O sítio estava em festa:
sapos coaxavam descontroladamente nos córregos,
cacimbas e barreiros.
Pássaros chilreavam numa tremenda algazarra.
A cebola-braba enfeitava com suas flores brancas
o morno leito da nova-terra, em núpcias com a chuva.
Casamento feliz...
Quanta fertilidade! Quantos filhos! Quantos frutos!
Antes, mesmo, do sol nascer
meus tios assobiavam pelos terreiros
alcunhando e afiando enxadas, foices e enxadecos.
Vó corria na cozinha para apressar o café, a tapioca,
o cuscuz, a batata...
Café forte. Torrado em casa com rapadura boró.
Tomar e sair pro vento, era "ramo" na certa.
As galinhas entretidas com os brotos de berduega
nem rondavam a porta da cozinha à espera do milho.
O peru - bicho besta - levava o tempo a gritar
reclamando do barulho.
A alegria estampava-se em tudo e todos.
Apenas os bodes choramingavam, encolhidos,
na biqueira do oitão.
A cebola-braba enfeitava com suas flores brancas
o morno leito da nova-terra, em núpcias com a chuva.
Casamento feliz...
Quanta fertilidade! Quantos filhos! Quantos frutos!
Antes, mesmo, do sol nascer
meus tios assobiavam pelos terreiros
alcunhando e afiando enxadas, foices e enxadecos.
Vó corria na cozinha para apressar o café, a tapioca,
o cuscuz, a batata...
Café forte. Torrado em casa com rapadura boró.
Tomar e sair pro vento, era "ramo" na certa.
As galinhas entretidas com os brotos de berduega
nem rondavam a porta da cozinha à espera do milho.
O peru - bicho besta - levava o tempo a gritar
reclamando do barulho.
A alegria estampava-se em tudo e todos.
Apenas os bodes choramingavam, encolhidos,
na biqueira do oitão.
Este poema, Aldenir, é muito legal. Parabéns.
ResponderExcluirUm belo poema Aldenir! Conforme vamos lendo, enxergamos na memória algumas dessas cenas que vivenciamos. Parabéns!
ResponderExcluirO que eu dizer Adriano já disse.É um belo poema.
ResponderExcluirComo pode isso caro Aldenir, voce narrou tudo o que ja vivi, fantástico.
ResponderExcluirAs imagens que esse poema provoca nos faz ficarmos liricamente saudosos.Adorei!
ResponderExcluirCristiane Praxedes Nóbrega
Obrigado, amigos. Isso é coisa de quem tem um pé na cidade e o outro no mato. Abraço a todos.
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