quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Boiada sedenta- Carlos Danilo da SilvaTeixeira


La vai o gado sedento
Vítimas da ingratidão
Caminhando ao relento
Pela estrada do sertão.

La vai o gado berrando
Andando no estradão
Com muita sede zombando
Dos rastros da judiação.

La vai a boiada sofrida
Vagando na escuridão
Magra, Pontuda e vivida
A ponto de cair no chão.

São vítimas desta secura
Que tudo na terra mata
A infrentam com muita bravura
sob ameaças da fome ingrata.

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