Caro Nailson,
visando ilustrar da melhor maneira possível sua crônica, fiz resgate desta preciosidade visual:
Em pé: Hélio, Paulo, Riso, João Negrinho, Edmilson, Bené.
Agachados:: Marinaldo, Negro de João de Gan, Júnior, Cacau.
O ICM, O BENEZÃO E AQUELA SAUDADE
Quem não se lembra do Instituto Cônego Monte, ou Ginásio Comercial ou ainda Colégio do Padre, como era conhecido? E do Benezão, quem se esqueceu? Impossível alguém que viveu o futebol de Santa Cruz esquecer-se do Benezão, nome dado ao pequenino campo de futebol em homenagem ao seu idealizador, o desportista Benedito Aquino Soares.
Nas férias escolares de dezembro dos anos de 1975 a 1981, os estudantes de Santa Cruz participavam com muito entusiasmo do grande campeonato de futebol sociéte (mini-campo). Até os santacruzenses estudantes em Natal vinham participar da maior festa do futebol da cidade nesse período.
O campeonato de Bené, apesar de ser nas férias estudantis, era aberto. Sports Boys, dos irmãos Nenéu, Armando e Bega; os Paralíticos, dos barrigudos Dedé Alemão e Miguelão; o Botafogo, dos jovens Sérgio Cury, Palito e Tavares; o Barcelona, dos melhores da cidade e do esperto Marcílio Anísio; o Paraíso, de Aldo e do povo do Paraíso; o ABC, de Jailson e Manuel Mutuca e tantos outros times fizeram a maior festa do futebol municipal daquela época. Nas grandes decisões, até os grandes jornais de Natal vinham fazer a cobertura. E a difusora, instalada na janela da 8ª série, estrondava com os gols gritados pelo saudoso Salvador Nunes, o popular Tejo. O Barcelona e o Paraíso foram protagonistas da maioria das decisões.
A decisão entre Paralíticos 1 X 0 Barcelona, em 1981, serviu de aplausos e adeus a um carinhosíssimo tempo de um futebol romântico impossível de encontrar em dias atuais. A enchente daquela época e o incômodo reclamado por uma vizinha foram os motivos da extinção de uma prática salutar capaz de mobilizar, todas as tardes de competição, quase mil pessoas naquele pequeno espaço esportivo. Foi uma grande festa e. ncione basquetebol. no, futsal masculino e feminino,
O Benezão não existe mais, mas Benedito Aquino Soares, o organizador do futebol do então Instituto Cônego Monte ainda é vivo e podemos encontrá-lo no Iberezão nos dias de jogo. Monsenhor Raimundo, diretor da instituição e grande incentivador, hoje mora no céu. A apaixonada torcida existe pintada nos quadros textuais deste humilde cronista, e eu, que me sinto pequena parte das grandes conquistas daquela escola, como aluno-atleta, professor de Educação Física, técnico de futsal e futebol, incentivador de basquetebol, orientador de atletismo e iniciador de karatê, não consigo adentrar as dependências do Instituto Cônego Monte e do Benezão sem antes preparar o meu combalido coração. O meu querido ICM e o inesquecível Benezão nunca deixarão de ser eternos nas mentes de todos aqueles que ajudaram a escrever a sua história.
AUTOR: Nailson Costa
confesso que viajei no tempo e no espaço , agora só nos resta a narrativa muito bem contada de Nailson para nos matar um pouco a saudade.
ResponderExcluirEssa crônica foi publicada pela 1ª vez em agosto de 2006 no jornal Folha do Trairi. Há uma pequena falha no penúltimo parágrafo. Ele termina em "...pequeno espaço esportivo." O restante desse referido parágrafo não pertence a essa crônica. Cortar, colar e enviar às vezes atrapalha a gente. Gilberto, a foto é espetacular! Eu pertencia a esse time também, que se chamava Azulão. Tinha o Azulão de Bené e a Zebra de Beja. Eu não estou aí nessa foto porque Bené me expulsou do time, por ser muito ruim de bola. Agradeço a Gilberto e Hélio os incentivos dados a todos nós que amamos essa arte maravilhosa da escrita. Valeu, gente!
ResponderExcluirNailson, como é bom ler sobre esse passado marcante do esporte em nossa cidade. Que pena não termos mais isso na atualidade. Eu era ainda uma criança de 03 anos de idade em 1981, mas como Hélio diz acima, a sua narrativa nos faz viajar no tempo, é como se lá estivéssemos presentes. Parabéns pelo memorável resgate!
ResponderExcluirObrigado , grande poeta Adriano!
ResponderExcluirSeria muito bom que os vereadores, fizesse um projeto para tirar o nome do Estádio de Futebol, Iberezão, para colocar o nome de Bené, Estádio de Futebol Benezão. Iberê nunca apoiou futebol, não tem historia no futebol da cidade. Assim como o Teatro Candinha Bezerra, que era pra ter o nome de, Teatro Fabião das Queimadas. Assim como o Parque de Vaquejada, que deveria ter o nome de Dr. Clodoval ou Theodorico Bezerra, homens que adoravam Vaquejada.
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