Num lamento resmunga a natureza,
Um burrego faminto cambaleia,
Uma cobra com fome serpenteia
Procurando em vão a sua presa.
A cacimba cavada na represa
Não tem água sequer que molhe a tina
E o caboclo cansado se amofina
A caatinga resseca e morre o gado
Um cabaço num pau dependurado
Guarda a água da seca nordestina
Um burrego faminto cambaleia,
Uma cobra com fome serpenteia
Procurando em vão a sua presa.
A cacimba cavada na represa
Não tem água sequer que molhe a tina
E o caboclo cansado se amofina
A caatinga resseca e morre o gado
Um cabaço num pau dependurado
Guarda a água da seca nordestina
Um deserto que invade a caatinga
ResponderExcluirNum calor que resseca e racha o chão
Tece um quadro de penúria no sertão
E só as dores de lamentos é que vinga
Regados do suor que o pobre pinga
Na estrada tirana dessa sina
E um destino insano e desgraçado
Tange o homem de sede, mata o gado.
Um cabaço num pau dependurado
Guarda a água da seca nordestina