quinta-feira, 19 de julho de 2012

Escrito chuvoso - Bruno Fernandes


Ah, a chuva! Eis um elemento que explicita toda a sublime força de uma divindade da qual desconfio. Cada gota que cai parece conter um H2O que nos denuncia: cenas passadas confundem-se com desafios do hoje e incertezas futuras. Diante desse cenário, fulano pensa, beltrano chora, sicrano nada faz... e ainda assim, sentimentos confluem, como se uma mesma Maria tivesse passado pela vida de todos esses anônimos. Sigo espiando de quando em vez pela janela... já parou a chuva? Dá pra ver a coroa da santa? Não. Triste. Recolho-me e ponho-me a escrever como um Werther. Vai-te, solidão! Meu final vai ser mais bonito! Como disse Drummond: 

"mas essa lua [chuva]
mas esse conhaque
botam a gente comovido como o diabo." 

6 comentários:

  1. É bom tê-lo à nossa frente, Bruno,

    Parabéns pelo texto!

    Envie-nos mais textos e uma foto para que os leitores o conheçam melhor.

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  2. Grande bruno, poeta-baixista ou baixista-poeta? agora é so amarrar o burro numa sombra e entrar de casa a dentro pra tomar o nosso café torrado da poesia.

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  3. Bruno é a mais nova contratação de nosso time de estrelas. Seja bem-vindo. Essa poesia em prosa já diz que veio pra ficar. Um grande abraço!

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  4. Tomarei muitos cafés por aqui! Agradeço o apoio de vocês. A gente se acha por aqui. Obrigado...

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  5. Tomarei muitos cafés por aqui! Agradecido pela acolhida e pelo apoio. Obrigado! Um brinde à cultura!

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  6. É ISSO AÍ,O BLOG PRECISA DE HOMENS QUE TRAGAM A PAZ E NÃO A DISCÓRDIA. DE BRIGAS O MUNDO ESTÁ EXAUSTO.

    PAULO

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Comentários com termos vulgares e palavrões, ofensas, serão excluídos. Não se preocupem com erros de português. Patativa do Assaré disse: "É melhor escrever errado a coisa certa, do que escrever certo a coisa errada”