Poema Cativo
Da esquina de Delfos
Um poema enclausurado.
Banhara-se na fonte de Castália a Pitonisa,
Jejuara três dias, mascara folhas de loureiro,
Sentara-se na trípode.
A Sibila não mais profetizou. Restara-lhe a sede, a fome, a cama de orvalhos que lhe espia,
A mão lhe amparando as faces caídas.
Lá estava a Pitonisa, vestida de pecado, em brasas... ardendo qual Hades desabitado, esperando a alma recém-chegada que será logo consumida.
Afrodite nem disse para que veio, mas habitou-lhe a casa do pensamento.
Sentira-se morta por dentro, um vento frio rebentou-lhe uma víscera,
Um gosto de amor lhe repartiu ao meio...
Da esquina de Delfos
Um poema enclausurado.
Banhara-se na fonte de Castália a Pitonisa,
Jejuara três dias, mascara folhas de loureiro,
Sentara-se na trípode.
A Sibila não mais profetizou. Restara-lhe a sede, a fome, a cama de orvalhos que lhe espia,
A mão lhe amparando as faces caídas.
Lá estava a Pitonisa, vestida de pecado, em brasas... ardendo qual Hades desabitado, esperando a alma recém-chegada que será logo consumida.
Afrodite nem disse para que veio, mas habitou-lhe a casa do pensamento.
Sentira-se morta por dentro, um vento frio rebentou-lhe uma víscera,
Um gosto de amor lhe repartiu ao meio...
Débora,
ResponderExcluirSutil, inteligente, envolvente, mágico, belíssimo poema.
Virei leitor assíduo!
Teixeirinha
Débora, não tem como não se apaixonar pelos seus poemas, são todos repletos de magia. Parabéns.
ResponderExcluirPoesia pura e cristalina, virei fã, agora quero um autógrafo.
ResponderExcluirGosto sobretudo do toque de eroticidade sofisticado presente em seu poema. Parabéns Débora
ResponderExcluirQue poema envolvente! Não há quem se envolva na sua poesia transparente e sutil.
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