Que conversa é essa?
E que conversa é essa de e que todo brasileiro gosta de samba, futebol e carnaval?
Acho o carnaval de Olinda algo bonito de se ver: Frevo, fantasia, criatividade e espontaneidade pelas ruas. Do resto, não gosto... E daí?
Meu avô paterno não gostava de futebol, meus tios, meu pai e eu não gostamos. E daí?
Admiro a boa música e
é inegável a existência de grandes nomes ligados ao samba assim como é inegável o fato de tratar-se de uma grandiosa herança cultural. Contudo, não gosto o suficiente de samba nem para um comprar um DVD pirata de Martinho da Vila (Admirável figura). E daí?
Mestre Caymmi, licença poética à parte, é justo julgar o caráter de um indivíduo pelo fato dele gostar de samba, ou não?
Não sou ateu, contudo, não posso dizer que os ateus não são bons sujeitos. Até porque conheço sujeitos muito bons que são.
Acho que precisamos refletir acerca de determinadas assertivas que, em função do momento histórico de respeito e valorização da pluralidade cultural, não dá mais para se ficar repetindo como verdades. Coisas do tipo: “Quem não gosta de samba, bom sujeito não é”, “Amélia é que era mulher de verdade”, dentre outras.
Aldenir embora não goste do carnaval é um bom e grande sujeito. rs
ResponderExcluirNo caso de Robertinho, um apaixonado pelo carnaval, como também Mazinho, Milton Fernandes, Edmilson do Pedagógico, incluindo-me também no holl dos apreciadores deste grande ritual que caiu no gosto popular, e sem dúvida alguma, é o maior espetáculo do mundo...Muito embora, regada a muita bebida e outros excessos que não cabem aqui, porque não quero advogar pela causa, apenas vejo a festa como um movimento de contracultura. Joãozinho Trinta, por exemplo, nos anos 60, sob a ditadura, fez um enredo saudando os generais como heróis salvadores da pátria. Ele mesmo, nos anos 80, sob a luz da Abertura Política, vestiu alas de mendigos e, num carro alegórico, cobriu o Cristo Redentor para denunciar a questão social brasileira. Périplo perfeito, a mudança de Joãozinho Trinta é rima de outros tantos carnavalescos que não mais abrem mão da temática política para brincar com o poder estabelecido.