Eis a FOME
!
Gilberto: Caro Maurício, ouço o ronco da fome em tudo que você fala ou escreve.
Esse tema parece estar no centro de suas preocupações. Por que isso acontece?
Desde quando começou a preocupar-se com tal assunto?
Maurício:
Faz muito tempo. Final da década de 50. Ano 1958, ainda criança, 11 anos, a
grande seca cobria o Nordeste. As estradas de Japi e São Bento do Trairi,
construídas a “muque” pelos “cassacos”. Uma grande parte deles era de moradores
da fazenda Santo Alberto, onde nasci e da qual meu pai era gerente. O pagamento
dos “cassacos” era feito em mercadorias: feijão, farinha, rapadura, jabá. Certo
dia, não houve o pagamento, o “barracão” onde se estocavam as mercadorias não
abrira para a distribuição delas. Houve tumulto. O Padre Emerson (metido a
comunista) se dirigiu a São Bento e ordenou o arrombamento do barracão. Os
cassacos obedeceram a ordem divina, arrombando o barracão e procederam o auto
pagamento. Soube dessa notícia e passei a admirar Padre Emerson (até hoje).
Despertei para a angústia da fome do próximo, já que estavam lá muitos cassacos
moradores da Fazenda Santo Alberto.
Gilberto: Diz-se que quem nunca passou por determinada situação não pode
entendê-la à altura (líderes políticos nascidos em berço de ouro manifestavam
indiferença à miséria brasileira). Acaso
já passou fome? Fale-nos da relativa fartura enquanto na casa paterna e do que
fazia para minorar a fome de alguns.
Maurício:
Nunca passei fome. Mas vi o efeito dela nos meus irmãos moradores da Fazenda
Santo Alberto (hoje moram em nossa cidade muitos filhos e netos daqueles bravos
cassacos). Para sentir o efeito devastador da fome na condição humana, basta
ser Cristão verdadeiro (não aqueles fariseus que freqüentam igrejas e na saída
apedrejam os humilhados e ofendidos pela injustiça dos homens). É como o médico que nunca pariu, mas sabe a
dor do parto de uma mulher. Meu pai, pelo fato de ser gerente de uma Fazenda
onde trabalhavam mais de cem famílias, tinha uma condição econômico/financeira
relativamente boa. A comida lá em casa era farta, em abundância. Ele possuía um
barracão onde “fornecia” a mercadoria aos moradores para ser paga no final do
ano, com a safra do algodão. Muitas vezes “furtei” rapadura e bolacha para dar
aos filhos dos moradores.
Gilberto: Qual o tipo de fome que mais o incomoda?
Maurício:
A da barriga. Sei que ela é efeito de causas complexas. Outra fome que me
incomoda muito é a do Sermão da Montanha: bem- aventurados os que têm fome e
sede de justiça.
Gilberto: Já leu Geografia da Fome? Que livros fomentaram em você o desejo de
ver o ser humano plenamente saciado?
Maurício:
Sim, na década de 60. Outros livros foram os da doutrina marxista. Os teóricos
marxistas sempre defenderam o bem-estar da sociedade. Inclusive o Hino dos
marxistas, A INTERNACIONAL, começa com os seguintes versos:” De pé oh vitimas
da fome, de pé famélicos da terra”.
Gilberto: Diante da perspectiva de que, por fim, seremos alimento para os
vermes, não lhe parece inglória essa preocupação? Que diferença fará, daqui a
cem anos se comi caviar ou nada na manhã de hoje? Que diferença faz morrer de
barriga vazia ou cheia?
Maurício:
Não me interessa se na morte estaremos de barriga vazia ou cheia. O que
interessa é que na vida estejamos todos bem alimentados.
Gilberto: Que lugar as carência artísticas, educacionais e culturais ocupam
diante da necessidade de se lidar com a fome em seu sentido literal?
Maurício:
Toda atividade humana deve estar voltada para o bem- estar da sociedade.
Defender a paz, o usufruto da produção econômica , onde quer que se esteja ou
com quem se ande, é um dever inalienável do ser humano, portanto de suas
atividades.
Gilberto: Parece-me que você sofre quando pensa na África faminta. A indiferença
dos outros também parece espantá-lo. Isso o incomoda, de fato, do ponto de
vista emocional?
