dita o meu destino!” “Através da minha religião tenho contato com o ‘além’!” “A religião é o ópio do povo!” Em que a sua religião lhe convém? Quais os dogmas que cabem no seu caráter? Onde a sua imperfeição é mascarada?

É fácil criticar! É fácil julgar! O difícil é entender o porquê do ser humano se manifestar desta forma, buscando em seu narcisismo falho uma resposta para seus anseios.  Seria relativamente simples se a questão “religião” cessasse somente nas críticas umas contra as outras.  Mas a realidade mostrou, mostra e mostrará que se impor em querer eleger a melhor religião, geralmente é um “motivo” para iniciar uma guerra, uma guerra contra o terror, uma guerra santa...

Entretanto, quem é religioso, quem pratica a religião em sua plenitude, conhece o lado “branco” da força! A filantropia realmente é praticada (em algumas religiões).  Indivíduos se tornam irmãos pela causa! O desejo em pregar o amor, a esperança, a comunhão, estão presentes nos propósitos de felicidade e harmonia.  Todavia, o ser humano persiste em atrelar tais manifestações a “DEUSES” e DOGMAS, em uma constante busca por submissão e penitência em seus atos.  O ser humano é incapaz de assumir que pode ser altruísta sem depender de um suporte divino.

Eu tenho minha religião! Eu acredito na força mais poderosa que existe! A NATUREZA!

“Que os anjos digam amém!”



* Ricardo Dantas, biólogo e escritor autor do romance MEIA PATA -  ricardopapillon@hotmail.com

"A História das Coisas" com resenha crítica


A história das coisas é um filme dinâmico e objetivo, que fala dentre outros assuntos, sobre o consumo exagerado de bens materiais, e o impacto agressivo que esse consumo desregrado acaba exercendo sobre o meio ambiente. O filme é apresentado por Annie Leonard, e mostra de uma maneira bastante clara todo o processo que vai desde a extração da matéria, confecção do produto, venda e ideologia publicitária, facilidade de compra e falsa idéia de necessidade, até o momento em que vai parar nos galpões de lixo ou incineradores. Fala também do mal que esses resíduos tóxicos presentes na confecção e/ou incineração do produto causam não só ao meio ambiente, mas também à saúde da população em geral. A confecção do produto depende de meteria prima, muitas vezes encontrada em abundância na natureza, porém utilizada de maneira irresponsável, altera não só as condições climáticas e ambientais como torna essa mesma matéria antes em abundância, muitas vezes, escassa. Esse consumo é estruturado em uma política que se baseia na reposição do produto, ao invés de estimular a duração. Logo os bens são feitos com tempo de uso curto e limitado, fazendo com que de pouco em pouco tempo seja necessária uma nova aquisição do mesmo produto, por uma versão mais “atual”. O filme é voltado para diversos públicos, embora fique claro se tratar das especificidades de um determinado país [no caso Estados Unidos da América, atualmente um dos países que mais retira matéria prima e que mais estimula o consumismo nacional e internacional]. Existe também no filme, uma clara preocupação em mostrar como funciona o mecanismo de publicidade e toda a ideologia de consumo existente por trás dessa “necessidade de ter”. Que hoje em dia, os bens são criados para satisfazer a estética, e a aceitação por parte da sociedade, assim, quem tem mais e quem tem o melhor, eleva-se na cadeia social, dessa maneira, o consumismo interfere também, nas relações inter-pessoais e no status das classes. Outro fator relevante é que esse consumo em massa e essa extração de riquezas naturais vêem interferindo numa gradativa crescente, em questões como clima (como um dos exemplos temos o aquecimento global), desocupação territorial por interferência no clima ou relevo, na saúde pública, pelo aumento de substâncias tóxicas presentes nos alimentos e produtos que utilizamos em nosso dia a dia, e principalmente, pelo acúmulo de lixo não reciclado ou não reciclável em aterros, que contaminam o solo e a água, ou em outro caso pior, como mostra o filme, o do lixo que é incinerado lançando seus resíduos tóxicos diretamente no ar, aumentando a poluição, proliferação de doenças e afetando os já citados fatores climáticos. Embora tida como utópica, a idéia para reverter um pouco esse quadro agravante de agressão ambiental, já vem sendo implementada por algumas grandes empresas, é a de reposição do que vier a ser extraído como matéria prima do meio ambiente, há também quem lute pelo desligamento dos incineradores e uma melhor estruturação do espaço reservado ao lixo, obviamente essas medidas aliadas a uma política de uso racional de matéria prima, de preservação ambiental e estimulo de reciclagem, gerariam resultados mais contundentes e abrangentes. Esses são alguns dos principais fatores que serão abordados durante o documentário em questão. A história das coisas, mostra com uma pitada de humor, os padrões de consumo impostos pela mídia e pelas grandes empresas, e certamente nos leva a questionar o que cada um pode fazer pra amenizar esse impacto. Vale a pena dar uma conferida!      

