Eurípedes e Wilard, há uns 15 dias, na Mesa Redonda Dominical do Bar do Baixinho, comentaram o filme GONZAGA, DE PAI PRA FILHO, e os seus comentários me deixaram bastante curioso pra ver esse filme, uma vez que eles choraram copiosamente com a belíssima história dessa produção nacional. Fui ver hoje. Gostei bastante. E chorei também, não com as fortes emoções da linda biografia de Gonzagão, contada com a beleza da linguagem que só essa sétima arte tem, mas sim, com algumas passagens cômicas, bem feita e muito divertida. Ri muito. E quando rio, meus olhos não aguentam a grandeza desse momento, e lágrimas descem em enxurradas nas já combalidas cascatas de minha face. O filme é bom. Aliás, é muito bom! E, sem me dar ao luxo e à pretensão de uma resenha ou mesmo de uma simples sinopse cinematográfica dessa boa produção nacional, digo que o enredo não se resume ao artista Gonzaga, na sua trajetória de sofrimento, desde sua infância e adolescência pobre e sofrida no sertão de Pernambuco até o reconhecimento nacional de sua melhor arte. O filme, na verdade, conta a história do drama real vivido por pai e filho, Gonzagão e Gonzaguinha, nos mais intrínsecos labirintos existenciais dum relacionamento conturbado entre pai ausente e filho carente. Pai cuidadoso, Gonzagão nunca deixara faltar nada pro filho, exceto a sua presença. Filho rancoroso, Gonzaguinha sempre sentira a falta do carinho de seu famoso pai. Quando da ascensão artística do filho no mundo de suas belas composições, e do coincidente esquecimento do Rei do Baião no universo das novas tendências musicais, é a hora de se lavar as muitas roupas sujas dessa conturbada relação. E Gonzaguinha oferece seu público e palco ao pai famoso, que retoma sua coroada estrada do sucesso. Acrescentaria também a esse pequeno comentário a máxima segundo a qual, e eu concordo, NÃO BASTA SER PAI, TEM QUE PARTICIPAR. Apesar de não ter chorado a Eurípedes e Wilard, recomendo a todos esse excelente drama cinematográfica da vida real.
Bacana, Nailson.
ResponderExcluirEstou com muita vontade de ver esse filme.
ExcluirNailson,
ResponderExcluirEu já estava "sedento" por ver esse filme. E, agora, com sua recomendação então...
Grande Nailson, muito bom ler a sua crítica cinematográfica sobre o filme do véio Lua, vai aguçando na gente o gosto por todas as artes, não só pela Sétima. E como diria Gonzagão. Tá danado de bom meu cumpadre!
ResponderExcluirMais uma vez meus parabéns Nailson pela resenha feita sobre o filme do admirável Luiz Gonzaga e de seu brilhante filho Gonzaguinha. Teixeirinha e Gilberto não percam tempo. O filme é belíssimo.
ResponderExcluirFrancisca Joseni dos Santos