Maurício:
A África é o retrato mais vivo, mais real da desgraça humana. Imagino o que
Cristo está preparando, quando do Grande Julgamento, para os verdadeiros
responsáveis por aquele continente. Confesso, Gilberto, que quando vejo fotos
daquelas crianças esqueléticas, renasce em mim a vontade de pegar novamente no
fuzil. Não creio em solução pacífica para aquela situação, muitos cabeças terão
que rolar para que a paz e a justiça reinem naquele lugar.
Gilberto: Diga-nos, com todas as letras, o que pensa do programa Fome-Zero.
Relacione-o com medidas de governos anteriores.
Maurício:
Quando Cristo viu que aquele povo tinha fome, ordenou que se distribuíssem pão
e peixe. O momento exigia aquela solução. Mas tem outra passagem bíblica (me
ajude, Gilberto) que Ele manda lançar a rede, ou seja, AO TRABALHO. Essa
questão do Fome-Zero, os programas sociais que nasceram com FHC e continuados
pelos governo Lula e Dilma, tiveram o seu momento importante. Mas ter como uma
política permanente (são 8 anos de FHC + 8 anos de Lula + 2 anos de Dilma = 18
anos de política econômica semelhante), não é correto. O Brasil possui, hoje,
34 milhões de famintos e 60 milhões de mal alimentados = 98 milhões de
brasileiros passando necessidades alimentar. Portanto, o modo de produção não é
justo e precisa ser mudado em sua raiz. Não teremos justiça social enquanto
houver esse modo de produção. É ilusão o que se está passando para o povo: que
estamos numa economia estável. Estável para os 10% que detêm a riqueza
nacional. Isso é em qualquer governo, do PT, do DEM, do PMDB, do PDT, do PSDB e
de todos os P’s da vida. Quem manda na sociedade é a força oculta da economia,
e a economia do Brasil é dominada pelo modo de produção antigo: o capitalismo.
Estou apenas mostrando o fato real. Mas mesmo assim, dentro do modo de produção
capitalista, o Brasil dispõe de terras suficientes para ser o maior produtor
agropecuário do mundo. Nem isso estão levando em conta, os investimentos na
produção de alimentos poderia ser um fator positivo desse sistema complexo.
Maurício:
Certa feita, quando atuava clandestinamente em Pernambuco, no ano 1969, fizemos
reuniões noturnas (dentro dos canaviais) com camponeses. Um deles nos relatou
que os armazéns das usinas estavam abarrotados de sacas de açúcar, mas eles não
tinham essa mercadoria suficiente em suas casas. Ou seja, fartura e miséria
juntas. Gilberto, o problema não é de fartura, mas da distribuição dessa fartura.
Veja que aquela fartura nos armazéns foi fruto de um trabalho coletivo de
milhares de homens nos canaviais e nas usinas, mas a distribuição da fartura
foi para outros lugares: Europa, Estados Unidos. O problema da miséria,
continuo insistindo, é do modo de produção e distribuição. Enquanto não se
alterar no mundo essa realidade, não há como acabar com os problemas sociais.
Veja o caso do continente europeu hoje, crise profunda, não é passageira, não
sabemos onde vai dar essa crise. Lembrem-se da ascensão de Hitler, qual foi a
causa.
Gilberto: Alguns religiosos gostam de salientar o “Nem só de pão viverá o
homem”. Afirmam que o “Tive fome e me destes de comer” refere-se a um pão
superior, espiritual. Não têm perspectiva de igualdade social porque Jesus
teria dito, conforme determinada tradução, “Os pobres sempre tereis convosco”.
Como degusta tais discursos?
Maurício:
“Nem só do pão vive o homem”. Mas sem o pão ninguém vive. Cristo distribuiu pão
de verdade e peixe vindo do mar. Não foi caído do céu. Sobrou pão e peixe. Não
me venham com hipocrisia. Isso é tese de fariseu. Cristo disse que
bem-aventurados eram os que tinham fome e sede de justiça. E o que é isso?
