Por Maria Luciana Rincon Y Tamanini
Existem inúmeros médiuns brasileiros de renome internacional, e agora um grupo de neurocientistas norte-americanos decidiu descobrir o que acontece com o cérebro dessas pessoas quando elas estão realizando trabalhos relacionados à psicografia de mensagens.
As mensagens psicografadas são escritas enquanto os médiuns entram em um estado de semiconsciência, durante o qual “abrem um canal de comunicação” com os espíritos e escrevem cartas e mensagens transmitidas por eles de forma automática. Muitas vezes, os textos são redigidos enquanto os médiuns mantêm os olhos fechados, e a escrita normalmente ocorre à grande velocidade.
De acordo com uma notícia publicada pelo site Discovery News, pesquisadores da Universidade da Filadélfia realizaram alguns testes para descobrir quais áreas do cérebro dos médiuns brasileiros ficam ativas durante esse processo, descobrindo que as regiões responsáveis pela linguagem e atividades voluntárias ficam inativas.
Comunicação espiritual
Os neurocientistas avaliaram 10 médiuns brasileiros, dos quais cinco praticam a psicografia há mais de 35 anos, realizando uma média de 15 sessões mensais, e outros cinco participantes, bem menos experientes. Conforme explicaram os pesquisadores, durante o estado de semiconsciência, a atividade cerebral dos mais experientes diminuiu em seis regiões diferentes, normalmente relacionadas com a escrita, concentração e linguagem.
Além disso, os médiuns mais experientes produziram mensagens com conteúdo mais complexo enquanto estavam se comunicado com os espíritos do que quando não estavam psicografando. Aliás, quanto mais experiente o médium, maior era a complexidade das mensagens e mais reduzida era a atividade cerebral. Justamente o contrário do que os pesquisadores esperavam observar.
Por outro lado, as mesmas áreas observadas nos mais experientes se tornaram mais ativas nos cérebros dos novatos, sugerindo que o treinamento pode melhorar a habilidade cerebral de entrar nesse estado de “canal aberto”. Embora a ciência ainda não possa atestar sobre a existência ou não de espíritos entre nós, o estudo nos ajuda a entender melhor como a espiritualidade afeta o nosso cérebro e por que algumas pessoas são mais devotas e espirituais do que outras.
FONTE: TECMUNDO
Muito interessante. A ciência tá no caminho, um dia vai enterder.
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