terça-feira, 28 de maio de 2013

Um velhinho de oitenta - João Ferreira


Um velhinho de oitenta
gozou bem a mocidade
perdeu a virilidade
seu alimento é saudade
deitado na sua rede
vê a água e sente sede
mede as passadas sem régua
dá muito mais de cem légua
da jarra pro punho da rede.

A mocidade vai cedo
e o tempo passa veloz
cuide bem dos seus parentes
os seus pais e seus avós
ligue a TV bem baixinho
nem sequer agite a voz
trate com perseverança
que a velhice é uma herança
que os anos deixam pra nós.

Um comentário:

  1. Agradeço a constante lembrança dos trabalhos poéticos feitos pelo meu saudoso e inesquecível pai.Onde ele estiver estar feliz,pois o que ele mais gostava era de ver seus compartilhados.

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