Homicídio no Paraíso
A Central de Operações da Polícia Militar da 4ª CIPM - COPOM, acabou de registrar um homicídio no bairro Paraíso, Santa Cruz/RN. O crime aconteceu por volta das 12h40min, na Rua Padre Cícero, no bairro Paraíso, onde foi vítima de disparos de arma de fogo, Wiliam Hermino da Silva, 17 anos. Informações preliminares dão conta que dois indivíduos numa moto de cor verde, de placa não identificada, efetuaram vários disparos contra a vítima, que foi socorrida para o Hospital Regional de Santa Cruz, mas não resistiu aos ferimentos e veio a óbito. FONTE: http://pmsantacruz.blogspot.com.br/
Após ler a notícia acima, encontrei no Facebook uma postagem de Diógenes Fagner, um morador do Paraíso, que dizia o seguinte:
"Mais um homicídio. O 24º deste ano. Mais um que não resultará em uma audiência sobre segurança nem em passeatas pedindo por paz e justiça, pois, sem fugir à regra, se trata, novamente, de um preto pobre, sem estudo, [...], de um bairro periférico. Mais um que o dito "cidadão de bem" contará como "menos um". Chocar por que, não é, privilegiados da cidade santuário?"
Achei que ele foi preciso em seu desabafo. Disse muito em poucas palavras. Busquei-o em particular e entendi melhor a razão de sua sensibilidade ter se mostrado tão aguçada: ele reside próximo à casa da vítima e o viu agonizando em seus últimos momentos. Informalmente, disse-me ele:
"Eu vi o boy morrendo. O tiro no pescoço fez jorrar sangue um bom tempo."
Lembrei-me, então, de drama semelhante vivenciado pelo agente de saúde Mazinho Franco, por ocasião da morte do 23º assassinato de 2013 em Santa Cruz. Na ocasião, ele postou em sua página do Facebook:
"Sinceramente não estamos mais aguentando essa situação que estamos vivendo, mais um jovem é assassinado e dessa vez a menos de um metro de mim, a vitima estava conversando comigo quando chegou o assassino e efetuou os disparos, eu poderia nesta hora estar morto e não postando esse caso, estou ainda com meus ouvidos doendo e o rapaz caiu quase morto na minha porta, fizemos o certo socorremos mais ele faleceu ao dar entrada no hospital, quem nunca passou por isso não sabe a dimensão da gravidade, minha família está em pânico e eu nem se fala, perto da minha casa estava acontecendo um aniversario de uma criança mais mesmo assim não teve o respeito, se eu tivesse condição eu saia hoje da minha humilde casa que resido a mais de 24 anos que construi com muito suor juntamente com minha família, não aguento mais é terrível."
Pedi a Fagner que ampliasse suas reflexões a esse respeito. Veja seu desabafo completo: http://apoesc.blogspot.com.br/2013/10/reflexoes-sobre-mais-um-assassinato.html.
Deixo, aqui, a expressão de nossa solidariedade a ele, a Mazinho e a todos que direta ou indiretamente têm sido envolvidos nessa onda de crimes. Nosso sentimento de tristeza por ver tantos de nossa querida cidade tendo parte nessas ocorrências, seja como vítimas, seja como vitimadores - jovens que poderiam estar progredindo rumo a um futuro promissor.
Tivemos a vigésima-quarta vítima desse ano. Se este tiver sido o último do ano, já teremos um índice muito alto, uma média de dois por mês. Algo urgente precisa ser feito por Santa Cruz e por sua gente.
Achei que ele foi preciso em seu desabafo. Disse muito em poucas palavras. Busquei-o em particular e entendi melhor a razão de sua sensibilidade ter se mostrado tão aguçada: ele reside próximo à casa da vítima e o viu agonizando em seus últimos momentos. Informalmente, disse-me ele:
"Eu vi o boy morrendo. O tiro no pescoço fez jorrar sangue um bom tempo."
Lembrei-me, então, de drama semelhante vivenciado pelo agente de saúde Mazinho Franco, por ocasião da morte do 23º assassinato de 2013 em Santa Cruz. Na ocasião, ele postou em sua página do Facebook:
"Sinceramente não estamos mais aguentando essa situação que estamos vivendo, mais um jovem é assassinado e dessa vez a menos de um metro de mim, a vitima estava conversando comigo quando chegou o assassino e efetuou os disparos, eu poderia nesta hora estar morto e não postando esse caso, estou ainda com meus ouvidos doendo e o rapaz caiu quase morto na minha porta, fizemos o certo socorremos mais ele faleceu ao dar entrada no hospital, quem nunca passou por isso não sabe a dimensão da gravidade, minha família está em pânico e eu nem se fala, perto da minha casa estava acontecendo um aniversario de uma criança mais mesmo assim não teve o respeito, se eu tivesse condição eu saia hoje da minha humilde casa que resido a mais de 24 anos que construi com muito suor juntamente com minha família, não aguento mais é terrível."
Pedi a Fagner que ampliasse suas reflexões a esse respeito. Veja seu desabafo completo: http://apoesc.blogspot.com.br/2013/10/reflexoes-sobre-mais-um-assassinato.html.
Deixo, aqui, a expressão de nossa solidariedade a ele, a Mazinho e a todos que direta ou indiretamente têm sido envolvidos nessa onda de crimes. Nosso sentimento de tristeza por ver tantos de nossa querida cidade tendo parte nessas ocorrências, seja como vítimas, seja como vitimadores - jovens que poderiam estar progredindo rumo a um futuro promissor.
Tivemos a vigésima-quarta vítima desse ano. Se este tiver sido o último do ano, já teremos um índice muito alto, uma média de dois por mês. Algo urgente precisa ser feito por Santa Cruz e por sua gente.
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