Autores: Arievaldo Viana e Zé Maria de Fortaleza
(TRECHOS)
Quando ainda não havia
O Rádio e a televisão
E os jornais não chegavam
Pra toda população
O folheto de CORDEL
Era o JORNAL DO SERTÃO
Lendo folhetos, então
O nosso povo sabia
Lenda de rei e princesa
E fato que acontecia...
Por ser cultura do povo
Inda resiste hoje em dia.
Muita gente o aprecia
Nas camadas populares
Porque leva informação
E divertimento aos lares
É cultura que resiste,
Forte, apesar dos pesares.
Conheço muitos lugares
Nos cafundós do sertão
Onde o cordel é usado
Para a alfabetização
É o Professor Folheto
Herói da educação.
Leandro Gomes, então,
Foi o grande pioneiro
Na publicação de versos
Por este Brasil inteiro.
Nasceu lá na Paraíba
Esse vate brasileiro.
Usando o canto guerreiro
Da Gesta Medieval,
Antigas lendas Ibéricas,
Contos de fada, afinal,
Foi que Leandro moldou
Essa arte magistral.
Deu ao folheto, afinal,
Um formato brasileiro.
Revendo o “Ciclo do Gado”,
Criou o “Boi Mandingueiro”,
Falou de Antônio Silvino
Um famoso cangaceiro.
De títulos quase um milheiro
Nosso Leandro escreveu.
Sustentou mulher e filhos
Com a arte que Deus lhe deu.
Propagou pelo Nordeste,
Somente disso viveu.
Quando Leandro Morreu
O cordel continuou...
João Martins de Athayde
Muito tempo publicou
Obras de vários poetas
E assim o consolidou.
A informática chegou
Com a globalização
Com antenas parabólicas
Espalhadas no sertão
Mas o folheto garante
Boa comunicação.
Agora, na EDUCAÇÃO
O folheto faz figura.
As escolas descobriram
Que o cordel é cultura.
Meus parabéns para nossa
Popular literatura.
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