quinta-feira, 22 de novembro de 2012

LIVROS "ILEGÍVEIS" - Renan Pinheiro



Como ainda não li nenhum dos livros citados, não posso dizer se o juízo de valor dos pesquisados “bate” com o meu (comprei recentemente a edição de “On the road” baseada no manuscrito original, que segundo dizem é mais selvagem ainda do que a que foi publicada, mas não comecei a ler), mas devo admitir que sempre me senti intimidado com a ideia de ler “Ulisses” – parece desses livros que todo mundo fala mas nem sempre entende, e como é um “clássico” não se sente à vontade para dizer que não gosta, e sinto esse mesmo “medo” de ler Guimarães Rosa (todos falam que os neologismos que ele cria são quase “impenetráveis”) e “Dom Casmurro” (é complicado você ler um livro sabendo que ao fazê-lo terá de se pronunciar sobre o maior mistério literário do país, e não acho que eu seja um bom detetive). Mas quanto aos “meus” livros difíceis de terminar (sinônimo de chatérrimos), elenco “Floradas na serra”, de Dinah Silveira de Queiroz (a história é interessante mas lentíssima, tanto que mesmo sendo um livro pequeno demorei dias para terminá-lo), “Estorvo”, de Chico Buarque (considerei-o tão chato que nem passei das dez primeiras páginas, mas tenho de admitir que como isso ocorreu quando eu era criança, talvez hoje eu tivesse outra reação ao lê-lo), e “Os trabalhadores do mar”, de Victor Hugo. Também existe um ou outro caso de livros que comecei a ler com dificuldade, porque são um pouco enfadonhos no início, mas acabei gostando deles à medida que a trama avançava, como “O guarani”, de José de Alencar, e “Dom Quixote”, de Cervantes. E vocês, quais os livros que vocês consideram “ilegíveis”?

Um comentário:

  1. Renan,

    Tudo o que vem de Machado de Assis não é complexo, é extraordinário!
    Quanto a Guimarães Rosa, Grande Sertão: Veredas é meio "osso", mas é obrigatório!
    Estou lendo "À Sombra das Raparigas em Flor" de Proust; os longos e intercalados períodos nos obrigam a retornar várias vezes ao início do parágrafo (isso eu sei que não é complexidade, é chatice!)
    Parabéns por esse texto!

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