O meu verbo se emociona muito facilmente com a alma
Da natureza.
Basta um bem-te-vi a pedir,
Desesperadamente, ao espelho mudo, silente e
Hermético, um beijo que o meu verbo
Chora.
O meu verbo se apaixona muito perdidamente pela natureza da
alma.
Basta o espelho a refletir, solitariamente, o beijo mudo,
silente e hermético do bem-te-vi, que o meu verbo
Chora.
O meu verbo chora por ser como o bem-te-vi: animal! voa
silente em direção ao espelho mudo pra dizer à alma da natureza da beleza
hermética de um choro.
E é por isso que meu verbo se emociona e se apaixona,
perdidamente, por um pedido de um
Beijo!
(Se o leitor tirasse o calçado dos pés e adentrasse no
labirinto das vestes de um poeta, saberia decifrar , com precisão, cada palavra
escrita, cada verso feito e cada sentimento exposto. Mas, para isso, o leitor
tem que tirar o calçado dos pés pra sentir às suas vibrações). Tenho dito.
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