Versão legendada:



sexta-feira, 23 de agosto de 2013

A CRÔNICA DO TEMPO DE MEU PAI - Naílson Costa


Caro Destino, hoje te escrevo pra queixar-me do Tempo. Às vezes me pego pensando quão bom seria se pudesse frear, avançar ou até voltar o Tempo! Sabe, Destino, hoje sinto tanta saudade de meu pai... Seria tão bom que eu o voltasse! Quando ele é bom, a Vida é rápida. Quando a Vida é boa, ele voa. O Tempo, caro Destino, é cruel. Ontem via o sorriso lindo de meu pai. Hoje apenas lembro e sofro. Na verdade, ele não me deu tempo pra dizer ao meu velho o quanto o amava. Não tive a honra de conhecer o meu pai criança. O Tempo não deixou. Mas imagino-o correndo e brincando nos leitos secos dos rios da Baixa-Verde, em São Bento do Trairi, onde nasceu. O Tempo também não me deixou contemplar a juventude de meu pai. Teria eu o imenso prazer de conhecê-lo em suas conquistas, em suas aventuras, venturas e desventuras. Hoje a Vida só me permite vê-lo nos acordes e nas rimas fáceis dos cantadores de viola. Apuro os ouvidos, ouço sua Vida com atenção, vejo meu velho querido e o Tempo me faz chorar. São chuvas de lágrimas salgadas semelhantes às de meu pai ao plantar na Baixa Verde, no torrão semi-árido rachado pelo Tempo, a Vida e não poder vê-la do chão brotar. O Tempo, caro Destino, não tem sido bom. Queria voltá-lo. Ele nunca permitiu o verde nas colinas da Baixa-Verde ou na caatinga do meu sertão. O meu pai também chorou o Tempo. Se ele me deixar, amanhã verei novamente as fotos de meu pai brincando de bola com o meu filho e perceberei que o Tempo escreve linhas em meu rosto. Sei que tudo passa, menos tuas palavras. Mas elas têm que ser escritas para ele não destruir, pois ele tem pressa. Não espera por ninguém. Até o cheiro de meu pai impregnado em suas roupas ele apressa-se em apagar. O mau Tempo soprou as folhas da crônica de meu pai, as flores subiram ao céu e a ventania veio mais forte. Preciso escrever a poesia de sua Vida antes que ele a apague em minha mente. Quando o Tempo pretérito não é perfeito, veem-se na TV enchentes, secas, furacões, terremotos, fome, pestes, mortes, tudo de ruim. E os mais velhos dizem que são os sinais do Tempo. Escreveste a Vida de meu pai. E mesmo por linhas tortas, escreveste certo. Acho, entretanto, que o Tempo não soube bem interpretar tuas parábolas. Ainda vejo meu pai em sua casa, brincando, filosofando e sorrindo com a crônica de seu Tempo. Nas tardes de inverno, os relâmpagos riscam nos céus o nome de meu pai. Os trovões bradam mais intensamente em sua ausência e as águas são páginas de meus sentimentos. Queria, caro Destino, dele ter acertado as previsões. Não fui capaz e agora me queixo a ti. Papai foi vítima de seu próprio Tempo, que não soube explorar com paciência a grandeza de seu Destino e a sabedoria de sua Vida.

