quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Pesquisador Social Defende Espaço Cultural para Almino Afonso

Em entrevista concedida ao programa radiofônico ancorado pelo

professor universitário Aluísio Dutra de Oliveira, da FM Educativa de Almino Afonso, no
último dia 07 de Janeiro, o médico psiquiatra e pesquisador social Epitácio de Andrade
Filho defendeu a viabilização de um espaço cultural para o município de Almino
Afonso, localizado na região do médio-oeste potiguar.

Foto: Epitácio Andrade

Logomarca da Rádio Comunitária de Almino Afonso

O pesquisador Epitácio Andrade compareceu a emissora de
radiodifusão comunitária para conceder entrevista ao professor Aluísio Dutra
acompanhado pelo construtor civil José Alves Rodrigues, conhecido como Zé Catonho
ou Zé Limão, integrante da terceira geração da família limão, posterior ao cangaço de
Jesuíno Brilhante (1844-79).



Foto: Jean Garotinho

Epitácio Andrade, Zé Limão e Aluísio Dutra

No livro “A Saga dos Limões – Negritude no Enfrentamento ao
Cangaço de Jesuíno Brilhante”, de autoria de Epitácio Andrade, constata-se que “os
limões” eram os principais algozes do cangaceiro potiguar. Em visita a cemitérios, o

pesquisador comprovou que José Rodrigues de Barros, considerado o patriarca dos
limões da geração pós-cangaço jesuínico, encontra-se sepultado, juntamente com seu
filho Luiz Limão, em Almino Afonso.
Foto: Epitácio Andrade.

Epitáfios dos Limões no túmulo em Almino Afonso

O patriarca dos Limões José Rodrigues de Barros (1862-1963) era
casado com Maria Rosa da Luz, que também era chamada de Maria Rosalina da
Conceição, irmã de Preto Limão, comandante da expedição que culminou com a
morte do Cangaceiro Jesuíno Brilhante, na zona rural de São José de Brejo do Cruz, na
fronteira paraibana, em Dezembro de 1879.

Foto: Epitácio Andrade

Zé Limão no cemitério velho de Almino Afonso

Segundo José Alves Rodrigues, conhecido como Zé Limão, neto
do patriarca, “era tradição dos antepassados plantar uma árvore nos lugares de
sepultamento dos familiares”. No velho cemitério de Almino Afonso, cuja sepultura
mais antiga data de 1910, segundo Zé Limão é provável que sua avó, irmã de Preto
Limão, encontre-se sepultada onde hoje floresce uma grande timbaúba.
Para marcar a visita cultural ao município de Almino Afonso, o escritor
Epitácio de Andrade Filho, autografou para a emissora educativa um exemplar do
livro “A Saga dos Limões”, que foi recebido pelos locutores Leopoldo Nunes, Aluísio
Dutra e Jean Garotinho, na presença de membros da família Limão.

Foto: FM Educativa

Autógrafo de “A Saga dos Limões” para FM Educativa

A tarefa de viabilizar um espaço cultural para Almino Afonso não
será fácil, visto que a tradição de converter as antigas estações ferroviárias em casas
culturais não está ocorrendo na “velha caeira”. A antiga estação ferroviária de Almino
Afonso está em ruínas.

Foto: Epitácio Andrade

Estação ferroviária de Almino Afonso em ruínas

“A pujança cultural que está incrustada no município de Almino
Afonso justifica a viabilização de um espaço cultural para o incremento de seu
desenvolvimento sustentável”, defendeu Epitácio Andrade.

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