sábado, 22 de fevereiro de 2014

Quando morre um poeta cantador Se apaga uma estrela no sertão



Sei que a morte é bastante negativa
Penso até que não gosta do repente
Dessa turma já levou muita gente
Sua ideia não foi tão positiva
Levou Cego Aderaldo e Patativa
E esse povo deixou recordação
Num domingo os Fonseca e Mergulhão
E não esqueço também de Beija-flor
Quando morre um poeta cantador
Se apaga uma estrela no sertão.

Eu que sou um poeta da cultura
Canto o Leste, o Oeste, o Sul e o Norte
Só me assombra essa história da morte
Que da gente ela está sempre à procura
E eu não quero lembrar de sepultura
De mortalha, de vela nem caixão
Ela veio me chamar eu disse não
Se esqueça de mi8m faça um favor
Quando morre um poeta cantador
Se apaga uma estrela no sertão.

Essa morte não deixa o seu roteiro
Porque do pecador já tem na lista
Leva músico e também o repentista
Desse nosso nordeste brasileiro
Já levou nosso Jackson do Pandeiro
Que no ritmo esse era campeão
O Luiz que foi rei do meu baião
Esse sim era rei, tinha valor
Quando morre um poeta cantador
Se apaga uma estrela no sertão.

- Geraldo Amâncio


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