quarta-feira, 8 de agosto de 2012

A CONSCIÊNCIA DO ELEITOR - João Maria de Medeiros



 
É com muita pena que vejo e escrevo sobre uma coisa que não muda, que não tem mudado, infelizmente. Essa coisa é a consciência do eleitor que não muda, que só pensa em obter vantagens com o seu voto, fazendo do mesmo um negócio.


É lamentável que isso ainda aconteça nos nossos dias. É um círculo vicioso que nunca acaba: o eleitor procura quem compra e o candidato procura quem venda. Eu até achava que um dia essa coisa fosse mudar, mas não mudou. O eleitor, por sinal é até mais viciado que os candidatos, claro, os que se propões a esse tipo de coisa. Não são todos.


Tenho escutado muito, tanto no campo, como na cidade, frases como estas: ’’Só voto se me derem alguma coisa.”Fulano é muito fraco: pedi-lhe um milheiro de tijolos, mas ele disse que só me daria se fosse eleito”. “Não sou besta; ou me dão o que quero, ou não voto.”



Então, meus amigos, minhas amigas, como mudar uma Nação, um Estado, um Município com cidadãos assim; que não têm consciência da importância do voto?

O eleitor deveria deixar mais de lado as questões pessoais, as coisas pequenas, e pensar mais na coletividade; deveriam procurar conhecer mais a fundo os candidatos e suas propostas. Deveriam escolher aqueles que têm compromissos com a educação, a cultura, a saúde, a segurança e mais respeito com o povo.

Acho que Deus deve está muito chateado com essa atitude, essa falta de consciência desses eleitores. Num trabalho poético meu publicado na última eleição, intitulado “O Valor que o Voto Tem”, há uma estrofe que diz assim:

Quando o eleitor se vende Deus
Deve ficar zangado
Pois o Supremo Arquiteto
Não quer vê seu povo amado
Sofrer nas mãos do maldito
Quem vota certo é bendito
Por Deus é abençoado.

Como vemos na poesia, até Deus fica zangado com o eleitor que vende seu voto. É incrível como essa coisa não mudou e parece que não vai mudar tão cedo. Pelo menos, essa é a nossa opinião.

João Maria de Medeiros é professor, poeta e cronista.

4 comentários:

  1. "...e parece que não vai mudar tão cedo." Meu caro João, eu tenho certeza de que não vai mudar tão cedo. Gostaria de ser otimista, porém, com essa educação que é oferecida ao povo brasileiro... e aqui não me refiro à qualidade do nossos queridos mestres, mas ao seu incentivo e valorização, bem como e sobretudo, a uma revolução na estrutura educacional de deste país. Parabéns pelo belo texto!

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  2. Parabéns, professor João. Sua observação e lamento estão corretíssimos.

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  3. Agradeço profundamente as palavras de Naílson, Gilberto e Hélio.Obrigado pelo incentivo, camaradas!

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