Nailson Costa, 15. 10. 2005

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

MUSEU DA CASA DE PEDRAS - Gilberto Cardoso dos Santos

CASA DE PEDRAS, ONDE ESTÁ LOCALIZADO O MUSEU RURAL DE PATU, COMUNIDADE SITIO ESCONDIDO ONDE ENCONTRA-SE ABERTO PARA VISITAÇÃO DE TERÇA A DOMINGO DAS 08:00 AS 11:00 H ,TAMBÉM DISPOMOS DE UMA GUIA TURISTICA, A BOLSISTA CEDIDA PELA PREFEITURA MUNICIPAL DE PATU (JANAINA),ESTAMOS TAMBÉM INICIANDO UMA LOJINHA DE LEMBRANCINHAS DO MUSEU PARA CONTRIBUIR COM A MANUTENÇÃO DO MESMO E , COM ISSO ESTIMULAR OS ARTESÃOS DE PATU.(FOTOS DO PATUENSE FILHO DE HÉLIO DE ADONIAS)
OBRIGADO 
AGRADECE 

ADERSON LEÃO -DIRETOR DO MUSEU





quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Prefiro as mazelas do presente, Do que a bondade do passado.


Mote e glosa: 
Aristóteles Pessoa – Abril de 2013
Prefiro as mazelas do presente,
Do que a bondade do passado.

No passado, fogo era de lenha,
Cristaleira era um móvel fino,
Gaivota, cigarro de granfino,
Voz do Brasil bem à noitinha,
Futebol se ouvia na resenha,
Hoje tudo está modificado,
Tem de tudo, bem atualizado,
Logo esqueco do antigamente,
Prefiro as mazelas do presente,
Do que a bondade do passado.
 

ACRÓSTICO SOBRE UM GRANDE ARTISTA E PAI - Maria do Socorro Marques Madruga



Como eu gostaria que aqui ainda tivesse
Olhando seus filhos e sua esposa com amor tão grande
Seu jeito simples e de olhar sereno
Mesmo cansado, depois de um dia tenebroso
Embalava seus filhos, e à esposa dava seu alento

Foste “poeta, seresteiro, tocador de violão, bandolim e cavaquinho”
E no fim do dia nos envolvia e alegrava com o teu canto
Reunidos ao teu lado os filhos e a esposa sempre.
Risinhos, barulhentos, mas todos encantados e maravilhados
Esperando os versos, as rimas e os acordes que soavam
Importante sempre fostes para nós, pai sério, bom e amável
Respeitador, amigo de todos sem distinção e admirável
Agora só nos resta buscar as lembranças deste tempo.

Mamãe chorava dia e noite e anos à sua morte
A gente era pequeno mas sofria e sentia sua falta também
Ruídos não havia no nosso lar, só silêncio e tristeza
Quem ousaria esquecer a grandeza de um “pai, esposo e tanto!”
Unidos pela força da fé aos santos
Espírito de Deus de amor e pureza
Sacrário Divino, é assim que te vejo: foste um “Grande Pai e um esposo Santo.”

Homenagem de tua filha: Socorro
São 54 anos de saudade

terça-feira, 20 de agosto de 2013

A capital Gastronômica do VEGETARIANISMO - Epitácio Andrade

NATAL Poderá Vir a ser a capital Gastronômica do VEGETARIANISMO


                                          Com histórico de ser uma cidade que registra um dos maiores fluxos de turistas estrangeiros, desde o advento da segunda guerra mundial, quando as tropas norte-americanas eram alimentadas com hortaliças e legumes produzidos a partir de terras irrigadas a jusante do açude São Gonçalo, em Sousa, na Paraíba. Em Natal, capital do Rio Grande do Norte, começa a ter visibilidade o legado do vegetarianismo, deixado pela influência turística de mais de cem nacionalidades que frequentaram a capital do sol. Aliada a influência estrangeira, cresceu na população natalense a consciência ecológica e a busca por alimentação saudável, influenciada também por turistas nacionais, como os paulistanos. Érico Tadeu é um turista paulistano que fixou residência em Natal. 
Érico Tadeu e Epitácio Andrade 