Justiça é bem estar material também. De barriga vazia ninguém vive. Pois se
fosse assim, nenhum pregador religioso juntava fortuna. Seguiriam o mandamento
que Cristo deu ao jovem rico: venda tudo que tens, dê ao pobres e siga-me. (Até
hoje, o jovem não voltou). Cristo disse: a raposa tem sua toca, o filho do
homem não tem uma pedra para deitar a cabeça (me ajude, Gilberto, pelo amor de
Deus). Cristo disse, pobres sempre tereis convosco, mas não disse que esses
pobres eram para morrer de fome, enquanto uma corja de fariseus se locupletam
em fortunas incalculáveis. Cristo disse, no Grande Julgamento, tive fome e não
me destes de comer, tive nu e não me vestistes, tive ....... e vocês me viraram
as costas, portanto, vou virar minhas costas para vocês. Gilberto, essa
história de pão espiritual é hipocrisia.
Gilberto: Quando prisioneiro
político, a fome foi uma das torturas que precisou enfrentar? Fale-nos um pouco
do que sofreu.
Maurício:
Para falar a verdade, não foi a pior tortura. Foi baleado no momento de minha
prisão, e depois 10 longos anos de reclusão. Me permita, Gilberto, ficar por
aqui.
Gilberto: Como avalia hoje a
situação de Cuba?
Maurício:
Muito difícil. Admiro a resistência do povo cubano. Longos 53 anos de cerco.
Creio que é o maior cerco da história feito a um povo. Na segunda guerra,
cercaram uma cidade soviética por mais de 900 dias. Mas com a ilha de Cuba o
cerco econômico, político é indescritível. Cuba era para viver bem, ser um país
desenvolvido, justo na distribuição da produção econômica, colaborador dos
países menos favorecidos. Mas não, não deixaram Cuba se desenvolver, insultam
sua soberania diariamente (base de Guantánamo), espalham ódio entre seus
filhos. Mas eles resistem. Uma das melhores educação do mundo, uma saúde
pública invejável, podem dormir de portas abertas, são pobres, mas não são
famintos. Não existem meninos de rua, não existem moradores de viadutos, são
pobres, mas não passam fome.
Gilberto: Ações paternalistas, esmolas, sopões e campanhas tipo Natal Sem Fome
têm seu aval?
Maurício:
Existem as pessoas caridosas de fato. Mas existem aquelas que assim o fazem para
enganar a Jesus. Não dou muito valor a essas campanhas.
Gilberto: Ao mudar de postura política, não acha que num sentido mais amplo
passou a favorecer a causa da fome?
Maurício:
Oh! Perguntinha danada. Gilberto, você sabe que hoje sou um descrente em
relação aos partidos políticos. Não sou seguidor de nenhum deles. Sou filiado
ao PMDB. Sou apenas filiado, mas não creio na aplicação do Programa do Partido,
mesmo sendo um programa voltado para o social. Aliais, todos os Programas
partidários são parecidíssimos. Dê uma olhadela. Mas voltando a sua pergunta:
Não mudei a minha idéia central sobre a função do Poder. Creio e defendo, onde
estiver e com quem estiver, que a função do Poder Político é remover os
entraves que reproduzem a miséria. Quanto à organização social, defendo um modo
de produção e distribuição baseado na propriedade coletiva. Não penso de outra
forma. Se isso favorece a causa da fome, não acredito, pois sou tão pequenino
que não passo do município de Santa Cruz. Mas se você acha que a minha posição
contribui para aumentar a miséria do mundo, não vou condená-lo nem me
desculpar. Infelizmente, é o que eu possa fazer hoje.
Maurício:
Continua atual, como certos escritos.
Gilberto: Creio que o maior inimigo dos ideais marxistas seja o ego humano,
nosso lado animal. Concorda? O que lhe dizem a queda do muro de Berlim, o “já
temos arroz e pão” da Praça da Paz Celestial e a Perestroika?
Gilberto: Você, tão obcecado com o problema da desnutrição, por duas vezes se submeteu a greves de fome. Fale-nos dessas duas ocasiões e da importância dessa arma dentro do processo democrático.
