Você é um corpoema
Que transborda poesia
(Gilberto Cardoso dos Santos)
Na pele, feito suor
de sangue coagulado
Externa seu eu maior
Que dentro se acha ilhado
Mel no favo, concentrado
Tatuagem, forja fria
Em nossos olhos se enfia
fixa na mente o emblema
Você é um corpoema
Que transborda poesia
Com tato feito à distância
Pele viva, pergaminho
Olhos se fecham na ânsia
De ler em Braille a carinho
Múltiplo é o caminho
O olfato o percorreria
A língua deslizaria
Em degustação suprema
Você é um corpoema
Que transborda poesia
Carimbo, marca de gado
A fogo feita na mente
O olhar hipnotizado
A esta posse consente
Fora do escrito se sente
Mais versos em sintonia
Adorável simetria
Se vê em todo o sistema
Seu corpo é um poema
Que transborda poesia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comentários com termos vulgares e palavrões, ofensas, serão excluídos. Não se preocupem com erros de português. Patativa do Assaré disse: "É melhor escrever errado a coisa certa, do que escrever certo a coisa errada”