                                         Formado em hotelaria e experiência de mais de duas décadas em gastronomia. Érico é o idealizador e o principal responsável pela implantação do restaurante Vegetariano ‘’A Casa’’, talvez a experiência mais revolucionária, na atualidade, em Natal/RN. 



                                       O vegetarianismo é um estilo de vida que se caracteriza por excluir das dietas os produtos de origem animal, cuja obtenção implica na morte e sofrimento dos animais.
                                     Entre os admiradores deste estilo de vida, estão: O médico psiquiatra Epitácio Andrade, a terapeuta quântica Lilian Holanda, a estudante de psicologia Tiara Andrade, a cantora Lysia Condé, a odontóloga Suzete Rovira, o estudante de Ed. física Felipe Lima, o geógrafo Indalécio Holanda, o jurista Fernando Diógines e o policial militar Josivaldo José.
                                      Circundado por um cinturão verde composto por hortas mantidas por agricultores familiares que abastecem diariamente os supermercados com hortaliças e legumes frescos o município de Natal tem um acesso facilitado aos vegetais. O projeto de expansão de vegetarianismo de Érico Tadeu envolve a abertura de um restaurante no centro da cidade, pontos de apoios nas universidades, a montagem de carrinhos volantes de lanches vegetariano, além da viabilização de congressos temáticos que contribuirão para tornar Natal a capital do vegetarianismo.  

COTAS RACIAIS - Alex Rodrigues




Por mais justo que pareça ser tal política social de cunho afirmativo para aqueles que estiveram há anos a margem do sistema social como um todo, principalmente no sistema educacional, em se tratando de um sistema de cotas para ingressar naUniversidade Pública, ainda assim, não vejo essa ação como solução nem como sendo a medida mais justa para cidadãos brasileiros detentores dos mesmos direitos que qualquer um outro - ou até mesmo um estrangeiro residente ou em passagem pelo país - de ver, por parte do poder público, seus diretos garantidos, principalmente no que diz respeito ao direito fundamental e base da democracia, que é a IGUALDADE... por mais que utilizem frases e mais frases...citações e mais citações dos mais renomados autores ou doutrinadores, mesmo assim, continuo achando que nenhum brasileiro, seja ele negro, pobre, índio etc, precise de uma "ajudinha" "esmola" "uma maozinha" do governo pra poder ser "alguém na vida"... pelo contrário, o negro nem nenhum outro brasileiro que foi posto na periferia da ordem econômica dominante quer ser tratado como um ser de intelecto menor, inferior, que não é tão inteligente quanto o loirinho, o branquinho, o riquinho.... não... nenhum quer... o que um país civilizado, honesto com seu povo e evoluído faz é ofertar oportunidades iguais de aprendizagem desde a base.... no seu alicerce... e não soluções paliativas.... que em nada dignificam os sujeitos atingidos por tais ações... mas sim, faz surgir uma divisão, mesmo que imaginária no seio da sociedade, dizendo implícitamente aos brasileiros que existem uns que nascem com uma casta mais elevada.... e portanto, mais inteligentes... e outros...de castas mais baixas... não tão inteligentes que ou recebem do poder público uma esmola pra crescer ou continua sendo apenas mais um negro marginalizado nesse país de contradições... onde se busca perdão pelo passada negro com um véu de divisão !!!
VESTIBULAR: Unicamp dará 80 pontos de bônus a alunos negros, pardos e índios. Processo seletivo foi aberto hoje. Veja mais em http://bit.ly/1619MkJ

