É penoso depenar
um bicho assim pra comer
é até pecado matar
algo feito pra se ver
quem tal design criou?
que hábil mão o desenhou?
gostaria de saber.
Este petisco da vista
é visual pregação
que faz qualquer ateísta
tremer na explicação
sua estética perfeita
desconserta quem rejeita
a ideia de criação.
Uma vontade ansiosa
nós sentimos de encontrar
esta mão habilidosa
capaz de o originar
uma arte sem artista
em nossa visão simplista
é impossível se achar.
Detalhes maravilhosos
Neste faisão multicor
mas dentes impiedosos
de um faminto predador
veem carne suculenta
para a mãe que amamenta
outro bicho encantador.
Tudo parece ser feito
para deleite do olhar
mas o design perfeito
não foi feito pra durar
finda-se toda magia
dentro da grade sombria
da cadeia alimentar.
Descrição de Mestre, e apelo vegano de qualidade.
ResponderExcluirQue linda imagem visual
ResponderExcluircomparada a um pavão
faisão mais belo em visual
por cores que chama atenção
vermelho é o seu peitoral
manto em cores, só visto no faisão.
este e o pavão, eita que criação.
Jadson Umbelino.
Poderia ser transformado em Salmo pelo conteúdo sacro!
ResponderExcluirAs penas dariam belos artesanatos indígenas!
31 de agosto de 2013 10:00
ResponderExcluirMeu caro amigo Gilberto,
Meditei muito em seu poema
E cheguei à conclusão
Que ele esconde um dilema,
Pois a natureza que tudo cria
É também ela mesma autofagia
E nada escapa ao seu sistema.
O homem é o lobo do homem
Já dissera o Thomas Hobbes
E em sua fome carnívora, voraz,
Devora mesmo as presas nobres.
Ignorando a candura e a beleza,
Tudo ele põe no prato, na mesa
Até que em pó se transforme.
No processo de seleção natural
O leão devora a bela gazela,
A aranha degusta a mosca azul.
O homem põe na panela:
O coelho, o galo, o pavão,
O boi, o preá e o faisão.
Tudo passa em sua goela.
Vou fazer também perguntas
Não tome por mera provocação
Mas de que artista tu falavas?
E de quem é mesmo aquela mão?
Por ventura seria a mesma
Que em sua fome acesa
Pediu cordeiros em oblação?
Tão belo e tão colorido
Estaria o pobre faisão
Nos alimentos autorizados
No livro da criação?
Se reconhecerdes que sim
Hás de culpar a mim
Ou ao pintor, àquela mão?
Marcos Cavalcanti
Resposta a Marcos:
ResponderExcluirÉ a mão que fez a plaga
onde a beleza viceja
às vezes é mão que afaga
e em outras que apedreja.
Se o ser que fez a plaga
ResponderExcluirÉ o mesmo que apedreja
É um ser que se apaga,
Se existe? que eu não veja.
Marcos Cavalcanti
É aquela mão invisível
ResponderExcluirque de maneira terrível
deixou Sodoma arrasada
porém, depois se encarnou
e humildemente findou
numa cruz, ensanguentada.
Você narra distintos atos
ResponderExcluirMas nenhuma morte redime
Outros tantos assassinatos
Se é uma só essas duas mãos
Está evidente a contradição
Nestes dois falsos cognatos.
Disse alguém certo dia
ResponderExcluirpra nunca bater num cão
com aquela mesma mão
que sempre o acaricia
poderá acontecer
que ele fique sem saber
qual o gesto pretendido
e ao sua mão levantar
para o acariciar
acabe sendo mordido.
A pelagem deste faisão,
ResponderExcluiré diversificado ao ver
nos levar a emoção
sem nos perceber
que valor de criação
que bela intenção
eu ganhei esta visão
ao contemplar um faisão.
Jadson Umbelino.
Gilberto Cardoso Dos Santos é de sua autoria, muito bonito e reflexivo, gostei!
ResponderExcluirLendo esse belo poema
ResponderExcluirQue o poeta Gilberto escreveu
De um colorido de penas
Trago uma lógica serena
Para o desenho perfeito do faisão
Fico admirado com tanta admiração
Pois se quem fez não foi dedo o de Deus
E possível ter sido uma explosão?
Jonas Borges
Lendo esse belo poema
ResponderExcluirQue o poeta Gilberto escreveu
De um colorido de penas
Trago uma lógica serena
Para o desenho perfeito do faisão
Fico admirado com tanta admiração
Pois se quem fez não foi dedo o de Deus
E possível ter sido uma explosão?
Jonas Borges