Adriano Bezerra
Passarinho não nasceu
Pra viver numa gaiola
Cantando feito vitrola
Pra alegrar o dono seu
Que sem pena lhe prendeu
No cárcere da solidão
Sem poder comer do chão
Nem voltar mais para o ninho
Deixe livre o passarinho
Não lhe bote na prisão.
Pra viver numa gaiola
Cantando feito vitrola
Pra alegrar o dono seu
Que sem pena lhe prendeu
No cárcere da solidão
Sem poder comer do chão
Nem voltar mais para o ninho
Deixe livre o passarinho
Não lhe bote na prisão.
Pois detido quando canta
Certamente é se lembrando
Dele nos campos voando
E a sua saudade é tanta
Que entoa na garganta
Seu pranto numa canção
Pergunta em seu coração
Onde andará seu filhinho
Deixe livre o passarinho
Não lhe bote na prisão.
Certamente é se lembrando
Dele nos campos voando
E a sua saudade é tanta
Que entoa na garganta
Seu pranto numa canção
Pergunta em seu coração
Onde andará seu filhinho
Deixe livre o passarinho
Não lhe bote na prisão.
Pense aí quanta tristeza
Sente ele em suas casas
Sem poder bater as asas
Preso numa fortaleza
Seu lar é na natureza
Solto na vegetação
Não arme mais alçapão
Reflita bem direitinho
Deixe livre o passarinho
Não lhe bote na prisão.
Sente ele em suas casas
Sem poder bater as asas
Preso numa fortaleza
Seu lar é na natureza
Solto na vegetação
Não arme mais alçapão
Reflita bem direitinho
Deixe livre o passarinho
Não lhe bote na prisão.
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