PORNOFONIA - Roberto Flávio

Estava numa clínica em julho passado. Uma tv ligada num desses programas matinais. De repente levantei os olhos, um tanto assustado, para o que acabara de ouvir: “A cada 17 minutos uma adolescente fica grávida no Brasil”. Com dados do IBGE, a matéria também mostrou que, em média, 17% dos nascimentos de 2011 foram originados de adolescente com idade entre 15 e 17 anos. A reportagem também abordou o alto número de abortos entre adolescentes. Bom trabalho jornalístico (créditos para Chris Flores e sua equipe) que buscou a contextualização da questão e visualizando que a maioria dos casos acontece na população de baixa renda e tem relação com a falta de estudo. 

Mas, Gilberto, esta outra nuance não foi explorada, nem nunca será pela grande mídia (que se alimenta comercialmente dela): a pornofonia. Seja ela humorística ou musicalizada, a pornofonia é a alma gêmea ou a versão “cultural” da pornografia. Aliás, estudos e pesquisas, em todo mundo, apontam a pornografia como elemento influenciador de muitos crimes sexuais praticados contra adultos, como motivador da pedofilia, etc. 

Questão polêmica, sim. A liberdade da expressão artística não pode se evocada para agredir, humilhar, explorar, perverter, transtornar sexual e socialmente crianças e adolescentes sem que nenhuma censura se estabeleça. Aqui também há um espaço para ser ocupado pelo regramento legal e jurídico. Boa índole, decência, respeito ao próximo, ética e a “vida como o maior valor humano” são valores universais indispensáveis à convivência presente e ao futuro.

* Escrito em resposta a Ímpar ou par? Jogo para seduzir garotas

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

SOBRE A CANTORA ANITTA, DO SHOW DAS PODEROSAS - Camilo Henrique




Como disse Hélio Crisanto A gravidade vai mostrar Se o sucesso vai durar Quão belo será seu canto Nos mostrará portanto Que ela era bonita De ouro uma pepita Depois que a bunda cair E não mais nos distrair Já era essa tal Anitta
(Camilo Henrique)

COLIBRI E O HOMEM - Aristóteles Pessoa


Quando se observa bem,
O que o colibri nos faz,
Vemos logo o que contém,
Nas asas leves e de paz.

Existe no seu cuidar,
Na proteção dos filhos,
Tentando ocultar,
Dos vis andarilhos.

Há de ter solução,
O mau dos infratores?
Livramento, proteção,
Aos anjos voadores.

Cuité, PB., 05 de fevereiro de 2013

domingo, 18 de agosto de 2013

É ÍMPAR OU PAR? JOGO PARA SEDUZIR GAROTAS - Gilberto Cardoso dos Santos




Vivemos uma realidade ímpar na história musical brasileira.  Na idade média de nossa saga cultural, tivemos canções geniais proibidas pela censura. Vem-me à mente “Cálice”, de Chico Buarque, denunciadora desse período, e a representativa “Pra não dizer que não falei das flores”, de Geraldo Vandré. Aquele era um tempo em que a música cumpria uma função social relevante. Seus fins não eram puramente estéticos. A poesia, exuberante nas canções desse tempo, dava asas ao clamor de um povo e não era subserviente a um sentimentalismo medíocre. Não atendia a interesses mesquinhos. Depois veio-nos uma fase iluminista, vindicativa, em que os artistas injustamente perseguidos foram elevados à categoria de heróis. Foi uma época marcada pela liberdade de expressão. Mas a música foi perdendo expressividade e desembocou, infelizmente, em temível libertinagem.  
Ontem,  um carro com um paredão de som. Na carroceria, meninas. Pareciam ter entre 10 e 12 anos. A música perturbava pelo volume alto. Eis o que ouvíamos:

 “É ímpar, é par. (bis)
Se der ímpar você chupa
Se der par você me dá

Novinha, não sei seu nome
Mas agora vou falar
Inventar uma brincadeira
Que eu sei tu vai gostar

“É ímpar, é par. (bis)
Se der ímpar você chupa
Se der par você me dá.

