Quando um amigo e conterrâneo
em cujo bom gosto confio me falou da surpresa que teve com o filme Harodim,
recorri ao Google em busca duma sinopse. Pelo que li, deu vontade de nem
iniciar o filme, tão fantasiosa me pareceu a trama. Mas comecei assim mesmo, a
contragosto, não sem antes postar um comentário negativo, precipitado, sobre as
conclusões a que imaginei iria chegar. Livro julgado pela capa.
Até então, minhas convicções
acerca do 11 de setembro estavam tão firmes quanto as Torres Gêmeas antes do
ataque. Isso tinha uma razão de ser: firmado nos relatos oficiais a respeito do
ocorrido, e em meu próprio testemunho dos fatos (assisti, ao vivo, no instante
em que os aviões bateram nas torres) sempre recusei ver qualquer coisa que
cheirasse a teoria da conspiração sobre o assunto.
Trata-se de um filme parado,
calmo, que agita tudo dentro de você. Como disse alguém, é algo bem
diferente dos que costuma assistir.
Diversas
vezes pausei o filme para rever alguma fala anterior, ou para pesquisar na net
se o que me surpreendera tinha algum fundamento histórico.
Enquanto o assistia,
lembrei-me da trilogia Matrix e senti-me dentro dela, tão atônito quanto seu
personagem Neo. Lembrei também da série Lost, onde os fatos e personagens nunca
são o que parecem ser. Vi-me dentro de um sistema fantasioso, manipulado, perdido na
ilha da série, sem entender quase nada. A caverna de Platão nunca me foi tão
real. Mas não concluam que
comprei inteiramente a ideia do filme. Antes, me vejam como quem acordou de um
pesadelo, sabe que despertou, mas o coração continua a bater forte como se
fosse real. Quando uma película provoca tais efeitos, é sinal de que cumpriu bem o seu papel. Ao menos para mim e meu amigo.
Como fiquei após o filme?
Vi-me repetindo a frase de Sócrates: “Sei que de nada sei”. Certamente não
convencido de tudo que vi, mas duvidoso do que sabia ao ponto de querer aprofundar-me no tema
vendo documentários antes preconceituosamente rejeitados. Tenho certeza que
minhas certezas não acabarão no pó como o World Trade Center, mas sinto que há
muito a ser revisto e devidamente compreendido.
Veja o filme completo no link abaixo:
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