Maurício: Caro Gilberto,
a greve de fome sempre foi uma arma usada pelo mais fraco. A primeira greve de fome teve um caráter político/coletivo. Quando da votação da Lei da Anistia, em 1979, o projeto previa exclusão de pessoas que tivessem participado de ação armada contra a Ditadura. Além disso, houve uma pressão do Governo para que ela fosse votada no final do ano de 79. Os presos políticos decidiram, então, entrar em greve de fome pela Anistia Ampla, Geral e Irrestrita, bem como para que a votação se desse no mês de agosto daquele ano. Foi um movimento que incluiu os presos políticos do Rio de Janeiro, Pernambuco, Ceará e eu do Rio Grande do Norte. Aderi ao movimento já numa fase avançada. Tanto é que os companheiros do Rio foram a mais ou menos 40 dias de greve de fome, enquanto eu cheguei a atingir os 18 dias. Nossa alimentação se restrigia a água, sal e açúcar ou seja soro caseiro. Nos três primeiros dias, se sente FOME, depois vem a dormência, a sonolência e a força para se resistir a muitos dias. (Não será dessa maneira que o povo que passa fome consegue sobreviver?) Parece que o corpo se prepara para os dias futuros, vai consumindo a gordura lentamente. Tivemos apoios importantes: OAB, ABI, IGREJAS, PARTIDOS POLÍTICOS, ARTISTAS, enfim uma força que nos ajudava a resistir. Movimentos pela ANISTIA se espalhavam pelo Brasil, forçando o Governo a mudar de posição. De fato, a votação foi feita no mês de agosto e não no final do ano que eles queriam. A segunda greve de fome, teve um caráter pessoal, mas também político. A Comissão de Justiça e Paz, no meu processo onde solicitei indenização e a inclusão dos anos de perseguição política como contagem para a aposentadoris, me deu parecer favorável, sendo homologado pelo Ministério de Justiça e publicado no Diário Oficial da União. Vale salientar que esses direitos tinham sido aprovado pelo Congresso Nacional, quando da instituição da Comissão de Justiça e Paz. Portanto, era LEI. Quando requeri, ao INSS, a minha aposentadoria, em 2004, foi negado os 10 anos de prisão política. Foi aí, depois de muitos apelos a INSS, que decidi entrar em Greve de Fome por tempo indeterminado, em 2005. O mesmo sistema de alimentação. Depois do terceiro dia, minha sobrinha levou um livro de presença da pessoas que foram me prestar solidariedade, em menos de quatro dias foram colhidas mais de 300 assinaturas. Guardo esse livro comigo. Também tive um apoio importate da OAB-RN bem como da OAB nacional. Sindicatos, partidos políticos, Associação dos Médicos, Assembléia Legislativa, Câmara de Veradores (inclusive de São Bento do Trairi), amigos, impressa, enfim uma enormidade de pessoas solidárias que fizeram com que eu tivesse vitória. Depois de 8 dias, suspendi a greve, já que a OAB/RN entrou com uma defesa na Justiça Federal onde obtive êxito e o INSS foi obrigado a incluir esse tempo de prisão como válido para minha aposentadoria. Mas o fato interessante é que a Comissão dos Direitos Humanos da Câmara Federal consultou o Ministério da Justiça sobre essa questão e o Ministério da Justiça consultou o Ministéiro da Previdêcia que, por sua vez, solicitou um parecer do seu corpo jurídico, que no parecer acatou a decisão da Comissão de Justiça e Paz, estendendo esse direito a todos os perseguidos políticos. Minha vitória foi a vitória de todos os companheiros que sofreram algum tipo de repressão no Regime Militar.
Gilberto: Faça avaliação dessa entrevista. Sacie-nos com suas palavras finais.
Maurício:
Foi muito difícil para mim. Às vezes, como são muitas perguntas, a gente entra
em contradição no que diz. Mas se fiz isso, pode me cobrar explicações. Se
estiver errado, não temo em corrigir meus erros. Foi muito bom para mim. Sei
que não disse novidades. Já lhe falei que não gosto de escrever (você já me
cobrou isso), porque já se disse tudo sobre a raça humana. Apenas ficamos
repetindo, muitas vezes de forma pobre. Meu muito obrigado por toda
consideração que você tem por mim. Obrigado mesmo, meu amigo Gilberto. Peço
desculpas se alguém foi ferido por minhas palavras.
Uma boa alimentação para todos.