[...]

 

Fiquei  espantado.  Antes de cantá-la, o vocalista disse:

“A gente vai brincar de par ou ímpar, tá bom?”

O eu da música, a léguas de ser poético ou lírico, tem como alvo alguém que ele chama de novinha. Pelo adjetivo escolhido, dá pra ver que a idade é muito importante. Ser nova não é suficiente: tem que ser novinha. Quanto mais nova, mais pueril, fácil de seduzir e desejável. É uma novinha de quem ele sequer sabe o nome, mas que importância tem o nome quando a criança é vista como mero instrumento de prazer?  E tudo deve ter a aparência de brincadeira para que a novinha não perceba a cilada em que está caindo. A esta novinha hipotética ele se dirige numa linguagem dócil, adequada à idade: “A gente vai brincar de par ou impar, tá bom?” E há toda uma coreografia a ser feita durante a música, incrementando mais ainda os aspectos lúdicos. O que é dito poderia vir na forma de mensagem subliminar e já seria altamente condenável. Mas não. Tudo é dito às claras e se é visto como inocente brincadeira é apenas pelas potenciais vítimas.

A genérica novinha aqui mencionada e seduzida tem sido evocada em várias outras músicas. Uma que fez muito sucesso dizia:

“Gostou, Novinha?
Ai, gostei!”

Geralmente é a "ela" que se dirigem em diversas músicas do gênero.

Enquanto ouvia o “É ímpar ou par”, raciocinava: Se um de nós dissesse estas mesmas palavras a qualquer garota entre 10 e 12 anos, poderia ser indiciado por pedofilia ou atentado violento ao pudor. Cadeia na certa. O eu poético dessa música, mesmo analisado superficialmente, não daria outra: é um pedófilo. No entanto, a Banda Grafith pode cantar isso livremente, inclusive quando honrosamente contratada por gestores públicos, com recursos destinados à cultura.

A música, chocante e preocupante para quem tem um mínimo de respeito à moral, é apenas uma amostra do repertório que o Grafithão tem para oferecer à juventude. A Banda Grafith não é a única que despeja em nossos ouvidos esses e outros lixos musicais. Esta música faz parte do repertório de muitas bandas de sucesso. Há quem pague caro, e à custa do povo, para trazer tais bandas. Talvez alguém diga que minha mente está demasiado fértil, que se trata apenas de uma música e que nada disso vem a ocorrer. De qualquer modo, há prejuízos:  termos chulos e expressões maliciosas são involuntariamente incorporadas ao vocabulário de mentes em formação; há um estímulo à sexualidade precoce e perda da pureza que deveria caracterizar determinadas fases da vida.

Fico pensando em crianças como aquelas que seguiam na carroceria, culturalmente emparedadas, que crescem diuturnamente ouvindo essas aberrações musicais e aprendendo a valorizá-las. Elas desconhecem o que há de bom em nossa música. Em casa, na TV, no rádio e no celular é o que ouvem. A música de verdade lhes parece bizarra e destituída de beleza. Luiz Gonzaga, Chico César e Zé Ramalho, quando ouvidos, lhes parecem patéticos e desprezíveis. Isso talvez explique, ao menos em parte, o alto índice de gravidez na adolescência, a libertinagem sexual que caracteriza os nossos dias, a perda de valores. Já imaginaram o potencial de depravação contido em letra como essas? Trata-se de incentivo à pedofilia feito da maneira mais escrachada, envolto em melodias que têm efeito hipnótico sobre nossos jovens. Pergunto-me o que poderíamos fazer para mudar esse estado de coisas. Para começar, os gestores públicos deveriam dar o exemplo, sendo criteriosos quanto a quem contratam. As escolas poderiam fazer frente unida para combater esse tipo de cultura. Promotores deveriam tomar as providências. A censura, talvez, devesse voltar. Não para fazer como antigamente, mas para impedir que tais bandas pudessem gravar  coisas desse naipe. Os filtros deveriam visar conteúdos maliciosos e que incentivam o consumo de drogas e a violência.
Se não fizermos algo a respeito, o que já está péssimo há de ficar bem pior.


