quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

VERSOS PARA DESCONTRAIR - enviados por Hélio Crisanto

Um dia de manhazinha
Eu cheguei numa bodega,
Tinha um cego e uma cega
Biritando na branquinha
A cega era mariquinha
E o cego era Diogo
Eu também entrei no jogo
E o que vi ali não nego:
A cega puxando o cego
E o cego puxando fogo
(Belarmino de França)
O desmantelo no mundo
Tem me causado alvoroço
É homem falando fino
É mulher falando grosso
Tem até velha corcunda
Tirando o couro da bunda
Pra colocar no pescoço
(Hélio Crisanto)
Roubaram um pobre poeta
Além de pobre doente,
Ainda mais deficiente
Com uma perna incompleta
Roubou minha bicicleta
Com pneu, sela e catraca
Um ladrão de alma fraca
A polícia não descobre
Quem rouba um poeta pobre
Vendo Jesus, mete a faca
(Zé Amâncio)
Nem sei quantos anos tem
O meu velho avô de aço
Talvez já passe de cem
Janeiros no espinhaço
Quando vai só num passeio
Fica naquele aperreio
Se passa uma noite só
Tira um quadro da parede
E faz amor dentro da rede
Com um retrato de vovó
(Otacílo Batista)

3 comentários:

  1. kkkkkkkkkkkkkkkk esse Hélio é demais!!!

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  2. versos cheios de beleza e graças, adorei.

    raquel

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  3. excelente, faltou um de zé limeira o poeta do absurdo.

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