terça-feira, 29 de dezembro de 2015

RETROSPECTIVA 2015 - Professor Ismael André


RETROSPECTIVA 2015
Professor Ismael André
Há quem já filosofou
Que a vida é um livro aberto
Que o futuro é incerto
O presente é o senhor
O passado registrou
Não competem indagações
De rever situações
Que nos tornem irresolutos
Mais tudo isso são frutos
Das nossas aspirações.


Dois mil e quinze foi o ano
Que fatos marcaram a história
Muitos não saem da memória
Das atitudes do humano
Trágico, frio e desumano
Causando constrangimento
Matando o discernimento
Com extrema severidade
Do idoso ao menor de idade
Não teve empoderamento.


Paris, capital da França
Foi vítima de atentados
De radicais refutados
Buscando pura vingança
Maomé e Alá sem bonança
Foram matéria de jornais
Satirizados e tidos anormais
Por falta de consciência
A Al Quaeda sem clemência
Matou 12 como animais.


Potências com puro medo
Viram num olhar panorâmico
Al Qaeda e Estado Islâmico
Num gosto amargo e azedo
Fazer poderosos brinquedos
Derrubando aviões
Matando populações
Que do contexto eram inocentes
De preceitos divergentes
De ideais e opiniões.

Em meio a tanta desordem
Alastrada pelo o mundo
Presenciamos a fundo
A morte de um negro jovem
Freddie Gray se envolve
Num cerco policial
E por não ser de pele igual
Tem a vida exterminada
Por ser pobre e ter causada
A desordem social.


Conflitos, guerras e mazelas
Acontecimentos midiáticos
Nepal, país asiático
Viveu e não foram balelas
Uma catástrofe daquelas
Num terremoto brutal
Violento, feroz e fatal
Deixando povoados tortos
Oito mil e quinhentos mortos
Foi seu resultado letal.


Na Síria uma guerra sem fim
São quatro anos arruinados
Quatro milhões de refugiados
A ditadura é o estopim
De um poder que enfim
200 mil foram matados
Milhares marginalizados
Vítima de um poder tirano
Que sacrifica o humano
E faz poucos glorificados.


Na Argentina o Kirchnerismo
Por Macri foi derrotado
Novo olhar político instaurado
Derrubando o populismo
Na Venezuela o Chavismo
Fugiu das expectativas
Nas eleições legislativas
Viu a oposição crescer
Seu potencial ceder
Nas políticas paliativas.

Para acabar com a discórdia
De quem mais são poluentes
As nações em atos eficientes
Assinaram uma concórdia
Um ato de misericórdia
Na COP 21
E num acordo comum
Prometeram a emissão frear
O efeito estufa minimizar
Extirpando o incomum.


Nossa retrospectiva
No Brasil vamos chegar
Não falta o que registrar
Pois o país é uma bagunça
A política uma furdunça
Se gasta mais do que tem
Não sobrou nenhum vintém
Os ajustes foram negados
Ficamos como lesados
Num estigmatizado desdém.


A briga pelo poder
Fez-se um recinto hostil
Sem serenidade, sem aspecto gentil
De Dilma, Renan e Cunha
Qualquer coisa se opunha
Porém são bem parecidos
Na Lava Jato enaltecidos
São tremendos salafrários
Ideais conjuntos e contrários
De querer bem definidos


Dilma negou pedaladas
Para cobrir o populismo
Cunha num tremendo cinismo
Negou as contas exteriorizadas
Renan, das Alagoas postuladas
Jamais causou influência
O povo na penitência
Pagou o maior pecado
Viu o emprego mortificado
Sem pagar a indulgência.


O dólar sempre a emergir
Ajustes não foram feitos
Ministros, pobres sujeitos
Só fazem por reluzir
Prometeram o PIB subir
O descaso foi maior
Encolheu que causou dó.
3,5 para baixo
Levy, pobre e cabisbaixo
Ficou de mal a pior.


Já não podemos ouvir
As palavras: inflação
Aumento, corrupção
Tudo estão a servir
A desgraça está porvir
Disso tenhamos certeza
Impeachment para a realeza
Teria que ser geral
Pois ratazanas em coqueiral
Só arrancando com proeza.


Para aumentar o lamaçal
E para nossa indignação
Presenciamos então
O maior desastre ambiental
A quem diga que acidental
Outros preferem outros meios
Para responder aos anseios
De Mariana destruída
Uma bacia hidrográfica poluída
Quinze mil pessoas aos alheios.














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