sexta-feira, 16 de agosto de 2013

SURPREENDENTES MOSCAS - Jadson Umbelino



Quatro amigos a almoçar
Em restaurante popular
Aconteceu o inusitado
A princípio comparado
A remessa de um punhado
De areia ou barro
Caído do alto
 Sobre cabeça, mesa e prato

Sem entender o fato
Assustou os quatro
Interrompeu o papo
Visto pelos quatro
Caído do alto
Sobre cabeça, mesa e prato

Depois do susto passado
O inusitado reconhecido
É o inseto mosca
Estão mortas
Não por terem zumbizado
Nem pousado em nosso prato
Caído do alto
Sobre cabeça, mesa e prato

Morta por ventilador
Do restaurante popular
Ficando amontoado
Sendo arremessado
Caído do alto
Sobre cabeça, mesa e prato
E por sorte dos quatro
Tínhamos acabado o almoço
                               

Fevereiro/2013

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

TRIO ARAPUÁ, O MELHOR DA REGIÃO - Laélcio Pontes

  • Tocando um grande forró
    Com Xote, Xaxado e baião
    O trio Arapuá
    Fez sucesso no São João
    No vocal Hélio Crisanto
    Que cantou em todo canto
    O melhor da região.




quarta-feira, 14 de agosto de 2013

SOBRE O ROMANCE MEIA PATA, DE RICARDO DANTAS - Gilberto Cardoso dos Santos




Fui ao fórum de Santa Cruz. Levei 4 exemplares do livro "Meia Pata". Trata-se do primeiro romance escrito por um santa cruzense, o biólogo Ricardo Dantas. 

Fui mostrá-lo ao também escritor e ávido leitor Naílson Costa.
Enquanto aguardava o instante oportuno, observei que um policial estava como que me encarando e olhando demoradamente para os exemplares. Queria fazer uma pergunta e fez:
- É gramática?

Aparentemente, tinha visto o título ao longe, rapidamente, e tinha se confundido. Deve ter me confundido com um desses vendedores de material para concurso.
Expliquei-lhe: "É um romance. Chama-se Meia Pata."
E ele disse meio desanimado:

- Ah, tá. Desculpa aí. Pensei que fossem gramáticas.
Imediatamente lembrei-me que vivemos num país repleto de pessoas que têm sérios problemas com o uso do próprio idioma. A escola tem priorizado o estudo da gramática e o resultado é conhecido de todos. 

Aquele policial, como tantos outros, não sabia que através da leitura de um bom romance fica mais fácil se familiarizar com a língua escrita. Ir no encalço da onça que nos espreita no capítulo inicial de Meia Pata é bem mais divertido e proveitoso que contemplar a classificação de onça-macho e onça-fêmea na jaula dos epicenos.

Voltando a Naílson, visível foi seu encanto diante do livro. Muito bem acabado, volumoso e de aspecto atraente. Não se trata de algo feito numa gráfica qualquer. Foi um livro que teve a aceitação da Editora Kazuá. Editoras sérias, como esta, não costumam apostar em obras irrelevantes, sem potencial. 
Naílson, como eu, percebeu a importância dessa obra para a história de nossa literatura.

Comecei a lê-lo e percebo que a trama é envolvente. O escritor é "dos Dantas", família que se notabilizou em nossa região pelo grau de inteligência dos que a compõem. Teixeirinha Alves se lembra de ter estudado com o autor e disse-me que nesse tempo o Ricardo já se destacava. A julgar pelo que lí, trata-se de uma obra bem escrita, digna de receber destaque na literatura potiguar.

O autor me remeteu dez exemplares e pediu-me o obséquio de vendê-los entre seus conterrâneos. Quem quiser adquiri-lo, procure-me no gcarsantos@gmail.com ou pelo (84) 99017248