Clique AQUI para ver outra entrevista com Maurício Anísio
Gilberto,
ResponderExcluirCom suas perguntas inteligentes, temos tantas respostas inteligentes desse ícone de nossa comunidade: Maurício Anísio.
Parabéns por mais essa!
Valeu, Maurício.
ResponderExcluirAgradecemos por sua disposição em responder nossas perguntas.
Mais uma entrevista interessante com tópicos que comentam fatos importantes da história política. Parabéns a ambos, pelas peerguntas e respostas.
ResponderExcluirCristiane Praxedes Nóbrega.
Obrigado, Cristiane. Ter uma leitora do seu quilate e, além disso, colaboradora é motivo de alegria para todos nós.
ResponderExcluir"Não me interessa se na morte estaremos de barriga vazia ou cheia. O que interessa é que todos na vida estejam bem alimentados". e "Toda atividade humana deve estar voltada para o bem-estar da sociedade". Riquíssima e atual esta entrevista de Maurício Anísio se levarmos estas duas citações como norte de nossas ações sociais, políticas, religiosas e de trabalho ao pé da letra, com certeza, estaríamos diminuindo muita fome que existe ao nosso redor e no mundo todo. Mas, infelizmente o nosso egocentrismo está acima destas atitudes cristãs. São poucas pessoas que estão dispostas a abdicar do seu pseudo conforto para lutar pelos bem-estar dos outros. São poucos que usam do seu poder e força social, política e intelectual para fazer o bem ao seu irmão. E nos intitulamos de cristãos. Os "vermelhistas" - Pe. Emerson; Dom Helder Câmara - Maurício Anísio e tantos outros anônimos não mais existem nos dias de hoje. Parece-nos que o conformismo, a apatia e a descrença no poder que o povo têm impera no nosso Reinado.
ResponderExcluirFrancisca Joseni dos Santos - Professora
P.S.: É sempre um prazer ler as entrevistas feitas por Gilberto e, em especial, as feitas com Maurício - um ícone da luta dos homens de bem contra a Ditadura Militar.
Obrigado, Joseni. Suas constantes visitas a este blog e comentários inteligentes muito nos incentivam a permanecer nesta batalha árdua.
ResponderExcluirCaro Gil, minha filha quando tinha 12 anos de idade me perguntou o que era comunismo, socialiso e capitalismo. Então me sentei no sofá com ela e lhe contei parte da bela luta de Maurício Anísio. Eu tinha quase certeza de ela não aguentaria 2 minutos. mas foram mais de 80 minutos relantando a luta de homem simples e inteligentíssimo pelo bem comum, as injustiças sociais que o levaram a essa luta etc. Minha filha ficou encantada com essa aula. Ficou encantada com a bela biografia de Maurício Anísio e foi direto para a minha pequena biblioteca pegar um livro que tinha recebido de presente de Maurício Anísio, em que se relata a luta daqueles guerreiros durante a ditadura militar. Também leu de Dom Paulo Evaristo Arns, Brasil Nunca Mais. Há pessoas que passam pela vida, há aquelas em que a vida nem passa por elas. Com Maurício a vida não pode passar nunca e nem passará mesmo, pois ela, nele faz morada, expresando-se na sua luta pelo bem estar das muitas vidas. Um grande abraço, Maurício. Sentimentos pelo desaparecimento de seu irmão, meu grande amigo Marcílio. Deus o abençoe!
ResponderExcluirBelo comentário, Nailson! Cada vez mais percebemos o quanto Maurício foi impactante na vida e formação de tantos ilustres santacruzenses! Creio que ele não tinha consciência disso. Não é mesmo, Maurício?
ResponderExcluirNaíson e Gilberto, "pequenas causas, grandes efeitos". Tenho consciência de que fui essa pequena causa dos grandes efeitos na vida de algumas pessoas. Vocês dois e sua filha, Naíson, são pessoas importantes na história recente de Santa Cruz.Muito obrigado pelo reconhecimento da importância daqueles que dedicaram uma vida à luta pelas liberdades sociais.
ExcluirMauricio.
Mais uma magnifica entrevista com Mauricio, quem quiser cultura e história aqui tem de sobra.
ResponderExcluirVerdadeira historia de vida, a qual muitos deveriam conhece-la.
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