sábado, 25 de junho de 2011

UM SONHO NO ESPAÇO (Adonias Soares Pereira)


A cidade dorme, o silencio vagueia,
Ninguém aparece trazendo um alento
E o pobre poeta no seu aposento
Levanta a cabeça e acende a candeia.

Abre uma janela que dá para rua.
Não há movimento, tudo é solidão
E o pobre poeta vê na amplidão
O retrato dela gravado na lua.

Trago na lembrança os anseios seus
Quando a solidão vem me fazer guerra,
O seu corpo dorme no seio da terra,
Seu espírito canta louvores a Deus.

Nas horas silentes bate o coração,
Não há quem lhe traga um gesto animado,
E o pobre poeta suporta calado
A dor sufocante da separação.

3 comentários:

  1. Meu bizavó amoooo ele vou apresentar na escola este poema dele dia internacional do poema !

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  2. Meu avô querido, deixou enormes e eternas saudades!

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