Obs.: Na última foto, por trás da mulher de branco que segura a placa, aparece um familiar de Hélio Crisanto.
Em 7 de julho de 1777, era implantada na vila do Patu a primeira capela da Paróquia de Nossa Senhora das Dores. Um século após, em 1877, começava uma terrível seca que assolou o sertão nordestino, motivando os saques aos comboios de alimentos, por Jesuíno Brilhante e seu bando de cangaceiros, fato que foi publicado nas atas do então presidente da província do Rio Grande do Norte.
A data da construção da capela está gravada no pátio externo da igreja matriz, numa arte em cantaria do mestre “Zé Pernambuco”, que cunhou 7 de 7 de 1777, e o paralelismo temporal com a seca dos dois 7, foi captado pelo multiculturalismo da Professora Lourdinha Holanda, que organizou desfile cívico das escolas, retratando o fenômeno do cangaço em Patu e a historicidade religiosa.
Legenda 1: Desfile Cívico, em 7.7.1977. Crédito: Luiz do Foto.
Um cartaz com a imagem de Nossa Senhora das Dores e uma foto da Igreja matriz anunciou a programação do bicentenário (1777-1977) da paróquia, que foi realmente implantada em 1852, data que também foi “cunhada” por José Trajano, “Pernambuco”, no pátio externo daquele templo religioso.
Legenda 3: Flâmula alusiva aos 200 anos da Paróquia.
“Patu comemora festivamente os 200 anos da Paróquia” está gravado na placa, que teve aposição na parede frontal da Igreja Matriz de Nossa Senhora das Dores, em solenidade realizada na manhã do dia 7 de julho de 1977, com a presença do secretário de administração e diretor do Ginásio Municipal Epitácio de Andrade, representando o Prefeito José Tavares de Holanda; do Juiz de Direito da Comarca de Patu Cícero Alves de Souza; do Comandante da Companhia de Polícia Militar Capitão Antônio de Pádua Crizanto; do Vereador João Ismar de Moura; do Pároco Eurico Franke; de devotos, estudantes, crianças e da coletividade.
A professora Lourdinha Holanda, que lecionava educação artística no Ginásio Municipal e era membro da irmandade Coração de Jesus, foi a articuladora do evento. Nas fotos ilustrativas desta matéria, pode-se observar a presença do seu filho o Escritor Epitácio de Andrade Filho, com 11 anos, sentado com a mão no queixo, contemplando a fala do Padre Eurico, e desfilando, atrás da representação do Cangaceiro Jesuíno Brilhante (1844-79), quando conduzia um cartaz alusivo à religiosidade patuense, simbolizada por Padre José Kruza.
Que maravilha a APOESC andandando por essas terras...vcs são DEMAIS na CULTURA!
ResponderExcluirRita de Cássia